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2012-06-23

 

Helena Roseta: o Relvas que ela conheceu

O Aventar, no caso representado pelo "aventador" João José Cardoso, chamou a atenção, aqui na caixa de comentários de um post do João Abel, para um vídeo em que Helena Roseta conta mais um caso com Miguel Relvas. "Para que se saiba quem é o homem que temos por ministro". 
***
O caso trouxe-me à memória um rapaz, hoje já um pouco mais velho que este que chegou a ministro - chamemos-lhe M - que era o que na gíria dizíamos ser um grande operacional. Era o paradigma acabado do "portuga" vivaço, esperto, muito "patuá", irradiando simpatia, desenrascava tudo. Claro que não olhava a meios e não se detinha com escrúpulos ou estados de alma que atrapalhassem a sua grande "operacionalidade".
Criou uma empresazita de vão de escada. Mas um amigo já muito lançado nos mercados, deu-lhe a mão. Sempre que havia negócio lucrativo mas de duvidosa legalidade ou de perigosa "sujidade" o amigo lembrava-se do desenrascanso do seu "amigo" M. E M não se fazia rogado. De negócio em negócio M era já um homem rico. Um homem novo, rico. Começou até, por indicação do seu protetor, a ler umas literaturas para ficar com melhor aparência. Mas faltava-lhe a paciência. 
Já lhe parecia que o mundo era seu. Ou podia vir a ser. A sensação de impunidade, dadas as costas quentes, embotavam-lhe a vigilância. Até que um dia a vidinha começou a correr mal. Cada dia pior. Fazia lembrar a sorte de "Os Senhores da Guerra" de Akira Kurosawa. O amigo deu-lhe a mão mas ele estava muito preso. É claro que o largou senão... : 
Processo atrás de processo a carreira acabou mal. Não voltei a saber mais nada de tal personagem. Tão espertalhaço, tão desenrascado...  A vida pode sorrir. Uma, duas, vinte vezes, mas um dia...!


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