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2012-07-09

 

Efeitos políticos dos cortes no sector privado

Passos Coelho precipitou-se e apontou logo no caminho fácil em que o TC se baseou, a desigualdade entre portugueses, para decidir pela inconstitucionalidade dos cortes salariais na Administração Pública e nos reformados e pensionistas. Chamei-lhe acórdão armadilhado em poste abaixo que alguns consideraram uma grande vitória embora já andem em recuo.  À ideia de Passos Coelho de cortar no privado é juntar a um mal um mal ainda maior.

Passos vai ter de recuar porque caso contrário as fissuras políticas vão surgir. António José Seguro não pode pactuar mais sem perder a face e segundo a comunicação social as pressões dentro do PS são muitas. Mas tem de ser claro e propor outros meios. O próprio CDS não vai alinhar muito bem nessa ideia de Passos Coelho. Será que Vítor Gaspar que foi mais ponderado que Passos na reacção ao TC alinha de forma cordeira?

Mais de uma vez escrevi que há outros caminhos. Há que negociar as PPP e agora depois do que disse Oliveira Martins na AR de que o Governo dispõe de sustentável margem de negociação não há que hesitar. 4 a 5 mil milhões é de facto significativo.

E há os juros do empréstimo da Tróika que na totalidade do prazo equivalem a 40% do valor do empréstimo. A margem de manobra aqui é elevadíssima.

E há ainda toda a racionalização de custos a fazer na reforma do Estado que praticamente nada avançou e o que avançou foi disparatado. Onde está a extinção das fundações que vivem do orçamento? Onde está a extinção de institutos, comissões, etc?. O que vejo é outras instituições a serem criadas sem quaisquer funções claras, e por isso desnecessárias.

Em contrapartida, houve cortes salariais e nas pensões, aumento generalizado de preços nos transportes, electricidade, gás e água, aumento de IVA e diz-se que mais vêm por aí.

O governo por este caminho pode ir encomendando a urna.
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