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2012-10-17

 

Em Novembro vem aí a Srª Merkel. Recebamo-la como deve ser


A Europa tornou-se no epicentro da grande crise mundial. Isso deve-se muito especialmente à política de austeridade e de diminuição abruta das dívidas soberanas imposta aos países do eurogrupo pelo governo extremista alemão. A Alemanha volta assim a ser, objetivamente, na Europa, o grande problema. O que está à vista, se não for alterada radicalmente a política seguida, é a desagregação da UE e a destruição das grandes conquistas sociais e políticas obtidas desde a derrota da Alemanha na 2ª guerra mundial, em 1945.
A criação do euro sem a criação dos mecanismos financeiros, fiscais, económicos e políticos indispensáveis numa comunidade de países em situações de desenvolvimento económico e capacidade competitiva tão distintos não podia deixar de dar no que está acontecendo: alguns países, em particular a Alemanha, a beneficiarem (conjunturalmente, porque a prazo as consequência negativas sobejarão para  todos) com o desastre dos outros supostamente membros de uma "união".
 
Reparemos no gráfico. Enquanto a tragédia do desemprego atinge a Espanha, a Grécia, Portugal e a Irlanda com percentagens devastadoras a Alemanha bate recordes de taxa de emprego. E isto resulta diretamente do mal dos outros no contexto do império dos mercados. O dinheiro deserta às dezenas de milhar de milhões do futuro incertos do euro naqueles países para a segurança da Alemanha. E enquanto estes países em dificuldade pagam juros altíssimos pelos empréstimos de que necessitam a Alemanha financia-se a taxas de juro próximas do zero e até com taxas de juro negativas. Parece incrível mas é assim. E talvez seja um prémio dos banqueiros à Alemanha por lhes garantir com as suas políticas fomentadoras da crise nos países do Sul da Europa os grandes lucros com as altíssimas taxas de juro que assim ali podem cobrar. 
 
Temos de receber condignamente a Srª Merkel quando em Novembro nos visitar. Passos Coelho, Miguel Relvas, Victor Gaspar e o "pequeno" Borges (não confundir com o argentino, o "grande" José Luís Borges) devem arrojar-se-lhe aos pés como fazia a nobreza do antigo império persa perante Dario e os outros portugueses devem sair à rua a mostrar-lhe quão repudiamos as suas políticas e a sua tutela.

Comments:
Pode acontecer e assim seria uma boa história que a SRª Merkel já não tenha pajens para a receber e tenha de adiar a visita.

Caso contrário vamos todos solidarizarmo-nos com Silva Lopes e acompanhá-lo nas manifestações contra Merkel.
 
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