2012-10-19
Ontem um dia produtivo no surgimento de alternativas ao pacote fiscal
O pacote fiscal contido no OE para 2013 é demasiado violento para as pessoas e para a economia portuguesa cuja crise vai ainda aprofundar-se nos próximos anos, se esta sangria de extorsão de rendimentos ao contribuinte não for estancada. É preciso mudar de agulha.
A única mudança possível é mudar este governo que entrou num beco sem saída, ou melhor ruma a passos largos para lançar o país no precipício.
Mas de dentro do sistema começam a aparecer propostas alternativas.
Ontem, Miguel Cadilhe, cuja apresentação se dispensa, veio defender "a renegociação honrada da dívida", dizendo que isto é diferente do "incumprimento por bancarrota". Honra lhe seja feita, Cadilhe tem esta posição antes da "Tróika".
Em que consiste esta "renegociação honrada da dívida" portuguesa?
Significa a possibilidade de "pelo menos o que excede 60% da dívida "ser pago num prazo muito extenso, quase de perpetuidade" à semelhança do que o País fez em 1891 e cujo pagamento terminou recentemente, e da renegociação de "uma taxa de juro mais suportável". Acrescenta ainda que tudo isto devia ser acompanhado de um "cabaz de medidas estruturantes".
Ontem também o economista Joaquim Miranda Sarmento do ISEG num artigo "Alternativa para 2013" apresenta 12 medidas de cortes de despesa no montante de 2,8 mil milhões de euros, exactamente 4 vezes mais que as que Portas num jogo de cintura veio dizer que vai propor.
As medidas de Joaquim Miranda são muito concretas e apontam onde devem ser os cortes, o que Portas não soube fazer.
Não estou de acordo com todas mas que representa uma excelente base de partida não há dúvida.
Num poste a seguir apresento o artigo.