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2012-12-06

 

Troca tintas



Estranheza!

06/12/12 00:01 | João Abel 
O Governo rejeita o ambiente mais permissivo que a situação grega proporciona e nega bater-se por melhores condições dos empréstimos a Portugal.
Estranha-se mas não se entranha. O mínimo que se pode dizer é que choca, embora deste Governo já nada seja de estranhar. São as propinas do secundário, é o Estado Social, o SNS, a educação que o Governo tenciona estruturar no mau sentido. São os cortes de salários e de pensões e reformas, são os pesados aumentos de impostos, tudo isto numa rota de empobrecimento absurdo da população.
Vítor Gaspar virou o bico ao prego. Dera a entender na Assembleia da República que ia bater-se pela obtenção de condições semelhantes às da Grécia para Portugal. Puro engano. Vítor Gaspar não se bate. Espera que lhe batam e foi o que sucedeu. Bastou dois ministros das finanças, de peso da União Europeia (Alemanha e França), desaconselharem a postura com o argumento de que Portugal deve distanciar-se da Grécia e Vítor Gaspar alinha, sem opinião própria e desrespeitando o que dissera na AR. Mas Pedro Passos Coelho não fica atrás.
Do Mindelo, onde se encontrava, apressa-se a dizer que espera, dos seus opositores políticos, que não transformem as "sábias" e elogiosas palavras para Portugal daqueles dois ministros, em crítica à posição do governo. Mas vamos por partes. A situação da Grécia é gravíssima. O Estado grego está atrasado de vários anos em termos de estruturação funcional e sob outros aspectos.
Bem sabemos e este acordo é apenas uma gota de água muita cara ao povo grego. No entanto, o acordo estabelecido com a Grécia ao permitir reduzir os encargos financeiros associados aos empréstimos através da extensão de prazos e redução da taxa de juros, a que se adicionou uma moratória de dez anos para o pagamento de juros, pode proporcionar algum fôlego, embora a austeridade vá continuar.
Ora, mesmo sabendo que a carteira de credores portugueses é muito diferente da grega, mais centrada na banca nacional, contudo não se consegue perceber porque continua o Governo português a rejeitar o ambiente mais permissivo que a situação grega proporciona e nega a bater-se por melhores condições dos empréstimos a Portugal como o escalonamento da dívida e uma redução substancial da taxa de juros.
Sem melhoria das condições, Portugal vai precisar de um segundo empréstimo e de forma alguma vai cumprir o défice acordado com a ‘troika', sem mais medidas de terror para os portugueses.

João Abel de Freitas, Economista


Comments:
O Gasparzinho, apesar soletrar e sopesar o que diz, mesmo assim, precipitou-se. Herr Schauble poder iritar-se e dar tau-tau.

Pobreza de povo que tais "elites" escolhe..

LT
 
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