2013-03-29
Mas qual tsunami? É o Sócrates, pá.
Não morro de amores por Sócrates e sou muito crítico em relação
àqueles aspetos da sua governação que
representam submissão a interesses de
grupos económicos e da banca. Ela não
corresponde ao meu paradigma de governo. Para isso era necessário pôr o
capitalismo (ou muito da sua essência) de pernas para o ar. Mas a situação não está bem nesse ponto ou sou eu que não estou a ver bem a coisa?
No entanto a governação de Sócrates não receia meças com as dos seus
antecessores basta lembrar o consulado de Cavaco com a destruição da capacidade produtiva do país (indústria, pescas, agricultura) ou os planos para 4 ou 5 linhas de TGV dos Governos de Barroso Santana Lopes. E muito menos receará meças com esta governação que aí está, para nossa humilhação
e ruína, prostrada aos pés de Merkel e
de Schauble e leva a peito não os interesses de quem a elegeu mas os dos credores que nos afogam em juros.
A Sócrates devemos algumas boas políticas: defesa do
Estado Social, por exemplo com medidas para a garantia da sustentabilidade da
segurança social, na Educação, sobrepondo os interesses do ensino e dos alunos aos
da FENPROF, apoio às novas tecnologias nomeadamente na Educação, (incluindo o " Magalhães"), a modernização
administrativa por ex. com o SIMPLEX, na Saúde, com o bom trabalho do ministro Correia
de Campos, a aposta nas energias renováveis, etc. De negativo há as
corrupções, os favores, as promiscuidades com os grandes interesses, em especial os da
banca.
Do homem, do estilo pode-se gostar ou não mas que ele é “uma
força da natureza” ficou à vista nesta entrevista onde sobressaiu a
frontalidade, a combatividade, a consisitência argumentativa, a coragem no merecido
desmascaramento de Cavaco. E como era de esperar teve uma prestação comunicacional
televisiva como há muito não víamos por aqui entre o atual pessoal político. Deixou em brasa aqueles (e não são todos, longe disso) jornalistas
e comentadores que estão sempre inclinados para o poder do momento. É hilariante
ver como são vencedores por jornais e televisões… sem o
contraditório, como se multiplicam em argumentos obscurecidos pela raiva em vez de
iluminados pela razão.
Não me consigo empolgar com Sócrates nem ficar possesso de
raiva com o seu regresso de modo que, no meio da tragédia que o país só começou
a trilhar, posso serenamente e com gáudio assistir ao surpreendente despautério dos que barafustam
e alguns até subscreveram petições para fechar a RTP a Sócrates (mas não a Nuno
Morais Sarmento?) quando por lá e pelas outras TVs afora medrou e viceja a opinião de políticos
de todos os quadrantes.
Comments:
<< Home
não é cego o que não vê, mas aquele que não quer ver -
então como é que chegámos quase à bancarrota e com os cofres do Estado vazios?
não foi resultado da governação desastrosa desse mentiroso compulsivo, que agora aluga um golf para ir à TV e tem um mercedes de 90 000 euros guardado?
então como é que chegámos quase à bancarrota e com os cofres do Estado vazios?
não foi resultado da governação desastrosa desse mentiroso compulsivo, que agora aluga um golf para ir à TV e tem um mercedes de 90 000 euros guardado?
Aí está uma boa sentença, essa de que não há maior cego do que o que não quer ver. "então como é que chegámos quase à bancarrota e com os cofres do Estado vazios?" pergunta (cego?) o anónimo. E porque sucedeu o mesmo à Grécia, à Irlanda,a Chipre, à Espanha, à Itália e outros países assolados pela crise financeira? Não consta que Sócrates tenha sido 1ºM nestes países. Terá havido alguma crise?
Sem acrimónia, é claro :)
Sem acrimónia, é claro :)
meu caro, do pouco que sei de alguns dos países que enumera e a avaliar pelos personagens que estiveram à frente na condução dos seus destinos, também não são de estranhar essas crises, como é o caso do Sr. Berlusconi com as suas festas bungabunga ...
Enviar um comentário
<< Home