2013-06-10
A coisa está no bom caminho. Para eles. Para quem havia de ser?
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Aparentemente estamos num mundo de loucos. Mas é só aparentemente. Na realidade eles sabem o que se passa em Portugal, na Grécia ou na Irlanda. Mas o alemão não está a falar para os portugueses ou os irlandeses. Está a falar para os donos do dinheiro, os banqueiros, os seus acionistas e os seus administradores, em primeiro lugar para os da Alemanha e, é claro, solidariamente, com os dos outros países. Desemprego, falências, empobrecimento, ruína de alguns países, paciência. Se fosse evitável evitava-se mas não se pode ter as duas coisas: salvar os bancos, os milionários, a alta finança e ao mesmo tempo garantir uma vida decente à plebe, aos trabalhadores e à classe média.
"Estamos no bom caminho" e, não estando, "não é o momento para mudar de rumo".
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Só a título de curiosidade, quanto ganha o Dr. Constâncio no BCE?
O presidente da Reserva
Federal dos Estados Unidos da América, Ben Bernanke, [em 2012] recebeu um salário de
151.288 euros.
E Constâncio tem alguma pensão? Tem uma do Banco de Portugal acima dos 10.000€/mês e talvez outra da Universidade, não sei. Todos os administradores do Banco de Portugal até ao governo de Sócrates mal deixassem funções no BP, trabalhassem os 5 anos do mandato ou um dia, passavam a ter uma pensão vitalícia de 1.600 contos mensais (em 2005) 14 vezes por ano, atualizável todos os anos e qualquer que fosse a idade com que saísse do BP. Foi assim, por exemplo, que aos 48 anos o ex-ministro das Finanças Campos e Cunha quando deixou o BP passou a ter a sua pensãozita vitalícia. Ironicamente diziam aqui a propósito das pensões dos administradores do BP: “Trabalhe um dia, receba uma pensão de reforma vitalícia e dê a vez a outro.”