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2013-07-19

 

O país prepara-se para uma grande abstenção eleitoral?

Este processo de negociar o "compromisso de salvação nacional", em completa clandestinidade, promovido por Cavaco Silva, vai transformar-se numa grande abstenção eleitoral.

Ainda hoje me perguntavam: se eles se entenderem para que servem as eleições?

Como é evidente não se pode generalizar esta questão. Mas não tenho dúvida de que há um número significativo de pessoas que se interrogam sobre o interesse do seu voto.

Ora isto significa que a participação das pessoas em eleições tende a reduzir-se, o que põe em causa a democracia e a representatividade social dos partidos.

Esta situação é tanto mais preocupante quanto não se descortinam lá muito bem as diferenças programáticas no curto e médio prazo entre a coligação e aquilo que a direcção do PS de Seguro propõe. Para além do corte de 4,7 mil milhões de euros em que Seguro diz não concordar (a ver vamos se não aceita outro montante) e a ideia muito vaga de crescimento, aliás à moda de Hollande que já provou ser pouco mais do que zero, na realidade, as diferenças traduzem-se em peanuts.

Há duas grandes linhas de força para este país superar o buraco em que está metido. Uma é a da Grande Reforma de Estado que levará tempo e compreende duas componentes: o estabelecimento das funções de Estado moderno, democrático e participativo, outra, a da formatação da sua estrutura de funcionamento

O que se tem feito desde há muito anos é acrescentar institutos, serviços autónomos , comissões para tudo e para nada, fundações, tudo em nome de tornar o aparelho de Estado mais operacional, o que pensando bem não é nada disso. Onde está uma justiça a tempo e horas? Onde está a agilidade de processos por exemplo municipais? A excelente mudança que se estava a fazer através do SIMPLEX, até essa foi deitada fora. Criaram-se situações de privilégio durante muitos anos a vários níveis de que pouca gente tem uma noção clara da sua existência, Aqui sim gastam-se rios de dinheiro com as elites.

A segunda grande linha de força é mudar a nossa estrutura produtiva que está completamente enviesada. Esta mudança não é única e simplesmente da competência do Estado. Mas o seu papel de enquadramento e de facilitador é decisivo.

Sem a articulação destas duas grandes linhas de acção o país não vai a lado nenhum. Estas linhas implicam uma clara opção política e de modelo de desnvolvimento

Onde estão as diferenças? Com que agenda política e económica Seguro avançou para as negociações? Nada se sabe.

Foi atraído pela ideia de, daqui a pouco mais de ano poder ser candidato a Primeiro Ministro?

O país está muito mal. Certamente numa situação pior do que se pensa. Mas sem mudança de rumo e sem uma negociação em outros termos da situação, o caminho é o do descalabro económico continuado e a acentuar o perigo do estado em democracia..


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