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2013-11-14

 

A austeridade que veio para ficar

Começa a ser difícil aceitar que o termo - austeridade - seja o mais adequado para descrever o que este governo está a fazer a Portugal.

O país está cada vez mais pobre, está a ser destruído, sem que um qualquer super tofão por cá passasse. A morte é lenta, não instantânea, mas certa. Menos espectacular apenas.

O poder do PSD/CDS está a ser mais arrasador que qualquer tofão, pois se os estragos decorressem da natureza, teríamos a ajuda de outros povos e a certeza de algo muito doloroso,.mas passageiro.

Com este governo, não. É algo para ficar. Os cortes nos rendimentos dos portugueses que teimam em não parar, vieram para ficar. É pelo menos a intenção do actual governo. A este respeito, a senhora ministra das finanças foi ontem muito clara. A tróika exige que a redução da despesa pública seja permanente. Como essa redução se traduziu no essencial  em cortes de rendimento das pessoas que significa isto senão que os cortes feitos são definitivos?

Não sou constitucionalista, mas até à data os argumentos do TC foram deixar alguns cortes passar porque provisórios. Mediante esta clarificação do governo o que fará o TC?

Por outro lado, para manter o rácio actual - despesas públicas/PIB - só poderá haver alguma actualização de rendimentos com forte crescimento da riqueza do País, o que não está à vista com a política deste governo, que teima em afundar a procura interna.

Em síntese, o problema é mesmo do governo e dos seus objectivos. Com este governo as perspectivas continuam muito negras. Não é, pois, empobrecendo o País que ele se desenvolve nem se torna mais competitivo. E o Presidente é tão coveiro deste Portugal em queda para o abismo como o governo em funções. Mas as oposições também têm a sua quota parte de culpa, pois falta-lhes alguma coerência de propostas apresentadas.

 


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