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2013-11-11

 

Que está tró ló ló. Hum... não sei

Dizem que o senhor está meio tró ló ló e que portanto veio cá para fora dizer o que cochicham no conselho de ministros sem se lembrar que um pilar da política do governo a que empresta o respeito da sua idade é a mentira. Não a mentira que todos ou quase todos os governos, em doses já mais ou menos tabeladas, aqui e ali, utilizam, mas a MENTIRA em tudo o que é a essência e o sentido da governação.
Por conseguinte o homem veio, sem mais cerimónias, na santa inocência que a idade lhe oferece, explicar que só se os juros no mercado secundário, nos empréstimos a 10 anos, vierem por aí a baixo, para os 4 e picos por cento é que Portugal pode dispensar um segundo resgate.
É claro que, vir assim sem mais nem menos, dizer a verdade, ainda que muito relativa, cria escândalo e dá prova, segundo os colegas mais treinados na trapaça, de insanidade mental, tendo em conta os padrões de MENTIRA deste governo.
Não censuro o senhor, pelo contrário acho que ao prestar um péssimo serviço ao governo que traiu os portugueses (deixo de fora os banqueiros, os seus grandes acionistas e mais uns poucos) prestou um bom serviço ao país – mesmo que, eventualmente, sem se aperceber.
Por isso e pelas mesmas razões que considerei positiva a anterior presença no governo daquele inenarrável Miguel Relvas considero positiva a escolha deste senhor para ministro de Estado e dos NE. É uma pessoa que, talvez devido à idade, revela incapacidade em se adequar às exigências da grande MENTIRA que é a política deste governo de Passos, de Portas, de Cavaco. Um governo de ministros criados a biberon nos aparelhos partidários e que manejam magistralmente a mentira ao serviço dos senhores, nacionais e estrangeiros, que de momento mandam no país e que com ganas desejam servir, na esperança de jubilosos empregos futuros. O senhor Machette ainda que involuntariamente, suspeito eu, ajuda a minar a sustentabilidade da vergonhosa equipa. E… se isso é mau para uns poucos…  é bom para muitos outros.
Há uma lição da História que é necessário ter sempre presente: o que é ótimo para uns pode ser péssimo para outros.  É bom! É bom!! É bom!!! Na política, no que toca à “governação” isto é, à regulação da vida em sociedade, à distribuição da riqueza, à garantia dos serviços que o Estado presta ou não presta aos cidadãos, quase sempre o que é bom para os cidadãos em geral não é bom para os cidadãos que ambicionam mais e mais riqueza seja a que preço for, com a fome, a doença, a ignorância ou o sangue de quantos for preciso.
É uma liberdade essencial do capitalismo e por ele garantida. Mormente pelo capitalismo no atual apogeu, neoliberal, dirigido pelo sistema financeiro internacional sem rosto e sem pátria.
O desafio é dominar o monstro. E como? Juntando forças. Não há lugar para o desânimo. Esse bicho horrível, o maior predador do planeta, capaz do pior e do melhor já deu provas. Outrora “inventou” o esclavagismo e depois conseguiu acabar com ele e assim por aí fora, até aos dias de hoje. No mundo coexistem restos de quase todas os tipos de sociedade que, umas após outras, foram ganhando a supremacia.  E no plano individual coexistem homens com os saberes e hábitos das sociedades  pré-históricas e homens com saberes e costumes de sociedades posteriores numa gradação paulatina até aos sábios da atualidade que deixam sem fôlego, de espanto, o comum dos seus concidadãos com as explorações que fazem nas margens do infinito. Do infinitamente grande, para lá da galáxia que habitamos até ao infinitamente pequeno que desfaz em nada (ou em energia) a pobre matéria. Tão pouco organizada na maioria das nossas cabeças. Por isso creio que os homens serão capazes de vencer a favor de um futuro melhor a crise sistémica que atravessamos.

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