2013-12-13
Ainda a respeito das cerimónias do funeral de Mandela ...
As cerimónias do funeral deram origem a muitas atitudes e comportamentos, alguns de grande significado no mundo da política.
Começou logo pelos analistas e comentadores em vários lugares do planeta em querer transformar a vida de Mandela em "Santo". Só faltou mesmo pô-lo no altar de forma a não se mexer. Esqueceram a sua luta de revolucionário contra o appartheid e contra o regime reinante a nível mundial. Um branqueamento da sua vida de revolucionário, tentando encostá-la de um simples pacifista.
Mas indo além disso e olhando para quem se salientou nas cerimónias, vimos que a Europa não "existe".
Falaram Obama, Dilma e Raul de Castro para além da África do Sul.
Aliás, a Europa já há muito que vem saindo da cena política mundial. Cada vez mais na economia o que apesar de tudo tem demorado algumas décadas mas é cada vez mais um facto e agora começa a esvaziar-se na cena política. E na minha perspectiva ou a Europa muda de modelo a todos os níveis ou muito lenatamente desaparecerá.
O Mundo olha para a Europa e deixou de ver nela aquelas referências de Zona de bem estar, onde se vivia melhor, pois realmente deixou de o ser.
A imagem real é a de uma Europa em degradação, perdendo características em que já cada vez menos gente acredita que possa ver a ser uma comunidade de aproximação de povos. Cada vez mais está apender para uma "comunidade" de rejeição de povos, onde os confrontos de interesses tendem a aumentar. Dois pólos em confronto (o norte e o sul), um intermédio a ver para onde cai, mas tendem todos a cair, ao longo do tempo, caso nada mude e não se gere outra dinâmica de mais solidariedade e projecto comum.
É esta Europa actual que nada oferece, que perdeu referências positivas vai direita ao charco e caiu no desrespeito do Mundo.
Comments:
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É melhor às vezes não insistir nessa tecla da degradação da imagem da Europa, pois alguém ainda se pode vir a lembrar de estudar certos ditadores falecidos à uns 40 e 50 anos, à procura de solução.
É melhor às vezes não insistir nessa tecla da degradação da imagem da Europa, pois alguém ainda se pode vir a lembrar de estudar certos ditadores falecidos à uns 40 e 50 anos, à procura de solução.
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