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2015-10-09

 

Carmina Burana

«O compositor alemão Carl Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata homónima. Com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", a obra, por suas características, pode ser definida também como uma "cantata cénica". 
 Estreou em Junho de 1937, em Frankfurt e faz parte da trilogia "Trionfi" que Orff compôs em diferentes períodos, e que compreende os "Catulli carmina" (1943) e o "Trionfo di Afrodite" (1952).
(A imagem foi tirada do vídeo que se segue.)




Carmina Burana - O Fortuna, Imperatrix Mundi
                                  Em latim                       Em português
O Fortuna,
Ó Sorte,
Velut Luna
És como a Lua
Statu variabilis,
Mutável,
Semper crescis
Sempre aumentas
Aut decrescis;
Ou diminuis;
Vita detestabilis
A detestável vida
Nunc obdurat
Ora oprime
Et tunc curat
E ora cura
Ludo mentis aciem,
Para brincar com a mente;
Egestatem,
Miséria,
Potestatem
Poder,
Dissolvit ut glaciem.
Ela os funde como gelo.
Sors immanis
Sorte imensa
Et inanis,
E vazia,
Rota tu volubilis
Tu, roda volúvel
Status malus,
És má,
Vana salus
Vã é a felicidade
Semper dissolubilis,
Sempre dissolúvel,
Obumbrata
Nebulosa
Et velata
E velada
Michi quoque niteris;
Também a mim contagias;
Nunc per ludum
Agora por brincadeira
Dorsum nudum
O dorso nu
Fero tui sceleris.
Entrego à tua perversidade.
Sors salutis
A sorte na saúde
Et virtutis
E virtude
Michi nunc contraria
Agora me é contrária.
Est affectus
Et defectus
E tira
Semper in angaria.
Mantendo sempre escravizado
Hac in hora
Nesta hora
Sine mora
Sem demora
Corde pulsum tangite;
Tange a corda vibrante;
Quod per sortem
Porque a sorte
Sternit fortem,
Abate o forte,
Mecum omnes plangite!
Chorai todos comigo!
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«A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.

Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (uma soprano, um tenor e um barítono), dois coros (um dos quais de vozes brancas), pantomimos, bailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão).
A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais.
Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera.
Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosíssima").
No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”). Carmina Burana - O Fortuna, Imperatrix Mundi. »  (O texto éda Wikipédia.) 

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