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2020-04-17

 

Jeff Bezos aumentou a sua fortuna em 23,6 mil milhões de dólares com a pandemia covid-19


O homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, ganhou até agora, com a pandemia, 23,6 mil milhões de dólares. Pode parecer chocante mas é lógico que seja assim na ordem capitalista, na ordem estabelecida pelos mercados, isto é, pelos poderosos, pelos seus bancos, pelos seus governos, pelos seus juristas, pelos seus juízes. 
Transcrevo do semanário Expresso de 16-04-2020:  
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"Com as populações fechadas em casa pelo mundo fora, a Amazon viu as encomendas crescerem muito. Mas as queixas dos seus trabalhadores também.

"Afortuna de Jeff Bezos cresceu 23,6 mil milhões de dólares (21,79 mil milhões de euros) desde o início da pandemia. Com o encerramento das lojas físicas por todo o mundo e o aumento das compras online, o fundador e presidente executivo da Amazon viu a empresa valorizar-se repentinamente, aumentando a sua fortuna pessoal para 138 mil milhões.

Ao mesmo tempo, sobem as reclamações sobre as condições de trabalho nos centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos. Embora a empresa garanta que instituiu medidas para proteger a saúde dos trabalhadores, nomeadamente verificando-lhes a temperatura, impondo o distanciamento entre eles e fornecendo lenços e outros materiais de limpeza, muitos (Alex Wong/GETTY IMAGES)                                     deles queixam-se de que não é suficiente.
Nas condições em que trabalham, com a enorme pressão para satisfazer encomendas, é impossível manter o distanciamento necessário, dizem, e muitas vezes os materiais de limpeza esgotam-se. Por outro lado, a empresa recusa enviar para casa trabalhadores mais velhos pagando-lhes o salário, embora estes se encontrem numa posição mais vulnerável.
Após ter interrompido temporariamente as entregas de bens não essenciais para poder responder aos pedidos de artigos domésticos e material médico, a Amazon voltou a distribuir todo o tipo de produtos.
Um país onde não o poderá fazer é França, depois de um tribunal ter ordenado que se limitasse aos bens essenciais, considerando os riscos de saúde para os trabalhadores. Em resposta, a empresa fechou os centros de distribuição no país durante cinco dias, até à próxima segunda-feira.
UMA MORTE JÁ CONFIRMADA
Nos EUA, para responder ao acréscimo de encomendas, a Amazon contratou cem mil trabalhadores e anunciou querer contratar mais 75 mil, convidando pessoas que ficaram sem emprego a candidatarem-se e aumentando o pagamento mínimo em dois dólares por hora em abril.
Com casos de coronavírus a aparecer nos armazéns, os protestos têm vindo a subir de tom. Uma primeira morte foi confirmada há dias, mas a empresa despediu três trabalhadores que reclamaram mais segurança, gerando reações por parte de políticos. Entre eles, o senador Bernie Sanders, que escreveu num tweet: "Em lugar de despedir empregados que querem justiça, talvez Jeff Bezos - o homem mais rico do mundo - possa concentrar-se em providenciar aos seus trabalhadores baixas médicas pagas, um ambiente de trabalho seguro e um planeta habitável".
A estas críticas juntam-se outras. Foi notado o facto de Bezos, apesar da dimensão da sua fortuna, ter feito apenas uma doação de cem milhões de dólares a uma organização de bancos alimentares desde o início da pandemia. Embora seja um montante substancial, outros bilionários revelaram-se mais generosos.
Jack Dorsey, presidente executivo do Twitter, vai doar mil milhões de dólares, mais de um quarto da sua fortuna. Bill Gates vem a seguir, com a sua fundação a doar 250 milhões de dólares. Entretanto, segundo a revista "Forbes", Donald Trump doou cem mil dólares ao Departamento da Saúde. São 0,005 por cento da fortuna do atual Presidente dos Estados Unidos. "

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