2010-09-02
A grande questão dos incêndios
Esta questão não pode/nem deve ser pensada de ânimo leve.
Precisa de um equacionamento global, onde até a discussão da nossa "textura " como País, como Povo, merece ser analisada. Que constrangimento nos impede de lançar medidas de ataque a este flagelo em devido tempo?
Todos os anos são centenas de milhões de euros que ardem, mais umas quantas vidas humanas que desaparecem, mais as condições de desenvolvimento que se complicam.
Para muitos devo estar a dizer barbaridades. Admito.
Só não percebo, embora saiba que não é possível evitar completamente os incêndios, mas sei que é possível minorar essa tragédia e sobretudo os efeitos do tipo que já estão a acontecer, repito não percebo porque não se começa por uma ponta do País a ensaiar, de uma forma séria a prevenção de incêndios do Próximo ano.
Se são tantos os milhões de euros que se vão, porque razão não se arranca com projectos até de muito menos dinheiro, mas com a criação de postos de trabalho como reflorestação com as espécies mais apropriadas, com a abertura correcta de caminhos etc, etc,. Esta matéria deixo para quem sabe.
Ganhava o País, ganhavam as autarquias, ganhavam as pessoas, ganhavam os cidadãos que todos os anos se vêem ameaçados pelo fogo, mas que também só pensam nisso sobre a hora. Durante o ano esquecem-se de fazer as limpezas adequadas das suas parcelas de terreno e quantas vezes dos arredores das casas.
Isto será assim tão difícil?
Deve ser porque nunca se criou uma mentalidade de prevenção e de ordenamento. E é aqui que entra o que antes chamei de "textura" do nosso povo e já agora dos nossos políticos por extensão.
Sempre pensei que este governo, ou melhor, o anterior se distinguisse dos anteriores neste domínio.
Mas, afinal, ainda está para vir esse governo, se é que alguma vez chegará.
Parece que temos de continuar à espera de um D. Sebastião!! Mas pelo caminho da espera vão chegando as desistências.
Etiquetas: Falta de medidas preventivas., Incêndios
2010-08-13
Os incêndios e o impacte na economia portuguesa
Não conheço nenhum estudo bem fundamentado sobre o impacte dos incêndios na economia do País. Um estudo quantificado. Quanto custa ao erário público? Quantos empregos se destroem? Quanto se deixa de exportar? Quanto se tem de importar? Que riqueza perde o país? E quanto cada cidadão atingido e, são muitos, perde e fica mais pobre? Mas deve haver certamente e a ignorância é minha.
Não havendo era bom que alguma Universidade o fizesse e que fossem disponibilizadas verbas com esse fim. Um estudo monitorado.
Mas mesmo sem isso, porque se trata de uma situação repetida cada ano, em que cada ano se perde muita riqueza, alguma pouco mensurável como a de cariz ambiental e, vidas inclusive, não consigo perceber, porque os incêndios só vêm ao de cima no Verão.
Não percebo porque o país, os governos não têm uma aposta credível e consequente para evitar o mais possível esta dimensão.
HÁ planos para as energias renováveis, há planos para tanta coisa e alguns até funcionam, porque razão não um plano global para combater os incêndios? Não se percebe nem compreende!
Dir-me-ão, nas energias renováveis há os grandes grupos e é fácil. E nos incêndios não há grandes grupos? As celuloses não estão interessadas no combate aos incêndios? Normalmente só tem incêndios vindos de fora, porque sabem tratar as suas explorações.
O que francamente acho é que a coordenação entre Ministérios não funciona. E se não funciona tem de ser o PM a impôr necessariamente essa linha de acção.
É difícil mas tem de ser.
Etiquetas: Coordenação, Incêndios
O País em chamas
Desde esta madrugada, os incêndios também começaram a atingir a Madeira. E já chegaram ao cimo mais alto da Ilha. A coroa do Pico Ruivo foi queimada pelas chamas.
O incêndio que atinge as serras da Madeira, nas imediações do Pico Ruivo, veio do lado do Curral das Freiras, que segundo informações começou às cinco horas na eira do Serrado.
Mas há outros fogos nas zonas do Poiso e na parte alta da Camacha. Esperemos que estes dois fogos não se encontrem.
Hoje começa a festa do Monte, uma festa de grandes tradições que conta sempre com a presença do Presidente do Governo Regional neste momento de férias em Porto Santo. Deveria haver bom senso e os foguetes deveriam ficar em casa, o que não está a acontecer ou pelo menos não aconteceu durante algum tempo.
O Funchal está encoberto numa mancha de fumo estando a cair fuligem nas ruas da cidade.