2004-09-22
As eleições no PS (VII) - Retomando as três falácias
Respondendo ao desafio feito pelo Manuel Correia nos seu comentários ao meu post As eleições no Ps (VI) - Três falácias, de 18 de Setembro, aqui estou a evoluir no debate.
Falácia 1 - Sócrates fez debates a três em canal aberto na TV, onde até teve a desvantagem de enfrentar, ao mesmo tempo, dois adversários muito próximos eentre si. Se fosse eu, teria preferido fazer só debates a dois.
Nesses debates a três, bem como nos documentos das candidatura, nas intervenções individuais, nos "sites" das candidaturas, etc., ficaram claras as diferenças entre Sócrates e os outros dois candidatos.
Em compensação, no debate a dois, entre Alegre e Soares, não ficaram esclarecidas as diferenças relevantes entre estes candidatos.
Insisto, por isso, que é uma falácia afirmar-se que os debates a dois são fundamentais para esclarecer a diferenças entre candidatos e que Sócrates não quis fazer debates a dois para fugir ao confronto de ideias com Alegre e com Soares .
Falácia 2 - Oh Manuel Correia, então se fosses membro do PS (ou de outro Partido) e tivesses que eleger, por voto secreto, directo e individual, o SG desse Partido, achas que serias condicionado pelas "lógicas aparelhísticas" (seja lá o que entendes por isto)?
Se achas, o que francamento não acredito, então terias um problema pessoal grave de carácter para resolver. Mas não me parece legítimo que pretendas que a generalidade dos outros membros desse Partido tivesse o mesmo problema.
Se não achas, então ainda menos legítimo conidero que penses que os outros membros desse Partido seriam condicionados pelas tais "lógicas".
Quanto às propostas de Alegre (ou Soares), certamente que devem ser tidas em conta, mas precisam de ser clarificadas e bem discutidas. Por exemplo, Alegre propõe que os Presidentes das Concelhias do PS não devem ser Presidentes de Câmara Municipal, para evitar o que designou por "promiscuidade" das funções. Mas já não vê promiscuidade se o SG do PS (ou de outro Partido) for Primeiro-Ministro.
De qualquer maneira, não me parece que tivesses rebatido o que quer que seja da falácia que descrevi, e que mantenho existir nesta matéria.
Falácia 3 - Meu caro Manuel Correia, umas vezes demarcas-te das opiniões da direita, mas outras vezes dás-lhe crédito, ao que parece, de acordo com o que te convém para defenderes ideias pré-estabelecidas.
Pela minha parte, não dou relevância a essas opiniões: elas reflectem, na maior parte dos casos, a expressão dos interesses ou conveniênias de quem as defende. Por isso, o facto de haver comentadores e analistas de direita que dizem bem de Alegre ou Soares em nada afecta a opinião que tenho sobre estes candidatos.
A minha opinião sobre qualquer dos três candidatos resulta da avaliação que faço das suas ideias, propostas, carácter, experiência, e qualidades intrínsecas para o desempenho do cargo de SG do PS. Por isso, mantenho a pertinência da falácia que descrevi.
E continuo a pensar que Sócrates é o candidato que mais assusta a direita.
Falácia 1 - Sócrates fez debates a três em canal aberto na TV, onde até teve a desvantagem de enfrentar, ao mesmo tempo, dois adversários muito próximos eentre si. Se fosse eu, teria preferido fazer só debates a dois.
Nesses debates a três, bem como nos documentos das candidatura, nas intervenções individuais, nos "sites" das candidaturas, etc., ficaram claras as diferenças entre Sócrates e os outros dois candidatos.
Em compensação, no debate a dois, entre Alegre e Soares, não ficaram esclarecidas as diferenças relevantes entre estes candidatos.
Insisto, por isso, que é uma falácia afirmar-se que os debates a dois são fundamentais para esclarecer a diferenças entre candidatos e que Sócrates não quis fazer debates a dois para fugir ao confronto de ideias com Alegre e com Soares .
Falácia 2 - Oh Manuel Correia, então se fosses membro do PS (ou de outro Partido) e tivesses que eleger, por voto secreto, directo e individual, o SG desse Partido, achas que serias condicionado pelas "lógicas aparelhísticas" (seja lá o que entendes por isto)?
Se achas, o que francamento não acredito, então terias um problema pessoal grave de carácter para resolver. Mas não me parece legítimo que pretendas que a generalidade dos outros membros desse Partido tivesse o mesmo problema.
Se não achas, então ainda menos legítimo conidero que penses que os outros membros desse Partido seriam condicionados pelas tais "lógicas".
Quanto às propostas de Alegre (ou Soares), certamente que devem ser tidas em conta, mas precisam de ser clarificadas e bem discutidas. Por exemplo, Alegre propõe que os Presidentes das Concelhias do PS não devem ser Presidentes de Câmara Municipal, para evitar o que designou por "promiscuidade" das funções. Mas já não vê promiscuidade se o SG do PS (ou de outro Partido) for Primeiro-Ministro.
De qualquer maneira, não me parece que tivesses rebatido o que quer que seja da falácia que descrevi, e que mantenho existir nesta matéria.
Falácia 3 - Meu caro Manuel Correia, umas vezes demarcas-te das opiniões da direita, mas outras vezes dás-lhe crédito, ao que parece, de acordo com o que te convém para defenderes ideias pré-estabelecidas.
Pela minha parte, não dou relevância a essas opiniões: elas reflectem, na maior parte dos casos, a expressão dos interesses ou conveniênias de quem as defende. Por isso, o facto de haver comentadores e analistas de direita que dizem bem de Alegre ou Soares em nada afecta a opinião que tenho sobre estes candidatos.
A minha opinião sobre qualquer dos três candidatos resulta da avaliação que faço das suas ideias, propostas, carácter, experiência, e qualidades intrínsecas para o desempenho do cargo de SG do PS. Por isso, mantenho a pertinência da falácia que descrevi.
E continuo a pensar que Sócrates é o candidato que mais assusta a direita.