2005-09-15
Mas, afinal, quem são eles?
Estão zangados. Façamos um pequeno esforço para compreendê-los. Uns fizeram a Revolução de Abril; outros seriam capazes, na ocorrência, de voltar a fazê-la; outros, ainda, são irmãos, primos, amigos de Salgueiro Maia e Diniz de Almeida, Vasco Lourenço e Melo Antunes. Rostos conhecidos. Gentes de cá. Aquele, ali, é meu vizinho; aqueloutro esteve na Bósnia. Levaremos, agora, a servidão militar ao ponto de não os reconhecer como nossos concidadãos, compatriotas, companheiros de infortúnio quando, em todas as paradas, o toque é de sacrifício, imposto, em silêncio, por quem nos governa?
Estes são os nossos militares. Levar a servidão mais longe é tornar o Estado ainda mais esquizofrénico do que já é. Que Estado haverá quando todos os funcionários públicos se virarem para um lado e o Governo para o outro?
Estamos à beira de confundir firmeza com insensibilidade.
Estes são rostos de gentes como nós.
Não estão de acordo e querem discutir.
O que é que não se pode discutir em democracia?
(Comissão Nacional de Eleições)
"...O mesmo acontecerá se as imagens utilizadas na revista tiverem claramente uma função de promoção de um candidato, nomeadamente através da sua sistemática e repetida divulgação.Logo, uma autarquia local, ao publicar um boletim que vai ser distribuído durante o período eleitoral, não pode utilizá-lo para criar uma situação de favorecimento ou desfavorecimento das candidaturas no terreno..."
Saiba mais em: www.vivernoseixal.blogspot.com
WatchDog
Rui Martins,
este é um tempo estranho. Depois da campanha eleitoral que se viu, hoje estamos confrontados com uma redistribuição de sacrifícios que afectam direitos. A linha de imposição que está a ser seguida não me parece muito eficaz. Se os direitos forem tratados assim, o contraponto do equilíbrio das finanças públicas será a perda de confiança no Estado e na Lei. Quando se trata de anular direitos, a prudência aconselha mais calma, graduação e envolvimento. Tudo o que puder ser feito e negociado com as pessoas atingidas ganha vantagens políticas incalculáveis. Todos sabemos que vai ser necessário equilibrar as finanças públicas. Não estamos de acordo relativamente ao modo. Aí, podemos melhorar em proveito de todos.
para além do que escrevi em re3sposta a Rui Martins, sempre lhe direi que sou contra esta diabolização dos militares. Sou contra o cerceamento de direitos aos militares. Se as democracias convivem com greves nos hospitais, nas escolas e nos tribunais, não vislumbro a razão para os militares ficarem de fora. São, em princípio, tão responsáveis como os médicos, os juízes e os professores.
Quanto ao resto - à «atracção emocional - estou de cordo. Tentei. Razão e coração.
E desta vez o Gov tomou medidas que atingem todos os escalões dos trabalhadores do Estado, administradores de empresas, deputados, ministros.
Bom fim de semana é que eu desejo.
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