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2006-02-12

 

Ainda a OPA da SONAE...

A anunciada OPA da Sonae sobre a PT veio trazer à economia portuguesa elementos novos que dificilmente poderão ser ignorados ou neutralizados, mas também alguns receios sobretudo nos trabalhadores da PT. O público em geral olha para o facto com alguma expectativa e curiosidade.

Como elementos novos temos:

Independentemente do desfecho muita coisa vai mudar.

A PT, apesar de grande empresa, está a atravessar um período crítico. Debate-se com a necessidade de decisões profundas de reorganização: a nível interno a questão das redes e o papel do Estado no capital da empresa. E do ponto de vista da internacionalização, a situação também não é a melhor.

Acreditei muito pouco no surgimento de uma OPA concorrente, embora não esteja ainda de todo afastada essa hipótese.

Agora a PT é uma empresa estratégica, no tecido económico nacional, devido à capacidade de inovação própria, quadros de elevada craveira técnica para o nosso meio, reconhecimento internacional e experiência do processo de globalização.

O governo não pode ficar indiferente a esta movimentação. Não pode deixar nas mãos do mercado a solução. Agora não há que temer a mudança e o aparecimento de posições de defesa do status quo (não defensável no quadro da concorrência).

Daí, deve aproveitar este dinamismo para definir uma estratégia e delinear as alterações possíveis no âmbito das mudanças tecnológicas e da inovação necessárias ao desenvolvimento deste País.

O governo tem uma enorme responsabilidade neste processo e dispõe de uma excelente oportunidade para dar rumo ao Plano Tecnológico, que tanto tem defendido.>/P>


Comments:
Não estou a compreender o que queres dizer, João Abel? Dizes sim e depois não; e não e sim. Meu caro: não vais conseguir fazer a quadratura do círculo. E a propósito: o que é isso de capitalismo nacional no séc. XXI? Se quiseres regular vais ter de começar muito mais cá atrás...Se não queres,o mais que podes e deves fazer é assegurar a concorrência. Em capitalismo, onde ela não existe, tudo funciona pior, tanto para os trabalhadores, como para os consumidores. Bem ...fico à espera da táctica que queres passar ao Sócrates.
 
Meu caro. Não quero passar nenhuma táctica ao Sócrates. Acho apenas que o governo de José Sócrates tem uma oportunidade para corrigir uma situação complexa que era impossível de manter por muito mais tempo. E tem duas alternativas: ou abdica de qualquer intervenção,apenas não prescindindo da sua acção reguladora e mesmo assim não directa ou então tem de escolher uma estratégia para colocar esta empresa ao serviço do Plano Tecnológico (cujo conteúdo ainda está algo indefinido..). As vozes que têm aparecido vão na defesa do que está.

Quanto ao capitalismo nacional do século XXI não atinjo, porque o grupo da OPA, mesmo que fosse seu adepto, tem uma visão e uma estratégia global. Aí está um dos pontos menos claros em tudo isto.

O governo não deveria manter-se numa posição defensiva, mas aproveitar esta oportunidade para influenciar a mudança.
 
Realmente também não percebi o que se pretende dizer. Qual deve ser a posição do Governo e em que sentido se deve fazer a mudança??

O que é dito no post serve para justificar quase tudo.

O que é importante é que a concretizar-se vai haver mais concentração e muito menos concorrência, sobretudo na rede de telemóveis. A possível fusão TMN+Optimus vai criar um duopólio com uma quota de mercado praticamente hegemónica para um operador. Isto vai ter a prazo consequências no consumidor.

E ainda há o problema da rede que, em má hora, o Estado vendeu à PT.

Esta OPA é óptima para a SONAE mas é negativa para o conjunto da economia nacional.

José Manuel
 
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