2007-03-03
Ex-estalinista acusa ministro de ex-leninista
Revoltado- e com todo o direito - por os accionistas da PT não terem desbloqueado os estatutos, "matando a OPA" e impedindo o seu "patrão" Belmiro de Azevedo (patrão é o termo usado por JMF) de medir forças no mercado conclui que em Portugal não há liberais (âmbito económico). Nem na esquerda, nem nos sindicatos o que era o menos mas nem na direita nem nos capitalistas.
Justamente revoltado, JMF, passa culpas ao "ministro da Ota - Mário Lino" e ao que ele considera de "desfaçatez de aparecer ontem à noite, nos telejornais, a declarar que o «mercado funcionou» e num supremo exercício de hipocrisia, que o Governo não interferiu. É natural que o passado leninista de Mário Lino - continua JMF - lhe permita dizer que o branco é preto sem corar, pois, na escola política em que medrou, como tão bem explicou Orwell, o que hoje é verdade amanhã é mentira...", etc.
Ora estava eu, com os meus botões, dando razão a JMF (porque o que poderia não passar de um processo de intenções contra o ministro logo a invocação do seu passado leninista me levou a aceitar como ciência certa a sua diatribe contra ele) estava eu, dizia, a dar razão a JMF quando alguém me chama a atenção: " Alto aí, alto aí. Olhe que o JMF também tem passado não só leninista como também estalinista". Ora bolas - lamentei eu - olhem que pena. Realmente ex-leninista não me merece crédito, mas assim ex-leninista e ex-estalinista...
Oh José Manuel Fernandes, caramba! eu sei que você está a ser sincero, na sua revoltada indignação liberal, como diz na sua declaração de interesses, mas... com tanto proselitismo ainda Belmiro vai sorrir. Apesar da 6ª feira negra.
De JMF não se sabe bem o que foi, toda a gente diz que foi isso tudo e ainda maoista, também não há nenhum mal. Só que não assume e não tem nenhum polícia atrás para lhe lembrar. Nada disto seria muito mau. O pior é que o homem nunca recuperou.
O ministro que pretende concentrar todo o investimento apenas na região de Lisboa, à custa do resto do país, mostrando um completo desconhecimento do que é a coesão territorial.
Investimentos já aprovados e fundamentais à mobilidade da população da área metroplitana do Porto são congelados apenas porque o ministro não controla o Conselho de Administração, ao mesmo tempo que desculpa processos escandalosamente ruinosos como o túnel do Metro no Terreiro do Paço ou as danças de cadeiras na REFER.
Sem dúvida o pior ministro deste (mau) governo.
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