2007-05-28
A Ota e o ministro Mário Lino
A Ota e o ministro Mário Lino continuam a dar pano para mangas. No plano humorístico até acho piada. Porque acho que o MOPTC, qualquer ministro, Sócrates ou Cavaco Silva não estão acima do humor. Até eu já coloquei aqui abaixo um post beduino com o "deserto" da Margem Sul.
A OTA
O que penso sobre a campanha partidária de Marques Mendes (MM) sobre a Ota e também de alguns grandes interesses incomodados com a política do ministério de Mário Lino já expliquei aqui mais abaixo.
O MINISTRO
São obviamente infelizes as afirmações de Mário Lino. Ele já explicou o que tinha a explicar e que toda a gente, mas toda, já sabia. Ontem o professor Marcelo naquele seu programa que "é uma espécie de Magazine" em que explica aos portugueses como devem "ler" as notícias e como devem interpretar o mundo, foi ao ponto de exigir ao ministro mais uns quantos pedidos de desculpa.
No mundo da comunicação os políticos estão expostos à gula mediática que se guia pela exposição não do que é a verdade, o essencial, a sua obra mas o que garante mais venda de jornais ou maior share de telespectadores. Valorizaram, por exemplo, não o papel de Bill Clinton no governo dos EUA mas a relação do homem com a estagiária Mónica Lavinski nos corredores da Casa Branca. Campanha que quase o levou à demissão. Valoriza o dedo no nariz mas não o que o político faz ou não faz. Não culpo os capitalistas que governam os media por isso. É assim. O homem meio-macaco que ainda somos gosta disso e os donos dos media impôem aos jornalistas a venda de tal mercadoria. E todos têm uma agenda de interesses opacos ao leitor, ao telespectador, ao eleitor.
Mário Lino é um político que não se apresenta em público com a suprema preocupção de obedecer ao paradigma do politicamente correcto. E paga por isso. Procura explicar o que pensa e o que faz, com rigor, com verdade, sem ceder à ansiosa gula dos que pululam e espreitam os muitos e grandes interesses ligados às empresas que tutela e aos poderes de adjudicação de enormíssimos negócios que detem. Preocupa-se mais em explicar as decisões do seu ministério a quem o ouve e preocupa-se menos com o facto de que alguns órgãos dos media e alguns adversários, nas comissões da Assembleia da República ou nos fóruns televisivos, não querem saber absolutamente nada do que ele diga, mostre ou comprove de substancial mas apenas de uma qualquer gafe, de alguma frase desajeitada, de algum trejeito menos adequado.
Talvez a opinião pública, os eleitores, saibam distinguir o trigo da palha-retórica, saibam ler a realidade por si próprios em vez de lerem a "realidade" que alguma comunicação social, alguns políticos, e o "tarólogo" professor Marcelo lhes impingem.
Comments:
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Aleluia! Até que enfim leio algo que mereça a pena sobre o comentário do Ministro Mário Lino!
Vou ser-lhe sincero: quando ouvi as declarações na televisão, não fiquei particularmente agradado ou indiferente: não tanto pela questão do deserto - aliás, só mesmo um certo provincianismo bacoco de alguns e o desejo de tirar dividendos fazendo "pequena política" (reparou que omiti o termo "baixo") é que pode insurgir-se contra a afirmação, recusando-se ao bom senso de admitir que percebeu o carácter inócuo, não ofensivo da afirmação (já nem vou falar de descontextualização face ao conteúdo). O meu ligeiro desagrado residiu no facto de, vivendo e estando numa função que me permite acompanhar de perto a actuação do Governo Central no Distrito de Setúbal, o qual diga-se, não tem paralelo na última década (pelo menos!) e em particular, a actuação do MOPTC, custou-me ver o Ministro "perder pontos" com uma tirada involuntária, fazendo-se tábua rasa de tudo o que tem surgido neste tal deserto...
Realmente, é como diz: dedicamo-nos incondicionalmente à forma e desprezamos olimpicamente o conteúdo, e assim caminha alegremente a comunicação social no nosso País: ao sabor de conveniências diversas e nutrindo um profundo desrespeito por todos nós. Fiquei admirador do seu blog! Bem haja.
J.M. (Setúbal, Portugal)
Vou ser-lhe sincero: quando ouvi as declarações na televisão, não fiquei particularmente agradado ou indiferente: não tanto pela questão do deserto - aliás, só mesmo um certo provincianismo bacoco de alguns e o desejo de tirar dividendos fazendo "pequena política" (reparou que omiti o termo "baixo") é que pode insurgir-se contra a afirmação, recusando-se ao bom senso de admitir que percebeu o carácter inócuo, não ofensivo da afirmação (já nem vou falar de descontextualização face ao conteúdo). O meu ligeiro desagrado residiu no facto de, vivendo e estando numa função que me permite acompanhar de perto a actuação do Governo Central no Distrito de Setúbal, o qual diga-se, não tem paralelo na última década (pelo menos!) e em particular, a actuação do MOPTC, custou-me ver o Ministro "perder pontos" com uma tirada involuntária, fazendo-se tábua rasa de tudo o que tem surgido neste tal deserto...
Realmente, é como diz: dedicamo-nos incondicionalmente à forma e desprezamos olimpicamente o conteúdo, e assim caminha alegremente a comunicação social no nosso País: ao sabor de conveniências diversas e nutrindo um profundo desrespeito por todos nós. Fiquei admirador do seu blog! Bem haja.
J.M. (Setúbal, Portugal)
Aleluia! Até que enfim leio algo que mereça a pena sobre o comentário do Ministro Mário Lino!
Vou ser-lhe sincero: quando ouvi as declarações na televisão, não fiquei particularmente agradado ou indiferente: não tanto pela questão do deserto - aliás, só mesmo um certo provincianismo bacoco de alguns e o desejo de tirar dividendos fazendo "pequena política" (reparou que omiti o termo "baixo") é que pode insurgir-se contra a afirmação, recusando-se ao bom senso de admitir que percebeu o carácter inócuo, não ofensivo da afirmação (já nem vou falar de descontextualização face ao conteúdo). O meu ligeiro desagrado residiu no facto de, vivendo e estando numa função que me permite acompanhar de perto a actuação do Governo Central no Distrito de Setúbal, o qual diga-se, não tem paralelo na última década (pelo menos!) e em particular, a actuação do MOPTC, custou-me ver o Ministro "perder pontos" com uma tirada involuntária, fazendo-se tábua rasa de tudo o que tem surgido neste tal deserto...
Realmente, é como diz: dedicamo-nos incondicionalmente à forma e desprezamos olimpicamente o conteúdo, e assim caminha alegremente a comunicação social no nosso País: ao sabor de conveniências diversas e nutrindo um profundo desrespeito por todos nós. Fiquei admirador do seu blog! Bem haja.
J.M. (Setúbal, Portugal)
Vou ser-lhe sincero: quando ouvi as declarações na televisão, não fiquei particularmente agradado ou indiferente: não tanto pela questão do deserto - aliás, só mesmo um certo provincianismo bacoco de alguns e o desejo de tirar dividendos fazendo "pequena política" (reparou que omiti o termo "baixo") é que pode insurgir-se contra a afirmação, recusando-se ao bom senso de admitir que percebeu o carácter inócuo, não ofensivo da afirmação (já nem vou falar de descontextualização face ao conteúdo). O meu ligeiro desagrado residiu no facto de, vivendo e estando numa função que me permite acompanhar de perto a actuação do Governo Central no Distrito de Setúbal, o qual diga-se, não tem paralelo na última década (pelo menos!) e em particular, a actuação do MOPTC, custou-me ver o Ministro "perder pontos" com uma tirada involuntária, fazendo-se tábua rasa de tudo o que tem surgido neste tal deserto...
Realmente, é como diz: dedicamo-nos incondicionalmente à forma e desprezamos olimpicamente o conteúdo, e assim caminha alegremente a comunicação social no nosso País: ao sabor de conveniências diversas e nutrindo um profundo desrespeito por todos nós. Fiquei admirador do seu blog! Bem haja.
J.M. (Setúbal, Portugal)
Demoniozinho, estou quase tão surpreendido com o seu comentário como você com o meu post. Não que eu não saiba que muita gente entende as coisas assim. Mas em geral esses não comentam, quem mais comenmta são os têm opinião oposta vide o meu post aqui em baixo O GRANDE CIRCO.
Mário Lino merece-me toda a simpatia, até porque é uma pessoa genuina, que fala como as pessoas genuinas em vez de falar "politiquês", que se comporta como as pessoas genuinas em vez de se armar em esfinge. Parece-me que nesta altura do campeonato já toda a gente percebeu que a SIC e o Expresso estão apostados em fabricar factos políticos do mais rasteiro nível, seja inventando notícias (no Expresso já vei sendo habitual), seja retirando as frases do contexto e repetindo-as até à exaustão (na SIC Notícias é durante o dia todo, mais os comentaristas de serviço e mais os comentaristas dos comentaristas). Quando não se tem ideias, é assim que se faz oposição. E finalmente, só mais um aparte: que a margem sul está cheia de camelos, prova-o a reacção dos mesmos...
já percebi qual a cor politica dos autores e intervenientes deste blog.
caso não saibam, ou melhor saberão quando convier, um ministro ou qualquer outro ocupante de uma função governativa, tem uma responsabilidade enorme que se deve reflectir em todas as suas declarações e atitudes enquanto Ministro das Obras Públicas.
aquilo que os senhores autores e comentadores não querem ver é que se fosse o cidadão Mário Lino a tecer o comentário não haveria qualquer problema. o mesmo não é verdade acerca de Sua Excelência, o Senhor Ministro das Obras Públicas.
caso não saibam, ou melhor saberão quando convier, um ministro ou qualquer outro ocupante de uma função governativa, tem uma responsabilidade enorme que se deve reflectir em todas as suas declarações e atitudes enquanto Ministro das Obras Públicas.
aquilo que os senhores autores e comentadores não querem ver é que se fosse o cidadão Mário Lino a tecer o comentário não haveria qualquer problema. o mesmo não é verdade acerca de Sua Excelência, o Senhor Ministro das Obras Públicas.
Para a cegueira de um Ministro defendendo uma posição com um argumento (onde bastaria uma simples soma das populações dos concelhos limítrofes da Ota e das de Poceirão ou Rio Frio, para se constatar que estes são bem mais populosos) e para a cegueira do postador, aconselham-se umas consultas urgentes ao oculista, sob pena de ficarem completamente invisuais...
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