2007-07-31
Num bairro periférico de Bagdad
São números. Diz-me pouco. E além disso aquilo era uma ditadura horrorosa. Enfim é a guerra e como se sabe as guerras acontecem. Não há culpados. Não há nada a fazer para as prevenir. Ou haverá?
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Anotação em 2007-08-01: a avaliar por alguns comentários o sentido do post ou não resultou inequívoco ou então é dificuldade de interpretação de alguns comentadores. Decido-me pela primeira explicação. Proponho então dizer o mesmo de forma diferente daquela que é uma conclusão ostensivamente cínica, insensível à tragédia humana, e que tentava interpretar o sentimento frio e distante de tanta boa gente.
Outro final para o post:
São números e os números dificilmente nos sobressaltam para a condenação dos promotores de guerras. E não serve a falsa desculpa de que se pretendia combater uma ditadura horrorosa.
A frieza destes números, não esqueçam, revelam a realidade de milhares e milhões de tragédias como a da reportagem.
Um coisa sei. Estava-se mesmo a ver que não ia correr bem. Todos os consultores alertaram para o problema do pós conquista.
"São números. Diz-me pouco. E além disso aquilo era uma ditadura horrorosa. Enfim é a guerra e como se sabe as guerras acontecem. Não há culpados. Não há nada a fazer para as prevenir. Ou haverá?"
IMPRESSIONANTE!!!
"as guerras acontecem. Não há culpados".
ACONTECEM? NÃO HÁ CULPADOS?
De acordo! Agora são pessoas no meio do lixo, com que democracia o aceitaremos, lá ou às vezes à nossa porta?
Como pertencerei à espécie humana? Que olhos vou pôr nos meus!
O que transportamos em nós!
ass:JN
Obrigado pelo conselho maternal. A JoanaC vai, com certeza, explicar-me a "nuance".
Leio e só vejo verborreia, e recomendações de uma tal Clara vidente de certeza que lê cartas e lê os astros! uhrr , uhrr que vómito!
Há tempos descobri no site da BBC este relato de um funcionário de uma ONG que trabalhava em Bagdad:
"Uma vez fui chamado ao local de uma explosão. Ali vi um rapaz de quatro anos sentado ao lado do corpo da sua mãe, que tinha sido decapitada pela explosão. Ele estava a falar para ela, e perguntava-lhe o que tinha acontecido."
Senti o mesmo que tu.
E escrevi sobre o assunto aqui.
À nossa escala quem se manifestou,
que receptividade houve?
São questões simples,mas importantes para andarem aqui baralhadas em comentários fugídios à consciência individual que não deixa alguns dormirem,insinuo pelo que li, com a língua no petróleo, ou no falso bem -estar! ´Nao me incluo nesse grupo e tenho a consciência limpa: Fui contra e juntei-me aos que eram a favor de uma intervenção no quadro das Nações Unidas! Curiosamente, agora é aprovada uma resolução de intervenção das Nações Unidas. Os EUA, querem sair servem-se do Mundo, num ápice ! Ònde estavam as armas? Falem de forma simples e clara, são capazes! Não se entretenham com fraseado! O Iraque não é um filme de ficção,ou um romance como já vi num escaparate de uma livraria,romance de um cão resgatado em Bagdad ! Talvez se encerrem aqui os comentários e alguém fuja para outra freguesia, eu não ! Eu não, fui contra.....
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