2008-01-22
O Ministro da Saúde...
...foi hoje ao Jornal das 9, da SIC Notícias. Correia de Campos, sempre que fala, talvez melhor dito, sempre que nas entrevistas o deixam falar (e Crespo só a custo o foi permitindo) é convincente. Como é convincente a reforma da Saúde que vai levando a cabo contra todas as demagogias partidárias e eleitoralismos locais e contra as agendas ou ilusões de alguns dos seus correligionários como Manuel Alegre ou contra o irrealismo de António Arnault "pai" do SNS que parece não entender que a actual situação não pode ser gerida como a do seu tempo, ou contra o natural alarme das populações de alguns concelhos, em geral alavancadas por interesseiras manipulações, ou contra a resistência de parte da corporação médica ciosa dos seus poderes e ausência de controlo.
Não digo que tudo esteja bem ou que estando em princípio bem, seja bem executado mas com os meios humanos e financeiros que o país tem parece-me que Correia de Campos vai ser lembrado daqui a alguns anos pelo ministro da Saúde que levou a cabo contra ventos e marés a indispensável reforma do SNS oferecendo melhores condições de saúde aos Portugueses e salvando aquele.
Comments:
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Quem apoia as pseudo-reformas de Correia de Campos tem um denominador comum. Habitam todos a 15 m dos grandes hospitais centrais (Lisboa, Coimbra ou Porto). Habitassem em Serpa, Miranda do Douro ou na Covilhã e provavelmente veriam o assunto doutra maneira.
Os argumentos de Correia de Campos vistos mais de perto tornam-se contraditórios. Se os serviços (como as maternidades p. ex.) encerraram porque não atingia um nº minimo de utentes que mantivesse uma equipa pemanentemente preparada para o efeito como explica Correia de Campos a abertura de clinicas privadas com essas valencias nas localidades onde foram encerradas? Possivelmente não vão atingir o referido nº minimo de utentes que garanta a qualidade do serviço. Percebe-se que o argumento usado por Correia de Campos é mentiroso, mas vindo deste governo isso já nem espanta.
Melhores condições de saúde aos portugueses? Por favor contem-nos mentiras novas a ver se acreditamos.
Os argumentos de Correia de Campos vistos mais de perto tornam-se contraditórios. Se os serviços (como as maternidades p. ex.) encerraram porque não atingia um nº minimo de utentes que mantivesse uma equipa pemanentemente preparada para o efeito como explica Correia de Campos a abertura de clinicas privadas com essas valencias nas localidades onde foram encerradas? Possivelmente não vão atingir o referido nº minimo de utentes que garanta a qualidade do serviço. Percebe-se que o argumento usado por Correia de Campos é mentiroso, mas vindo deste governo isso já nem espanta.
Melhores condições de saúde aos portugueses? Por favor contem-nos mentiras novas a ver se acreditamos.
Pois, Raimundo, até estou em geral de acodo com o que dizes sobre a bondade das reformas de Correia de Campos.
Mas ele é agente (e também talvez vítima) da sobranceria deste governo e tem de fazer as coisas de outro modo. Daniel Sampaio escreveu que se está a prometer binóculos a quem acaba de perder os óculos - é isso mesmo.
Mas ele é agente (e também talvez vítima) da sobranceria deste governo e tem de fazer as coisas de outro modo. Daniel Sampaio escreveu que se está a prometer binóculos a quem acaba de perder os óculos - é isso mesmo.
"Correia de Campos vai ser lembrado daqui a alguns anos pelo ministro da Saúde que levou a cabo contra ventos e marés a indispensável reforma do SNS oferecendo melhores condições de saúde aos Portugueses e salvando aquele."
Posso duvidar?
As minhas desculpas...
Posso duvidar?
As minhas desculpas...
Não tenho suficientes conhecimentos para poder estar completamente de acordo ou completamente em desacordo.
O comportamento arrogante, a má explicação das medidas,o "fecha, não fecha" a que já assistimos em alguns locais, levam-me a duvidar desta extraordinária afirmação do Raimundo.
O comportamento arrogante, a má explicação das medidas,o "fecha, não fecha" a que já assistimos em alguns locais, levam-me a duvidar desta extraordinária afirmação do Raimundo.
Olá! Obrigado a todos pela colaboração. Isto estava a ficar desolador. Nem uma palavra!!
É evidente que a política de comunicação é fraca, mas que diriam se o ministro gastasse 1 Milhão numa boa campanha de informação? Que o diálogo é insuficiente parece evidente. Mas há que ter em conta que o que vemos do diálogo é o que os media nos oferecem. E a agenda dos media é dar-nos o melhor retrato da realidade? A agenda dos media é vender e o que melhor se vende e o que melhor se vende são as zaragatas, a criança que morre, a falta de meios dos hospitais, a morte de idosos desamparados nos corredores dos hospitais. O Zé Povinho nas proximidades de algumas urgências fechadas (de maternidades já não se fala e até apareceram notícias de satisfação com a mudança) está assustado (o que é natural)com o afastamento da urgência sem saber se melhorou ou piorou a capacidade de verdadeiro socorro. O que se vê é o autarca açular as massas na procura de popularidade. O que se vê é as oposições nos seus jogos habituais (o PS não faria menos, claro)a gritarem de forma pouco convincente. Mas a precaridade do nosso serviço nacional de saúde, o enorme atraso relativamente à Europa isso é o resultado da reorganização ou é consequência da insuficiente rede de serviços de saúde que sempre tivemos? A culpa é da racionalização ou da falta de médicos que o loby dos médicos impôs ao país durante décadas com a exigência de médias de 18 valores para se ter direito a estudar medicina? A saúde estava pior há 15 anos, 10 ou 5 anos atrás e está melhor agora. Apesar do crescimento constante da longevidade e consequente necessidade de melhores cuidados de saúde, apesar de novas e legítimas maiores exigências de cuidados. Só a título de exemplo, o ministro disse (cito de memória) que a reorganização já deu médico de família a mais de 150 mil pessoas, e criou 190 lugares de cuidados continuados a quem não tem para onde ir à saída do hospital e é apenas o início do que está planificado e tem sido cumprido.
É claro que é mais simples dizer que o ministro (todos os ministros) são uns mentirosos. Por princípio e definição. Definição que define mais o julgador que o julgado.
É evidente que a política de comunicação é fraca, mas que diriam se o ministro gastasse 1 Milhão numa boa campanha de informação? Que o diálogo é insuficiente parece evidente. Mas há que ter em conta que o que vemos do diálogo é o que os media nos oferecem. E a agenda dos media é dar-nos o melhor retrato da realidade? A agenda dos media é vender e o que melhor se vende e o que melhor se vende são as zaragatas, a criança que morre, a falta de meios dos hospitais, a morte de idosos desamparados nos corredores dos hospitais. O Zé Povinho nas proximidades de algumas urgências fechadas (de maternidades já não se fala e até apareceram notícias de satisfação com a mudança) está assustado (o que é natural)com o afastamento da urgência sem saber se melhorou ou piorou a capacidade de verdadeiro socorro. O que se vê é o autarca açular as massas na procura de popularidade. O que se vê é as oposições nos seus jogos habituais (o PS não faria menos, claro)a gritarem de forma pouco convincente. Mas a precaridade do nosso serviço nacional de saúde, o enorme atraso relativamente à Europa isso é o resultado da reorganização ou é consequência da insuficiente rede de serviços de saúde que sempre tivemos? A culpa é da racionalização ou da falta de médicos que o loby dos médicos impôs ao país durante décadas com a exigência de médias de 18 valores para se ter direito a estudar medicina? A saúde estava pior há 15 anos, 10 ou 5 anos atrás e está melhor agora. Apesar do crescimento constante da longevidade e consequente necessidade de melhores cuidados de saúde, apesar de novas e legítimas maiores exigências de cuidados. Só a título de exemplo, o ministro disse (cito de memória) que a reorganização já deu médico de família a mais de 150 mil pessoas, e criou 190 lugares de cuidados continuados a quem não tem para onde ir à saída do hospital e é apenas o início do que está planificado e tem sido cumprido.
É claro que é mais simples dizer que o ministro (todos os ministros) são uns mentirosos. Por princípio e definição. Definição que define mais o julgador que o julgado.
Parece-me que há gentes que vão passar o resto da vida a queixar-se dos media. No PCP, porque a mensagem não passava e havia um cerco (dos maus) a falsificar e/ou silenciar as suas excelentes posições e reflexões originais; depois, no PS, cujo governo é agora mal tratado pela divulgação de imagens que não reflectem a acção meritória dos ministros a inaugurar, a encenar e a discursar.
"A saúde estava pior há 15 anos, 10 ou 5 anos atrás e está melhor agora."
Propaganda.
Os números que os gabinetes oferecem aos activistas bem intencionados do PS, estão desfazados do que se passa no terreno.
A televisão vai mais depressa.
Console-se o autor do poste com mezinhas ideológicas.
Quem necessita realmente de cuidados médicos, tem de ir um pouco mais além. E aquilo que encontra quando lá chega é mais parecido com o que mostram na televisão.
Diabolizar os media não resolve o problema.
"A saúde estava pior há 15 anos, 10 ou 5 anos atrás e está melhor agora."
Propaganda.
Os números que os gabinetes oferecem aos activistas bem intencionados do PS, estão desfazados do que se passa no terreno.
A televisão vai mais depressa.
Console-se o autor do poste com mezinhas ideológicas.
Quem necessita realmente de cuidados médicos, tem de ir um pouco mais além. E aquilo que encontra quando lá chega é mais parecido com o que mostram na televisão.
Diabolizar os media não resolve o problema.
A saúde estava pior há 50 anos. Grande novidade. Porque é que faltam médicos de família aqui no Seixal? A saúde está a piorar outra vez. Dizer o contrário não ajuda a melhorar a barafunda em que os centros de saúde e os hospitais se estão a tornar.
José Balsinha
José Balsinha
mais uma para dizer que acredito que quando Correia de Campos sair, pelo menos terá iniciado um caminho para que as coisas se processem com mais profissionalismo. e com tudo menos eleitoralismos.
isto se sobreviver à campanha "todos os dias morre alguém".
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isto se sobreviver à campanha "todos os dias morre alguém".
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