2008-02-08
O Jogo e as regras (2)
António José Seguro invocou o estatuto de objector de consciência para contornar a disciplina que o obrigava, como membro do Grupo Parlamentar do PS, a votar a ratificação do Tratado de Lisboa no Parlamento. Segundo as notícias, Seguro e Pedro Nuno Santos, líder da JS, teriam sido os únicos a dar voz às suas discordâncias, de entre os 7 (sete) que votaram vencidos na reunião da Comissão Nacional do mês passado.
A exiguidade do número dos que entenderam que uma promessa eleitoral deve ser respeitada, surpreende, apesar de tudo. Porém é nestes momentos, contra a adversidade e a claudicação de tantos dirigentes nacionais, que as opções corajosas e decentes fazem a diferença.
Raramente tão poucos quiseram respeitar a promessa de tantos.
Quando voltarmos ao combate incontornável por uma Europa sem receio do escrutínio dos cidadãos, já sabemos com quem podemos contar.
Os restantes, provavelmente, partilham o receio dos seus chefes. Para os lados do Largo do Rato, parece que cumprir uma promessa eleitoral passou a ser um excesso democrático. Preferem pensar que é possível construir a Europa contra os cidadãos, ou apesar deles...
Saliente-se que Manuel Alegre, altaneiro e tonitruante, ficou a meio caminho. Assistiu-lhe, mais uma vez, o direito de se abster. Dá prova de grande clareza de ideais e de uma determinação sui generis: canta alto mas não passa da praia.
Imaginem os povos a votar o tratado.
Que horror!
A exiguidade do número dos que entenderam que uma promessa eleitoral deve ser respeitada, surpreende, apesar de tudo. Porém é nestes momentos, contra a adversidade e a claudicação de tantos dirigentes nacionais, que as opções corajosas e decentes fazem a diferença.
Raramente tão poucos quiseram respeitar a promessa de tantos.
Quando voltarmos ao combate incontornável por uma Europa sem receio do escrutínio dos cidadãos, já sabemos com quem podemos contar.
Os restantes, provavelmente, partilham o receio dos seus chefes. Para os lados do Largo do Rato, parece que cumprir uma promessa eleitoral passou a ser um excesso democrático. Preferem pensar que é possível construir a Europa contra os cidadãos, ou apesar deles...
Saliente-se que Manuel Alegre, altaneiro e tonitruante, ficou a meio caminho. Assistiu-lhe, mais uma vez, o direito de se abster. Dá prova de grande clareza de ideais e de uma determinação sui generis: canta alto mas não passa da praia.
Imaginem os povos a votar o tratado.
Que horror!
Comments:
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António José Seguro, quando era bastante mais novo, enervava-me assaz por parecer então ter a "idade" que tem hoje. Agora tudo está mais certo. Infelizmente, pelo menos para ele, as sucessivas marés que têm levado estes e aqueles ao poder no PS, ultimamente não lhe tê sido muito favoráveis. Este episódio vem revelar que a "culpa" tem certamente sido dele e que isso só abona em seu favor.
Quanto ao Manuel Alegre, a minha "defesa" é ter-me já habituado à ideia de que quando canto Manuel Alegre, estou de facto a cantar "um outro"...
Abraço
Quanto ao Manuel Alegre, a minha "defesa" é ter-me já habituado à ideia de que quando canto Manuel Alegre, estou de facto a cantar "um outro"...
Abraço
Pelo menos alguém no PS seja contra os políticos irresponsáveis que prometem sem pensar no que estão a fazer.
Mais uma vez, o PM quebrou uma promessa eleitoral.
É preciso ser coerente nas palavras e actos.
Os políticos têm que se responsabilizar pelas suas palavras e em particular pelas suas promessas. Se não é para cumprir, não prometam.
Penso que o Dr. António José Seguro queria apenas que o seu partido, no governo, devia cumprir com a sua palavra.
O populismo do PM que prometeu em campanha eleitoral realizar um referendo para a aprovação do Tratado Constitucional. Mudaram-lhe uns pontos, deram-lhe um nome diferente mas tem exactamente os mesmos objectivos e já não se faz o referendo. É outro, diz o PM (!!!!).
Penso que 99,98% dos portugueses não sabe, mas o que está em causa é mais uma falha de uma promessa eleitoral (não Demagógica!!!).
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Mais uma vez, o PM quebrou uma promessa eleitoral.
É preciso ser coerente nas palavras e actos.
Os políticos têm que se responsabilizar pelas suas palavras e em particular pelas suas promessas. Se não é para cumprir, não prometam.
Penso que o Dr. António José Seguro queria apenas que o seu partido, no governo, devia cumprir com a sua palavra.
O populismo do PM que prometeu em campanha eleitoral realizar um referendo para a aprovação do Tratado Constitucional. Mudaram-lhe uns pontos, deram-lhe um nome diferente mas tem exactamente os mesmos objectivos e já não se faz o referendo. É outro, diz o PM (!!!!).
Penso que 99,98% dos portugueses não sabe, mas o que está em causa é mais uma falha de uma promessa eleitoral (não Demagógica!!!).
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