2008-05-07
Portugal: o medo (3)
Em entrevista ao Diário Económico de hoje, o Ministro das Finanças não se mostra muito convencido de que os sacrifícios pedidos a muitos portugueses valeram de alguma coisa. O grau de incerteza transparece na fórmula espantosa que encontrou. A frase é tão patusca que o DE não resistiu a puchá-la para a capa.
"É difícil saber se já batemos no fundo" [Entrevista na íntegra, aqui]
Espantoso.
Em Janeiro passado, após uma reunião informal do Conselho de Ministros, José Sócrates e Teixeira dos Santos, descontraídos e bem dispostos, afirmaram ter razões para esperar que 2008 viesse a ser melhor do que 2007. O pior já teria passado.
Sabemos que a alternância tradicional do nosso sistema político está avariada. O PSD, com Santana Lopes ou com Manuela Ferreira Leite, não encontra energia para descolar. Vê-se claramente que está, sem dúvida, colado ao fundo.
O Partido Socialista e o seu Governo poderiam aproveitar a maioria absoluta para deixar uma marca da governação à esquerda, atendendo, pelo menos, às recomendações que Vital Moreira ontem fez num interessante artigo, no PÚBLICO, titulado "Renovação da Democracia" [Link para assinantes].
Vir, o Ministro das Finanças, dizer-nos que não sabe se já batemos no fundo ou não, reveste um estilo e um pensamento cuja consistência e etnografia estávamos mais habituados a esperar dos lados do santanismo.
Se não sabe se já batemos no fundo, que se propõe agora o Ministro das Finanças a fazer?
Distribuir paraquedas?
"É difícil saber se já batemos no fundo" [Entrevista na íntegra, aqui]
Espantoso.
Em Janeiro passado, após uma reunião informal do Conselho de Ministros, José Sócrates e Teixeira dos Santos, descontraídos e bem dispostos, afirmaram ter razões para esperar que 2008 viesse a ser melhor do que 2007. O pior já teria passado.
Sabemos que a alternância tradicional do nosso sistema político está avariada. O PSD, com Santana Lopes ou com Manuela Ferreira Leite, não encontra energia para descolar. Vê-se claramente que está, sem dúvida, colado ao fundo.
O Partido Socialista e o seu Governo poderiam aproveitar a maioria absoluta para deixar uma marca da governação à esquerda, atendendo, pelo menos, às recomendações que Vital Moreira ontem fez num interessante artigo, no PÚBLICO, titulado "Renovação da Democracia" [Link para assinantes].
Vir, o Ministro das Finanças, dizer-nos que não sabe se já batemos no fundo ou não, reveste um estilo e um pensamento cuja consistência e etnografia estávamos mais habituados a esperar dos lados do santanismo.
Se não sabe se já batemos no fundo, que se propõe agora o Ministro das Finanças a fazer?
Distribuir paraquedas?
Comments:
<< Home
só 1 à parte.. aquela de se vir só falar do SLopes e da mferreira Leite não é trazer o passos como a alternativa lá da 'casa' deles?! é só que aquiilo já nem se discute, 'vero'?
Ah!
Ah!
Se alguem conseguir transmitir o texto seguinte ao Sr. Ministro das Finanças faça favor.
Se não sabe se estamos no fundo ou não convido o Sr. Ministro a passar uma semana em minha casa e governa-la com o orçamento existente, para perceber se estamos ou não no fundo.
JN
Se não sabe se estamos no fundo ou não convido o Sr. Ministro a passar uma semana em minha casa e governa-la com o orçamento existente, para perceber se estamos ou não no fundo.
JN
Paraquedas ou almofadas? Imagino que a almofada do Belmiro é maior do que a minha... Será?
J. Esteves
Enviar um comentário
J. Esteves
<< Home