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2009-09-22

 

Desabafos e manifestos (5)


Cortesia de Karikamania

O Professor Cavaco Silva, Presidente da República, contra o qual o PS investe agora, explorando um aparente sucesso (a demissão de Fernando Lima), agiu de modo semelhante na véspera das legislativas anteriores, tal como, no momento próprio, aqui assinalei.

A mesma forma oblíqua de tratar com a imprensa; o envolvimento do mesmo jornal PÚBLICO dirigido pelo mesmo José Manuel Fernandes; o mesmo distanciamento majestático; o mesmo Fernando Lima a explicar nos bastidores aquilo que ao candidato presidencial não convinha dizer em público.

Nessa altura, do lado do PS, os amantes do rigor, da clareza e da frontalidade, devem ter achado que a maioria absoluta valia mais do que a demarcação relativamente ao enviezamento das mensagens que davam a entender que, de Cavaco a Freitas do Amaral, a "boa direita" apoiava José Sócrates e apostava numa maioria robusta para o PS.

Essa ambiguidade ficou a pairar até hoje.

Os resultados eleitorais mostraram que o PS não saiu desfavorecido, e que o PSD, pelo contrário, sim, ficou num frangalho.

Agora Cavaco usa precisamente o mesmo método. Mexe na Casa Civil mas diz que só falará depois das eleições.

Porém, para o PS, aquilo com que pôde alegremente conviver e pactuar há quatro anos (ambiguidades, enviezamentos e silêncios profundos e majestáticos), não lhe dá jeito agora.

Põe, em Coimbra, Manuel Alegre a condescender com a "esquerda possível" (o que não pode deixar de recordar o "socialismo possível" do modelo soviético...) e manda António Vitorino avançar com a exigência de explicações públicas sobre o sucedido.

A menos de uma semana do sufrágio é apertado. Não é?

Cavaco Silva já não apoia o PS. É certo. Mas mantém a pesporrência majestática de há quatro anos.

Com qual dos Cavacos é que o PS quererá ficar?

Comments:
Exactamente.

E depois seguiram-se aquelas cenas das presidenciais em que o PS apresentou, sem sombra de entusiasmo, Soares, para este perder não só para Cavaco mas também para o seu camarada Manuel Alegre.

Tempos que já lá vão ... e voltam.

A. Teixeira
(Viva a Química!)
 
No meio da "lixeira" que se descortina para as bandas de Belém é só atacar o PS que se lhe oferece?
É pouco, muito pouco!
Deve-se olhar sempre para todos os lados.
Desilude-me.

Cumprimentos

Duarte
 
Caro A. Teixeira,

É como diz. Quase... exactamente.

Cumprimentos
 
Caro Duarte,

não estou a pensar entrar nestas conversas preferindo uma ou outra "lixeira".
Gostariam alguns que este fosse um tempo de coros e agrupamentos atrás de bandeiras.
Para mim não é.
Agora pouco, pouco mesmo, parece-me o seu comentário.
Não me desiludiu, mas deixou-me a nostalgia de uma troca de argumentos.

Cumprimentos
 
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