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2010-12-15

 

Os boys do cavaquismo

Iniciou-se hoje o julgamento do maior roubo verificado em Portugal desde a instauração da República, em 1910.
O roubo e a delapidação de valores ascendem a quatro mil e setecentos milhões de euros (4.700.000.000 €) valor que o Estado português já desembolsou através da CGD e está a ser pago por todos nós. É mais do que o custo estimado para a construção do novo aeroporto de Lisboa.
Esta gente está acusada de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e compra ilícita de acções.
Na iminência de ser preso, Oliveira e Costa divorciou-se e deu todos os seus bens à mulher. Um truque que não colheu, nos EUA, com Madoff. Ali foram atrás da sua fortuna e confiscaram-na. Enquanto Madoff, em menos de seis meses, foi preso e condenado a prisão perpétua por cá os grandes ladrões andam por aí passeando e gozando o produto do roubo enquanto os processos, se arrastam anos e anos.
Oliveira e Costa era presidente de 25 empresas do grupo SLN, criadas para encobrir os roubos. Os filhos e genro presidiam a outras.
Arlindo de Carvalho, ex-ministro de Cavaco Silva, e Duarte Lima ex-lider parlamentar do PSD, beneficiaram de empréstimos do BPN, de 25 milhões de euros cada (Jornal de Notícias de 2010-12-15) Os arguidos são Oliveira e Costa antigo secretário de estado dos assuntos Fiscais de Cavaco Silva e mais 14 amigos: José Vaz Mascarenhas, que encabeçava o Banco Insular, o antigo administrador Luís Caprichoso, Francisco Sanches, Leonel Mateus, Luís Reis Almeida, Isabel Cardoso, Telmo Belino Reis, José Monteverde, Ricardo Oliveira, Luís Ferreira Alves, Filipe Baião do Nascimento, António Martins Franco, Rui Guimarães Dias Costa, Hernâni Ferreira e a Labicer – Laboratório Industrial Cerâmico.
Dias Loureiro, grande amigo de Cavaco Silva, ministro da Administração Interna no seu Governo e escolhido por ele para membro do Conselho de Estado, está envolvido directamente no “prejuízo” de 40 milhões de euros (negócio de Porto Rico) tem processo separado e vive dos “seus” rendimentos, em Cabo Verde onde dizem que possui um resort e grandes investimentos no turismo . Tal como Oliveira e Costa, Dias Loureiro não tem nada em seu nome.
O país "é muito suave". Talvez esta gente acabe condecorada.

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Comments:
Eles lá o sabem fazer e as leis facilitam.
Dias Loureiro "esqueceu" tudo. Só não se esqueceu de exilar em Cabo Verde, onde adquiriu muita coisa. Agora vem pouco a Lisboa encontra-se com os seus amigos em Paris nos bons hotéis e restaurantes.
Este de certeza nunca será preso nem julgado.
 
Licenciatura ao fim de semana, Cova da Beira, casas da Guarda, Freeport, Face Oculta, SCUTS, Penedos, Sucateiros, Pedro Soares,eis o legado Socialista em todo o seu esplendor...

Deve ser este o tal admirável mundo novo
 
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