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2011-07-03

 

O Direito à indignação

O Direito à indignação é algo interior a cada um de nós e deve ter uma manifestação pública individual ou colectiva.

Agora temos uns arautos comentadores defensores, na comunicação social, de toda e qualquer medida do governo, por mais iníqua e injusta que seja a sua repartição social, que apelam a toda a subordinação e aceitação das medidas deste governo.

Sou contra a medida do corte "equivalente" a 50% do rendimento recebido como subsídio de Natal, designadamente pela forma como esta medida incide de forma indiscriminada sobre a sociedade.

Segundo é falso que esta medida apenas reverta para o Estado 800 milhões de euros. Esta medida correctamente aplicada traz muito mais aos cofres de Estado. É uma questão de tabuada. O Governo deve dizer-nos qual o montante da almofada que pretende.

Mas estou indignado de fundo. Acho-a um roubo. Já aqui escrevi que a tomada desta medida indicia outras medidas bem gravosas que não constam das imposições da Troica e que elas se inserem numa filosofia de desvalorização do factor trabalho.

Vamos admitir que para ter um grande aconchego, o governo equacionava uma medida de corte.

Há várias outras hipóteses de distribuição penalizando sobretudo os rendimentos mais elevados.

Porque não um corte em 100% para os rendimentos superiores a 5000 euros? Imaginem que há 30 mil portugueses com este rendimento (Há mais de certeza). Ora isto implicava uma arrecadação de 150 milhões. Imaginem agora que há 200.000 portugueses com mais de 3000 e menos de 5000. e que a estes se cortava apenas 50%. Isto daria cerca de 400 milhões. Imaginem ainda que há um milhão de portugueses a receber entre 1500 e 3000 e que estes teriam um corte de 25% (500 milhões). Paro, por aqui, como exemplo. Haveria outros

Seria este exercício mais equitativo? Sem dúvida.

O Governo tem de definir no meio desta iniquidade o montante da almofada que pretende e a partir daí por escalões aplicar os cortes.

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Comments:
e de certeza menos iníquo a sugestão do autor do poste.

Mas contra o que mais me insurjo é que não há bitolas. Portas e Coelho tem de dizer a quanto monta a sua almofada para dormirem mais trabalhos. e já registo a primeira mentira. Tanto corte para tão poucochinho dinheiro? Para além dos cortes mensais, digam quanto pretendem e sejam transparentes no que vão receber com o corte do Natal.
Caso contrário é admissível que pensemos que algum vai bater a más paragens, ou seja algibeiras gordas.
Ana Afonso
 
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