2011-07-03
O Governo de Passos Coelho começou mal
O Governo de Pedro Passos Coelho (PPC), começou mal. Revelou logo à partida os piores vícios de acusava o Governo de Sócrates.
Lembram-se como, numa espiral de histeria, PPC e o seu PSD, se esganiçava, numa prática discursiva cada vez mais rasteira, rebaixando o nível de intervenção política ao bas-fond da linguagem rasca, à gritaria do “é mentiroso, é mentiroso” ?
Pois bem há três meses atrás, PPC garantia: (reproduzo as suas palavras evocadas no telejornal da RTP de há dois dias)
No caso de ser governo “se vier a ser necessário um ajustamento fiscal dou a minha garantia de que ela será canalizada para os impostos sobre o consumo [o IVA] e não sobre os impostos dos rendimentos das pessoas” Ponhamos de lado a insanável dificuldade em ter um discurso em Português apresentável, vamos aos atos. E o primeiro ato do seu Governo foi apresentar um novo e pesado “imposto ao rendimento das pessoas”, equivalente a metade do subsídio de Natal, acima do salário mínimo.
Eis o valor das garantias de PPC.
Quem está sempre a evocar a transparência, a honra, o cumprimento das promessas é porque não está certo de proceder de acordo com tais mandamentos ou, e é dos manuais, procura criar uma cortina de fumo que permita esconder a sua transgressão.
Mas há mais. Não tinha PPC prometido que não usaria a “desculpa da herança” para justificar medidas que viesse a ter de tomar, como dizia ser maléfica prática do PS?
Pois que justificação usou para este assalto ao bolso do contribuinte antes do Natal? Que fora o mau comportamento da execução orçamental do Governo de Sócrates no primeiro trimestre de 2011, conhecida no próprio dia ou na véspera. É evidente que não foi ali na AR, onde expunha o programa do Governo, que alterou este, imaginou, estudou e calculou o impacte orçamental do novo imposto “ao rendimento das pessoas”. Isso não podia deixar de ter sido pensado, calculado, programado com a antecedência necessária e, com muita seriedade e transparência... ocultado.
Felizmente, talvez devido ao “estado de graça” do novel Governo, ninguém procedeu como PPC e a sua trupe para com o Governo de Sócrates, ninguém passou o dia a gritar "mentiroso" ao Primeiro Ministro de Portugal.
Curiosamente o PSD de Passos Coelho, o PSD-NL (de neoliberal) implora agora ao PS e à oposição em geral, civismo, cordialidade, respeitabilidade, boa educação.
Istó é, façam como eu peço e não como eu fiz.
Surpreende? Não. Não era de esperar outra coisa de PPC e da rapaziada do aparelho do novo PSD-NL, antes, candidatos, em nervosa ansiedade e agora, ministros, deslumbrados com “o pote”.
Lembram-se como, numa espiral de histeria, PPC e o seu PSD, se esganiçava, numa prática discursiva cada vez mais rasteira, rebaixando o nível de intervenção política ao bas-fond da linguagem rasca, à gritaria do “é mentiroso, é mentiroso” ?
Pois bem há três meses atrás, PPC garantia: (reproduzo as suas palavras evocadas no telejornal da RTP de há dois dias)
No caso de ser governo “se vier a ser necessário um ajustamento fiscal dou a minha garantia de que ela será canalizada para os impostos sobre o consumo [o IVA] e não sobre os impostos dos rendimentos das pessoas” Ponhamos de lado a insanável dificuldade em ter um discurso em Português apresentável, vamos aos atos. E o primeiro ato do seu Governo foi apresentar um novo e pesado “imposto ao rendimento das pessoas”, equivalente a metade do subsídio de Natal, acima do salário mínimo.
Eis o valor das garantias de PPC.
Quem está sempre a evocar a transparência, a honra, o cumprimento das promessas é porque não está certo de proceder de acordo com tais mandamentos ou, e é dos manuais, procura criar uma cortina de fumo que permita esconder a sua transgressão.
Mas há mais. Não tinha PPC prometido que não usaria a “desculpa da herança” para justificar medidas que viesse a ter de tomar, como dizia ser maléfica prática do PS?
Pois que justificação usou para este assalto ao bolso do contribuinte antes do Natal? Que fora o mau comportamento da execução orçamental do Governo de Sócrates no primeiro trimestre de 2011, conhecida no próprio dia ou na véspera. É evidente que não foi ali na AR, onde expunha o programa do Governo, que alterou este, imaginou, estudou e calculou o impacte orçamental do novo imposto “ao rendimento das pessoas”. Isso não podia deixar de ter sido pensado, calculado, programado com a antecedência necessária e, com muita seriedade e transparência... ocultado.
Felizmente, talvez devido ao “estado de graça” do novel Governo, ninguém procedeu como PPC e a sua trupe para com o Governo de Sócrates, ninguém passou o dia a gritar "mentiroso" ao Primeiro Ministro de Portugal.
Curiosamente o PSD de Passos Coelho, o PSD-NL (de neoliberal) implora agora ao PS e à oposição em geral, civismo, cordialidade, respeitabilidade, boa educação.
Istó é, façam como eu peço e não como eu fiz.
Surpreende? Não. Não era de esperar outra coisa de PPC e da rapaziada do aparelho do novo PSD-NL, antes, candidatos, em nervosa ansiedade e agora, ministros, deslumbrados com “o pote”.
Etiquetas: O imposto subsídio de Natal., Pedro Passos Coelho