2012-01-10
Quem detém as dívidas públicas?
A detenção das dívidas públicas está muito internacionalizada, embora varie segundo os países.
A globalização financeira deu origem a cruzamentos diversificados da aplicação das poupanças entre estados/países.
Assim, muita da poupança americana foi aplicada sobre a dívida pública francesa através dos fundos de pensões. A francesa está indirectamente aplicada em títulos da dívida pública italiana através dos seguros de vida, etc, etc..
A liberalização dos fluxos de capitais permitiu aos investidores e, através destes, essa aplicação diversificada das poupanças e aos Estados um financiamento fácil. A situação presente com a crise da dívida soberana está bem mais difícil em termos de refinanciamento dos Estados sobretudo a nível europeu.
Há a registar uma mudança pós Euro, materializada num maior endividamento dos Estados junto de credores não residentes e, desta forma, os Estados aumentaram a sua dependência externa e, consequentemente, a sua vulnerabilidade.
Segundo informação da revista Alternatives Economiques deste mês de Janeiro, tendo por referência o ano de 2009, 53% da dívida pública da Zona Euro era comprada, na sua emissão, por não residentes.
A distribuição como se referiu varia segundo os países e o panorama é o seguinte:
França 57%, Alemanha 50%, entre 40 e 45% para Espanha e Itália e 75%para Portugal. Portugal dispõe de uma grande exposição na colocação da sua dívida pública.
Comparando com países fora da Zona Euro temos: EUA 30%, Reino Unido 29% e Japão 8%.
No artigo da revista, admite-se que as percentagens da Zona Euro possam estar empoladas porque muitos nacionais, os compradores residentes, adquirem títulos da dívida pública, via off-shores
A globalização financeira deu origem a cruzamentos diversificados da aplicação das poupanças entre estados/países.
Assim, muita da poupança americana foi aplicada sobre a dívida pública francesa através dos fundos de pensões. A francesa está indirectamente aplicada em títulos da dívida pública italiana através dos seguros de vida, etc, etc..
A liberalização dos fluxos de capitais permitiu aos investidores e, através destes, essa aplicação diversificada das poupanças e aos Estados um financiamento fácil. A situação presente com a crise da dívida soberana está bem mais difícil em termos de refinanciamento dos Estados sobretudo a nível europeu.
Há a registar uma mudança pós Euro, materializada num maior endividamento dos Estados junto de credores não residentes e, desta forma, os Estados aumentaram a sua dependência externa e, consequentemente, a sua vulnerabilidade.
Segundo informação da revista Alternatives Economiques deste mês de Janeiro, tendo por referência o ano de 2009, 53% da dívida pública da Zona Euro era comprada, na sua emissão, por não residentes.
A distribuição como se referiu varia segundo os países e o panorama é o seguinte:
França 57%, Alemanha 50%, entre 40 e 45% para Espanha e Itália e 75%para Portugal. Portugal dispõe de uma grande exposição na colocação da sua dívida pública.
Comparando com países fora da Zona Euro temos: EUA 30%, Reino Unido 29% e Japão 8%.
No artigo da revista, admite-se que as percentagens da Zona Euro possam estar empoladas porque muitos nacionais, os compradores residentes, adquirem títulos da dívida pública, via off-shores
Etiquetas: Detentores, Dívida pública, Off-shores, Zona Euro
Comments:
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nota interessante. Dá para ver como é a nossa fragilidade. Falta a Grécia e a Irlanda. Certamente a revista não publicou esses dados. Mas era bom para comparar.
A.Costa
A.Costa
75% para Portugal?
tendo os bancos portugueses e afins Santander-Totta) 50 mil milhões e ainda uns centos de milhões por mês que foram aplicados em títulos por resgate dos certificados de aforro
que somam ainda uns 13 mil milhões?
75% só se contarmos com a dívida privada
a dívida pública devemos ter uns 35%....
é só fazer as con tásse
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tendo os bancos portugueses e afins Santander-Totta) 50 mil milhões e ainda uns centos de milhões por mês que foram aplicados em títulos por resgate dos certificados de aforro
que somam ainda uns 13 mil milhões?
75% só se contarmos com a dívida privada
a dívida pública devemos ter uns 35%....
é só fazer as con tásse
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