2013-02-28
EStratégia pos troika deste governo
Tendo sido questionado pelo diário económico se o governo Passos Coelho/Vítor Gaspar/Paulo Portas não deveria ter já uma plano pós troika, eis a minha opinião publicada hoje no DE
Pós Tróika.
Situação actual - A economia portuguesa está num atoleiro perigoso com sérios riscos de afundamento.
Este Governo, apesar de insistir que o comportamento evolutivo dos indicadores económicos está em linha com os objectivos fixados, veio reconhecer, implicitamente, nestes últimos dias, que a realidade é bem outra.
A recessão para Portugal em 2013 vai duplicar anunciou Vítor Gaspar. A taxa de desemprego de 16,5%, prevista para Dezembro, em Fevereiro já atingiu 16,9%. A execução orçamental do mês de Janeiro foi um desastre. As exportações não se consolidam. A procura interna cada vez se afunda mais. Não há investimento, nem privado nem público. O financiamento às PME continua inacessível. As falências contrastam com a não existência de medidas de reestruturação e inovação do tecido empresarial. Enfim, a emigração está a roubar-nos mão de obra habilitada Neste contexto, a pergunta só pode ser: para onde caminha a economia do país?
Perspectivas - Fui questionado se o governo não devia ter já um plano pós ‘troika'. Atenção, este Governo tem uma estratégia assente em dois pressupostos: o empobrecimento do País, o que está a fazer, varrendo os estratos da classe média de menos recursos para situações angustiantes e de pobreza e, a redução do Estado ao mínimo, com os cortes na saúde, educação e segurança social na tentativa de revigorar o grande capital.
Esta a estratégia a consolidar pós ‘troika' por este Governo, caso não seja destituído. Com esta estratégia a economia do País não produzirá suficiente riqueza e emprego, não pagará a dívida nem reduzirá as fortes desigualdades sociais.
O País, apesar da racionalidade na despesa e da estratégia de mudança de padrão de desenvolvimento de que precisa, jamais gerará capacidade de pagar a dívida. Aliás, o dinheiro dos contribuintes não é para custear as partes ilegítimas da dívida. Exemplo, a dívida privada tornada pública no caso BPN. A dívida deve ser auditada e as partes ilegítimas anuladas. Quando muito repercuti-las nos causadores. Há ainda que renegociar prazos e taxas de juro com os credores.
João Abel de Freitas, Economista
Pós Tróika.
Situação actual - A economia portuguesa está num atoleiro perigoso com sérios riscos de afundamento.
Este Governo, apesar de insistir que o comportamento evolutivo dos indicadores económicos está em linha com os objectivos fixados, veio reconhecer, implicitamente, nestes últimos dias, que a realidade é bem outra.
A recessão para Portugal em 2013 vai duplicar anunciou Vítor Gaspar. A taxa de desemprego de 16,5%, prevista para Dezembro, em Fevereiro já atingiu 16,9%. A execução orçamental do mês de Janeiro foi um desastre. As exportações não se consolidam. A procura interna cada vez se afunda mais. Não há investimento, nem privado nem público. O financiamento às PME continua inacessível. As falências contrastam com a não existência de medidas de reestruturação e inovação do tecido empresarial. Enfim, a emigração está a roubar-nos mão de obra habilitada Neste contexto, a pergunta só pode ser: para onde caminha a economia do país?
Perspectivas - Fui questionado se o governo não devia ter já um plano pós ‘troika'. Atenção, este Governo tem uma estratégia assente em dois pressupostos: o empobrecimento do País, o que está a fazer, varrendo os estratos da classe média de menos recursos para situações angustiantes e de pobreza e, a redução do Estado ao mínimo, com os cortes na saúde, educação e segurança social na tentativa de revigorar o grande capital.
Esta a estratégia a consolidar pós ‘troika' por este Governo, caso não seja destituído. Com esta estratégia a economia do País não produzirá suficiente riqueza e emprego, não pagará a dívida nem reduzirá as fortes desigualdades sociais.
O País, apesar da racionalidade na despesa e da estratégia de mudança de padrão de desenvolvimento de que precisa, jamais gerará capacidade de pagar a dívida. Aliás, o dinheiro dos contribuintes não é para custear as partes ilegítimas da dívida. Exemplo, a dívida privada tornada pública no caso BPN. A dívida deve ser auditada e as partes ilegítimas anuladas. Quando muito repercuti-las nos causadores. Há ainda que renegociar prazos e taxas de juro com os credores.
João Abel de Freitas, Economista
2013-02-26
O que diz Passos Coelho
2013-02-18
Á espera de um novo Papa... e os jogos esperados
Passando como recebi.
A história secreta da
renúncia de Bento XVI
Mais do que querelas teológicas, são
o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem
compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos , articuladores
de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo
para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de
seu processo de decomposição moral. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de
Paris.
Eduardo Febbro
Paris - Os especialistas em assuntos
do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado,
depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba.
Naquele momento, o papa, que encarna
o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne),
Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo
II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada
espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras,
guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre
facções, lavagem de dinheiro.
O Vaticano era um ninho de hienas
enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de
poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para
manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições
religiosas.
Muito longe do céu e muito perto dos
pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados
mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso
buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as
práticas vaticanas.
Bento XVI foi, como assinala Philippe
Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de
seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação
das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a
propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um
texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados
pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da
igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo
moderno.
O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel
secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito
paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar
testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda
corrente.
Depois do escândalo provocado pelo
vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do
Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua
imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg
Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e
da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja.
“Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há
nada de claro na cúpula da igreja católica.
A divulgação dos documentos secretos
do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras
mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo
misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone,
conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um
italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de
segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg
Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de
redesenhar.
Bento XVI acabou enrolado pelas
contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública
sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo
Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa.
Não é para menos: uma das primeiras
missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas
adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor
Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada
que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do
mundo.
Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira.
Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira.
O Vaticano é um tenebroso gestor de
dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as
finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança
financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a
crise atual.
Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou
o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para
as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis,
representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou
da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada
pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e
propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi
teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano.
As contas da Santa Sé são um
labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas
remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de
prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de
Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na
época.
João Paulo II usou o argumento da
soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não
é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado
dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês
Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais.
Marcinkus terminou seus dias jogando
golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos
mafiosos, além de vários cadáveres.
No dia 18 de junho de 1982 apareceu
um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto
Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa
trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica
Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR
de Marcinkus.
Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma
missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi
demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua
gestão.
Tedeschi saiu do banco poucas horas
depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano
estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de
dinheiro.
Na verdade, a expulsão de Tedeschi
constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu
posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi
descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos,
intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina
Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por
meio de laranjas.
Aí começou o infortúnio de Tedeschi.
Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um
complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado,
Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de
cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio
acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de
documentos roubados do papa.
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção.
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção.
A hierarquia católica deixou uma
imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do
mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de
privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do
que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.
Tradução: Katarina
Peixoto
Os fazedores da miséria e empobrecimento
Acabo de ler na imprensa que António José Seguro escreveu ontem "à tróika" a exigir renegociação do memorando.
Não deixo de considerar positivo que o líder do maior partido da oposição tenha tido essa iniciativa e defenda uma renegociação política do memorando, uma renegociação com responsáveis de topo.
Agora não sei as propostas que Seguro, se fosse bem sucedido nesta sua insistência, levaria a essa negociação.
Tenho a sensação que Seguro não tem uma alternativa. Parece pretender mais tempo para atenuar os cortes e eventualmente uma baixa da taxa de juro. Será? interrogo-me. É pouco, muito pouco.
Ora isto em nada resolve a questão do endividamento do país e pior do não crescimento desde há muitos anos e por consequência do empobrecimento generalizado do país, onde os cortes no rendimento para ficar serão uma realidade futura com a política deste governo ou de políticas próximas mesmo que mais atenuadas em termos de efeitos.
Sem uma proposta radicalmente diferente não vamos lá, o país com medidas destas, frouxas, não ganha condições para criar riqueza e sem criar riqueza não gera emprego.
Na situação que estamos o país tem mesmo de investir para sair do fosso. Para isso tem de libertar dinheiro para tal, E com os custos da dívida tão elevados não vai longe.
Daí que sem uma renegociação da dívida não haja saída. E há partes da dívida que não devem ser assacadas ao contribuinte. Há que haver uma monitorização das causas da dívida, distinguindo a legítima da ilegítima e esta deve ter um tratamento diferente. É uma condição base, não suficiente para "refundar" a economia nacional. Os actuais elevados custos da dívida são um factor de grande constrangimento ao investimento.
2013-02-13
Lei das finanças regionais em discussão hoje na AR
Este artigo escrito há 11 anos continua actual nos seus fundamentos.
João Abel de Freitas: As Finanças das Regiões Autónomas - uma questão polémica - Opinião - Jornal de Negócios
A discussão assenta numa tamanha desconfiança de lado a lado. A população não está informada sobre o que se passa e assim toma partido consoante "lhe assopram os ouvidos".
A autonomia regional não se sabe o que é e, por conseguinte, a lei das finanças regionais ainda menos.
Para quando um debate sério e a sério deste tema, ou será que nunca acontecerá? Será que há agentes políticos e económicos interessados nesta situação de penumbra?
João Abel de Freitas: As Finanças das Regiões Autónomas - uma questão polémica - Opinião - Jornal de Negócios
A discussão assenta numa tamanha desconfiança de lado a lado. A população não está informada sobre o que se passa e assim toma partido consoante "lhe assopram os ouvidos".
A autonomia regional não se sabe o que é e, por conseguinte, a lei das finanças regionais ainda menos.
Para quando um debate sério e a sério deste tema, ou será que nunca acontecerá? Será que há agentes políticos e económicos interessados nesta situação de penumbra?
2013-02-09
Portugueses são metade da população de uma ilha paradisíaca
Clique para ler artigo do JN curiosidades sobre emigração de portugueses.
http://www.jn.pt/125Anos/default.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Braga&Option=Interior&content_id=3044006
http://www.jn.pt/125Anos/default.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Braga&Option=Interior&content_id=3044006
2013-02-03
Vale a pena ler estas conclusões sobre a Reforma do Estado
Não direi um guia, mas quase, para pensar-se na reforma do Estado.
O que o jornalista Nicolau Santos aqui escreveu dá-nos uma visão de como deve ser conduzido o debate sobre uma questão tão estruturante. É preciso muita prudência, muito conhecimento da matéria, para fazer aderir os vários estratos da sociedade ligados a esta reforma, desfazer os múltiplos equívocos que existem e depois construir os alicerces desse novo Estado. Trata-se de um processo contínuo e com vários testes pelo caminho da sua construção.
O que o jornalista Nicolau Santos aqui escreveu dá-nos uma visão de como deve ser conduzido o debate sobre uma questão tão estruturante. É preciso muita prudência, muito conhecimento da matéria, para fazer aderir os vários estratos da sociedade ligados a esta reforma, desfazer os múltiplos equívocos que existem e depois construir os alicerces desse novo Estado. Trata-se de um processo contínuo e com vários testes pelo caminho da sua construção.
Grande polémica
2013-02-01
Alternativas de política económica
European Progressive Economists Network
Réseau européen d’économistes progressistes
Florence 10+10, 9 novembre 2012
Réseau européen d’économistes progressistes
Florence 10+10, 9 novembre 2012
Communiqué de presse
A l’appel des réseaux Euromemorandum, des Economistes atterrés (France), de Sbilanciamoci ! (Italie) et de Another road for Europe, un réseau européen d’économistes progressistes a été constitué lors du Forum « Florence 10+10 ». Cette initiative réunit aussi plusieurs réseaux d’économistes tels qu’Econosphères (Belgique), Econonuestra (Espagne), The Transnational Institute, Critical Political Economy Network, Transform !
A l’appel des réseaux Euromemorandum, des Economistes atterrés (France), de Sbilanciamoci ! (Italie) et de Another road for Europe, un réseau européen d’économistes progressistes a été constitué lors du Forum « Florence 10+10 ». Cette initiative réunit aussi plusieurs réseaux d’économistes tels qu’Econosphères (Belgique), Econonuestra (Espagne), The Transnational Institute, Critical Political Economy Network, Transform !
Le «Réseau européen d’économistes progressistes » a publié le document que vous trouverez ci-dessous, sur les politiques économiques alternatives pour l’Europe, et participera aux initiatives et évènements qui succéderont à cette rencontre.
Pour plus d’information en français : atterres@gmail.com, econospheres@gmail.com
Un appel commun pour une autre politique économique en Europe Le « Réseau européen d’économistes progressistes» rassemble divers groupes d’économistes, de chercheurs, d’instituts et d’organisations issues de la société civile, qui ont une vision critique des politiques économiques et sociales qui ont conduit l’Europe à la crise actuelle. Ils veulent promouvoir un large débat européen sur des politiques alternatives basées sur les six points suivants.
1. Les politiques d’austérité doivent être inversées et les conditions drastiques imposées aux pays recevant des fonds d’urgence européens doivent être radicalement révisées, en commençant par la Grèce. Les contraintes dangereuses contenues dans le Traité budgétaire (TSCG) doivent être supprimées, afin que les pays membres puissent conserver la maîtrise de leurs dépenses publiques et sociales, et gérer leurs politiques salariales. De son côté, l’Union européenne doit assumer un rôle plus actif de stimulation de la demande, de promotion du plein emploi et d’engagement dans une nouvelle direction, celle du progrès durable et équitable. Les politiques européennes devraient réduire les déséquilibres des comptes publics en obligeant les Etats membres dégageant des surplus à s’ajuster également.
1. Les politiques d’austérité doivent être inversées et les conditions drastiques imposées aux pays recevant des fonds d’urgence européens doivent être radicalement révisées, en commençant par la Grèce. Les contraintes dangereuses contenues dans le Traité budgétaire (TSCG) doivent être supprimées, afin que les pays membres puissent conserver la maîtrise de leurs dépenses publiques et sociales, et gérer leurs politiques salariales. De son côté, l’Union européenne doit assumer un rôle plus actif de stimulation de la demande, de promotion du plein emploi et d’engagement dans une nouvelle direction, celle du progrès durable et équitable. Les politiques européennes devraient réduire les déséquilibres des comptes publics en obligeant les Etats membres dégageant des surplus à s’ajuster également.
2. Les politiques européennes doivent impulser une redistribution des revenus qui réduise les inégalités, et s’orienter vers une harmonisation fiscale, mettant fin à la concurrence fiscale par un transfert du poids de la fiscalité du travail vers celle des profits et de la richesse. Les politiques européennes doivent défendre et développer les services publics et la protection sociale. Le droit du travail et la négociation collective doivent être défendus ; les droits des travailleurs sont un élément fondamental des droits démocratiques en Europe.
3. Pour résoudre la crise financière, marquée par l’interaction entre la crise bancaire et celle de la dette publique, la Banque centrale européenne doit jouer le rôle de prêteur en dernier ressort sur les dettes publiques. Le problème des dettes publiques doit être résolu par une action commune sous la responsabilité globale des pays de la zone euro, les dettes publiques doivent être soumises à l’évaluation d’audits publics.
4. Une réduction radicale de la taille du secteur financier est nécessaire, via la taxation des transactions financières, l’élimination de la spéculation financière et le contrôle des mouvements de capitaux. Le système financier doit être socialement contrôlé ; il doit être transformé afin de
promouvoir des emplois et des investissements productifs socialement utiles et écologiquement
soutenables.
5. Une transition écologique complète permettrait à l’Europe de sortir de la crise. L’Europe doit réduire son empreinte écologique et sa consommation d’énergie et de ressources naturelles. Ses politiques doivent mettre en valeur de nouveaux modes de production et de consommation. Un vaste programme d’investissement favorisant la soutenabilité économique peut fournir des emplois de qualité, en développant les compétences dans de nouveaux domaines innovants et les possibilités d’action au niveau local, en particulier en ce qui concerne les biens publics.
6. La démocratie doit être renforcée à tous les niveaux en Europe. L’Union européenne doit être réformée et la concentration des pouvoirs entre les mains de quelques Etats et institutions sans justification démocratique, en cours depuis le début de la crise, doit être inversée. L’objectif est d’aboutir à une plus grande participation des citoyens, un renforcement du rôle du Parlement européen, et à un contrôle démocratique bien plus réel sur les décisions importantes.
Face au risque d’effondrement, les politiques européennes doivent prendre une autre direction. Une alliance entre la société civile, les organisations syndicales, les mouvements sociaux et les forces politiques progressistes est nécessaire pour sortir l’Europe de la crise engendrée par le néolibéralisme et la finance. Le « Réseau européen d’économistes progressistes» se donne comme objectif de contribuer à ce changement.
Para mais informação navegue em www.euromemo.eu
Fernanda Câncio no DN: "Do Rato e dos homens"
"Não fossem os portugueses ainda com emprego ficar mesmerizados com os recibos do
ordenado de janeiro, o PS encenou, esta terça-feira, um grandioso espetáculo no
Rato. Coisa shakespeariana: um rei fraco rodeado de lugares-tenentes aos gritos
de deslealdade e conspiração ante o anúncio de uma pretensão ao trono, uma
reunião à porta fechada e um final em que o monarca, depois de chamar e deixar
chamar tudo a quem possa pô-lo em causa, abraça o concorrente que não chega a
sê-lo e assume o compromisso de com ele trabalhar em prol da união do reino.
....
"Quanto a este, alcaide valoroso e respeitado, com legítimas aspirações ao trono,
renunciou a bater-se por ele quando ficou livre. Desde a coroação, porém, não
perde uma ocasião de demonstrar o seu desagrado e até desprezo pelo ora rei.
Era, pois, previsível que aglutinasse a esperança dos que consideram estar o
reino mal dirigido e veem nele a esperança da vitória contra o inimigo e a
salvação do povo. Como explicar, pois, que na famosa noite, quando todos
esperavam que se perfilasse como candidato ao trono - o que só pode decorrer do
facto de o ter confirmado aos próximos - se tenha ficado?
...
"Seja qual for a resposta certa (senão todas), sabemos, como sabem os
protagonistas, isto: que na noite de terça algo se partiu no PS, e não há
pantomina de união que o disfarce. O trono pode ter sido segurado, mas o reino
está longe de seguro."