2013-06-12
Corrupção? Mas qual corrupção?
Lembram-se do escândalo da venda do edifício dos CTT de Coimbra? De manhã o administrador dos
CTT Carlos Horta e Costa vendeu o edifício à Demagre por 14,5 milhões de euros e esta, à tarde, vendeu-o à ESAF - Espírito Santo Fundos de Investimento por... 20 milhões. Seguiram-se outros negócios com outro edifício dos CTT em Lisboa, com a mesma gente e as mesmas empresas.
Carlos Horta e Costa era acusado junto com os outros administradores de ter prejudicado o Estado em 13,5 milhões de euros.
Horta e Costa, (DN) "afirmou que nem conhecia os compradores e (Público) "que foi para bem da empresa."
Com estas respostas o que é que o Juiz Manuel Figueiredo, que preside ao coletivo, podia fazer? Nada. Ontem absolveu-os. Se ao menos tivessem dito que roubaram, que receberam o tal milhão através do BPN num offshore, que delapidaram o dinheiro que é do Estado (nosso, nosso, dinheiro que falta para as pensões, a saúde, etc) ou que se tratava de uma banal corrupção, o Juiz, estou certo, condenava. Agora assim. Paciência.
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DN: (notícia de 2012 anterior à sentença que ontem absolveu Horta e Costa.) "O antigo gestor dos CTT está pronunciado por seis crimes de participação
económica em negócio e um crime de administração danosa, num processo que,
envolvendo dez outros arguidos, está relacionado com a transação de um imóvel em
Coimbra, Avenida Fernão da Magalhães, e outro em Lisboa, na Avenida da
República, tendo lesado a empresa segundo o Ministério Público em mais de 13
milhões de euros.
Interrogado pelo juiz Manuel Figueiredo, que preside ao coletivo, Carlos
Horta e Costa afirmou não conhecer as empresas nem as pessoas envolvidas na
compra dos dois edifícios.
"Não conheço as pessoas em causa, a que propósito iria beneficiar quem não
conheço de lado nenhum [ vendeu mas não soube a quem!!!! ;) ] e prejudicar uma empresa que conheço bem", os CTT, e pela
qual "lutei toda a vida", questionou Horta e Costa."
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