2015-02-28
Mariana Mortágua encosta Zeinal Bava às cordas
Este Bava, tal como o padrinho Ricardo, não sabia de nada nem se lembra de nada.
2015-02-25
O Baptista Bastos está na
"linha justa" por isso fica aqui muito bem. Mas que é isso de "linha
justa"? É a dos interesses dos que são empobrecidos pelas políticas
de governos dominados pela especulação financeira, como sucede na UE, com a
esperançosa excepção do governo grego do Syriza, para enriquecer mais os 1%
de multimilionários e sustentar os 9% da sua empregadagem que troca a decência
e a honra por umas migalhas, desde o infeliz jornalista que não
quer perder o emprego e tenta ser a agradecida "voz do dono" -
fica com umas "migalhinhas" - até aos pançudos administradores a
quem cabem umas migalhas grossas. Vejam o que o BB diz. E diz bem.
Baptista-Bastos, CM 25.02.2015
Jean-Claude
Juncker, presidente da Comissão Europeia, chega ao proscénio e diz que a Troika
exagerou na imposição da austeridade, por desnecessária, e roubou a decência
aos povos de Portugal, Espanha e Irlanda. Surge, afobado, o dr. Passos Coelho,
e desmente Juncker, quase declarando que a Troika trouxe consigo felicidades
inauditas. As aldrabices, mentiras e omissões deste cavalheiro atingem as zonas
da coprolábia. Ou, então, pior do que tudo, usa os óculos de Pangloss, e vê um
Portugal abençoado pelos deuses, embora esses deuses sejam desconhecidos, e o
país seja absolutamente outro.
Um milhão e
quinhentos mil desempregados; dois milhões na faixa da miséria: cento e
quarenta mil miúdos que vão diariamente em jejum para a escola; quase duzentos
mil jovens que abandonaram o País por carência de futuro; dezenas de doentes
que morrem nos corredores dos hospitais por falta de assistência; velhos a quem
foi subtraído todo e qualquer meio de subsistência; funcionários e outros aos
quais cortaram todos os escassos salários – isto não terá como consequência a
perda da decência e da dignidade? E perda da decência e da dignidade não
consistirão nos constrangedores actos praticados por membros do Executivo, e
pelo dr. Cavaco, relativos ao governo e, decorrentemente, ao povo grego?, com a
torpe recusa em apoiar as propostas de quem foi legitimamente eleito, e colando-se,
vergonhosamente, à estratégia da política alemã?
O grupo do
dr. Passos é, por sistema, apupado e execrado, e o governo do Syriza recebe
banhos de multidões a apoiá-lo e a incitá-lo.
A melancolia
portuguesa e a dor do nosso viver sem luz advêm desta subalternidade que nos
corrói a decência, a dignidade e a integridade moral. Fomos coagidos a perder
os valores que cimentaram o nosso ser, mesmo em tempos sombrios. A nossa
honradez e probidade foram substituídas pelo individualismo mais atroz.
Resta-nos, afinal, quê? Estes mentirosos, esta casta de indigentes mentais, e
este mutismo dos que se deviam opor e alimentam a apagada e vil tristeza são
sintomas de quê? Da indeclinável decadência em que vivemos. Sem solução?
Cabe-nos a última palavra no próximo combate. Os gregos podem ser o exemplo de
que não há impossibilidades na História.
Etiquetas: austeridade, Baptista Bastos, Syriza, Tsipras, Varoufakis.
2015-02-23
2015-02-07
"A partir de agora a Tróica deixa de mandar na Grécia"
A Grécia é um pequeno país no
meio de uma grande União Europeia. A luta do governo dirigido pelo Syrisa, pelos
interesses da maioria dos gregos e da maioria dos europeus tem pela frente
poderes colossais comparado com o seu. Por isso a sua luta não obterá uma
vitória total mas se não for derrotada em toda a linha e atingir alguns dos
seus objetivos centrais então a EUROPA terá muito a agradecer à GRÉCIA em cuja
civilização nasceu.
Neste momento é o governo Grego que,
a par dos interesses da Grécia defende indiretamente os interesses de Portugal que
Passos Coelho com os seus “contos de criança” trai.
Apesar do seu pequeno peso na
Europa a Grécia vai conseguiu alterar irreversivelmente a tragédia da política
austeritária imposta pelo governo alemão.
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Tempestade magnética, abalo
telúrico, o mar galga a terra? Que terá provocado o tsunami
que assombra a Europa? É um partido que ganhou as eleições, na
Grécia, o berço da Europa e incompreensivelmente cumpre as promessas: tem
o nome aterrador de SYRISA, é conduzido pelo Deus APOLO sob o disfarce de Alexis
Tsipras e é assessorado por ARES, o Deus da Guerra, sob a máscara de
Yanis Varoufakis. Estão reunidos no Olimpo.
_________
Na primeira reunião
do Conselho de Ministros em Atenas, (2015-02-04) Alexis Tsipras disse aos
membros da sua equipa que aceitou o mandado como primeiro-ministro para levar a
cabo uma "mudança radical" na Grécia, defendendo ser essencial
iniciar uma "renegociação responsável" da dívida pública com os
credores internacionais.
"Não entramos num choque mutuamente destrutivo,
mas não vamos
continuar uma política de sujeição. Teremos um plano
para lançar reformas sem incorrer em défice, sem as asfixiantes obrigações dos
últimos anos", declarou Alexis Tsipras , citado pela Reuters.
O Deus Apolo ou Tsipras ou lá
quem seja, lançou a Europa numa assombração ao declarar que a troica deixara, a
partir de agora, de governar a Grécia e que não falava mais com ela.
"Entretanto, o ministro
Panayiotis Lafazani, anunciou "Vamos suspender imediatamente o processo de
privatização da Public Power Corporation (PPC) .E vamos tentar que a
eletricidade seja mais barata, para aumentar a competitividade e ajudar as
famílias", frisando que o governo quer fornecer energia gratuita a 300 mil
casas de famílias carenciadas. Estão a imaginar algo parecido em Portugal ?
O salário mínimo na
Grécia passa de 586 euros para 751 - regressando ao valor fixado antes do
resgate.
A paragem da
requalificação na Função Pública e a concessão de incentivos para a contratação
em empresas são outras das medidas previstas pelo novo executivo do Syriza.
Pelo seu lado Yanis
Varoufakis, ministro das Finança, em 4 de Fevereiro, em entrevista
ao Telegraph explicou aos britânicos:
Vou tentar ser tão
charmoso como puder em Berlim. Vou dizer ao senhor Schäuble que podemos ser um
partido de esquerda, mas ele pode contar com o Syriza para limpar os cartéis e
oligarquias da Grécia e para avançar com as reformas profundas do Estado grego
que os governos antes de nós recusaram fazer",
Além das reformas, Varoufakis
também vai transmitir ao ministro de Ângela Merkel que a Grécia não está
disposta a manter a austeridade orçamental. "Também lhe vou dizer que
vamos acabar com a espiral de dívida e de deflação e fazer o que deveríamos ter
feito há cinco anos. Isso não é negociável. Temos um mandato democrático para
desafiar toda a filosofia de austeridade".
Já sabemos que Schauble no fim da
reunião declarou que concordámos em não concordar em nada ao que que Varoufakis
respondeu que “nem nisso concordámos”. O caminho vai ser muito difícil.
Yanis Varoufakis também já
respondeu à diatribe enfatuada de Passos Coelho de que o programa do Syriza era
“um
conto de crianças”. Um assessor do seu gabinete, citado pelo
Diário Económico, lembrou – apaziguadoramente - que "os contos de crianças trazem
sempre esperança".
Portugal e Espanha os países mais favorecidos pelo
governo grego são considerados por este como os países com uma atitude mais dura.
Lá como cá era a
troica que apesar de não ter sido eleita pelos gregos (nem pelos portugueses)
decidia: têm de mandar para ao desemprego tantos milhares de professores e
outros agentes da administração, têm de privatizar isto e aquilo e mais
aquilo. E o governo da Nova Democracia com Samaras e antes dele o PASOK
estavam ali para as curvas, isto é, para cumprir respeitosamente quase tão
servilmente como aqui fez, com gosto, o servo Passos Coelho.
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Os interesses antagónicos, a
justiça social, a solidariedade, os amigos e os inimigos não estão divididos
por países. Estão em todos e cada um dos países.
Etiquetas: Alexei Tsipras, Grécia., Merkel Schauble, Syriza, Yaniz Varoufakis