2016-06-28
O BREXIT e o mais que adiante se verá
"Os Prós e os Contras". Quiçá
por masoquismo fiquei por ali um pouco. Logo havia de aparecer a perorar o
gnomo Moedas que agora é comissário europeu. O Moedinhas "explicou"
como devemos entender os resultados do referendo do Reino (des) Unido.
"Que o mundo mudou muito! Há 30 anos a Europa representava 30% do PIB
mundial e a China 2% e agora a UE 20% e a China 14% e portanto coisas destas, como o Brexit
não admira que aconteçam e tudo se resolverá como deve ser" e tal. Que
ele está bem e os seus patrões ainda melhor e a "arraia miúda" não se
deve meter onde não é chamada porque só tornaria as coisas piores. etc.
Os países, os respectivos
governos, é óbvio, que contam alguma coisa para a condução da ALTA POLÍTICA mas
quem efectivamente a comanda é o poder globalizado do, chamemos-lhe assim,
SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL que mais ou menos directamente controla os
governos ou estes são a sua expressão, através de eleições
"bem conduzidas" pelas suas máquinas de propaganda globais.
Mas em que consiste essa tal alta
política? É uma coisa simples, velha como a humanidade: COMO VAMOS REPARTIR A
RIQUEZA CRIADA? Sem retirar importância a «COMO criá-la».
A guerra é menos entre nações do que
entre classes sociais dentro de cada nação e, com o mundo globalizado, entre os
despossuídos do meu e do teu país, à escala europeia e à escala mundial e os 0,1% "donos disto tudo". É uma
guerra internacional..
A saída do RU da UE vai colocar a
burocracia de Bruxelas, os Moedas e Ciª, os Schauble's, as Merkel's ou o
lambreta-Holande, em estado de choque? Só um pouco. Vão então transformar a UE dos
mercados financeiros na Europa dos Cidadãos? Obviamente NÃO e NÂO. Mas
perturbará, o Brexit, a maquinaria de Bruxelas/Berlim/Frankfurt e incendiará a
mente do "povão" europeu a ponto de a obrigar a inverter o rumo
político? Isto é, a redistribuir a riqueza? A canalizá-la para o
investimento produtivo em vez da especulação financeira, para a criação de
emprego, para a educação, a saúde, os apoios sociais? Talvez um pouco. talvez
crie algum sobressalto mas só e só a elevação do grau de consciência, de
organização e de luta das vítimas de Bruxelas/Berlim/Frankfurt, isto é, dos
"MERCADOS" poderá encaminhar ou refundar esta UE, cada vez menos democrática, menos social, menos solidária para a tão sonhada Europa dos
Cidadãos.
Etiquetas: O Brexit, os Mercados, UE