2004-05-31
Ainda o Ordenado do Director Geral dos Impostos!!
Já se falou tanto deste caso, da ilegalidade e arbitrariedade deste acto governamental que não vou por aí. Para ser sincero nem é o montante em causa que me choca, pois não sou daqueles que andam por aí a apregoar (de forma incorrecta) que na Função Pública se ganha muito, que não pode haver vencimentos como em outros sítios ligados ao Estado. O que tem de haver é enquadramento, coerência e legalidade.
A mim chocam-me várias coisas: a de se admitir não"haver" ningúem na AP com capacidade e competência para tal desempenho; a de esta decisão ser uma decisão "no escuro", ou seja, como quase sempre, desligada de um projecto com objectivos muito claros para ficar por aqui ... e, finalmente, como se explica o encaixe desta decisão na tão propalada "reforma" e na contenção do défice.
Este comportamento levanta-me uma grande dúvida? Este país tem elites políticas seriamente interessadas na Reforma da Administração? Então porque é um problema quase tabu? Eu sempre tive muitas dúvidas acerca disto. Pois sempre vi os governos a não "ligar" aos Trabalhadores de que dispôem e a recrutar por tudo e por nada trabalhos fora e a recrutar "mandaretes" para os seus gabinetes, tantas vezes tão ignorantes que até doi.
Bem, para alguém que deseje uma Reforma a sério, a primeira coisa é "ver" para dentro do MiNFinanças, que é um Estado dentro do Estado. A fonte de toda a burocracia e da desconfiança e de controle procedimental de toda a AP. De tal maneira que tudo se adquire através da Central de Compras do MINFinanças a preços superiores aos do mercado. Melhor teste?! E nunca se ouve falar disto, quando se ataca o défice público. Será incómodo?!
Inserido 31/01
A mim chocam-me várias coisas: a de se admitir não"haver" ningúem na AP com capacidade e competência para tal desempenho; a de esta decisão ser uma decisão "no escuro", ou seja, como quase sempre, desligada de um projecto com objectivos muito claros para ficar por aqui ... e, finalmente, como se explica o encaixe desta decisão na tão propalada "reforma" e na contenção do défice.
Este comportamento levanta-me uma grande dúvida? Este país tem elites políticas seriamente interessadas na Reforma da Administração? Então porque é um problema quase tabu? Eu sempre tive muitas dúvidas acerca disto. Pois sempre vi os governos a não "ligar" aos Trabalhadores de que dispôem e a recrutar por tudo e por nada trabalhos fora e a recrutar "mandaretes" para os seus gabinetes, tantas vezes tão ignorantes que até doi.
Bem, para alguém que deseje uma Reforma a sério, a primeira coisa é "ver" para dentro do MiNFinanças, que é um Estado dentro do Estado. A fonte de toda a burocracia e da desconfiança e de controle procedimental de toda a AP. De tal maneira que tudo se adquire através da Central de Compras do MINFinanças a preços superiores aos do mercado. Melhor teste?! E nunca se ouve falar disto, quando se ataca o défice público. Será incómodo?!
Inserido 31/01
Beco sem Saída em Bagdad ?
Segundo a imprensa norte-americana e em especial o NYT de hoje (30 de Maio) as negociações entre Paul Bremer o governador americano do Iraque, o Sr. Brahimi indicado pela ONU e supostamente às ordens de Bremer para intermediar a criação do próximo Governo do Iraque (04-07-01) e o actual Conselho de Governo do Iraque uma espécie de rosto iraquiano do mesmo Bremer, não se entendem. Os dois primeiros querem para presidente do governo - um lugar ainda mais decorativo que os outros – o Sr Adnan Pachachi e o CGI quer o sheik Ajil al-Yawar.
Já estão todos quase de acordo sobre 3 chiitas para as Finanças, o Petróleo e a Saúde, 2 curdos para os Negócios Estrangeiros e a Defesa e um sunita para o Interior. E Para Vice-Primeiros Ministros felizmente o Sr Brahimi já sugeriu, com muitos Alá é Grande, Ibrahim Jafari, leader do partido sunita Dawa e Razh Shawees, do Partido Democrático do Curdistão.
O Sr Brahimi, na opinião de um dos principais conselheiros de Kerry, o Sr. Richard C. Holbrooke, " é um vivaço e estimável sunita árabe da Argélia cujos interesses não são totalmente simétricos aos da segurança nacional americana” opinião não partilhada por Kerry que dela achou conveniente demarcar-se.
Não há no entanto que desesperar. Diferentemente do que disse Blair, sempre a tergiversar, ai ai ai! sobre o que diz Colin Powel, quem vai decidir se o Governo (o que se enseja ou outro depois de 1 de Julho)fica ou sai é o exército americano e não o contrário.
Já estão todos quase de acordo sobre 3 chiitas para as Finanças, o Petróleo e a Saúde, 2 curdos para os Negócios Estrangeiros e a Defesa e um sunita para o Interior. E Para Vice-Primeiros Ministros felizmente o Sr Brahimi já sugeriu, com muitos Alá é Grande, Ibrahim Jafari, leader do partido sunita Dawa e Razh Shawees, do Partido Democrático do Curdistão.
O Sr Brahimi, na opinião de um dos principais conselheiros de Kerry, o Sr. Richard C. Holbrooke, " é um vivaço e estimável sunita árabe da Argélia cujos interesses não são totalmente simétricos aos da segurança nacional americana” opinião não partilhada por Kerry que dela achou conveniente demarcar-se.
Não há no entanto que desesperar. Diferentemente do que disse Blair, sempre a tergiversar, ai ai ai! sobre o que diz Colin Powel, quem vai decidir se o Governo (o que se enseja ou outro depois de 1 de Julho)fica ou sai é o exército americano e não o contrário.
Tortura - prática comum desde o 11 de Setembro
Pintura de parede do artista iraquiano Salah Edine Sallat em Sadr City, Baghdad (2004-05-23)
(Foto de Ramzi Haidar/AFP/in New York Review of Books)
Mark Danner in New York Review of Bookspublica um longo artigo, de que se apresenta um extracto abaixo, onde informa sobre a prática generalizada da tortura pelo exército dos Estados Unidos incentivada desde o 11 de Setembro e que só chegou ao grande público com "as recordações" digitalizadas de Abu Ghraib.
"Behind the exotic brutality so painstakingly recorded in Abu Ghraib, and the multiple tangled plotlines that will be teased out in the coming weeks and months about responsibility, knowledge, and culpability, lies a simple truth, well known but not yet publicly admitted in Washington: that since the attacks of September 11, 2001, officials of the United States, at various locations around the world, from Bagram in Afghanistan to Guantanamo in Cuba to Abu Ghraib in Iraq, have been torturing prisoners.
2004-05-29
Democracia Made In USA
Ontem o Conselho de Governo do Iraque (CGI)uma das caras do exército norte-americano em Bagdad aprovou por unanimidade Iyad Allawi para primeiro-ministro do Iraque, a partir de 30 de Junho.
é o secretário-geral do Acordo Nacional Iraquiano, grupo no exílio financiado pela CIA e que a "enganou" com a história das Armas de Destruição em Massa. É a organização a que também pertence Ahmed Chalabi seu rival (diz-se que este era mais chegado ao Pentágono e aquele mais íntimo da CIA)agora caído em semi-desgraça talvez por demasiado conhecido pelos desfalques, negócios sujos e fuga à justiça em países árabes.
ALLawi pago pela CIA! parece conversa de antiamericanos mas é o que dizem WARREN HOGE e STEVEN R. WEISMAN no New York Times de hoje e J.M.Calvo em Whashington, do El País (edição impressa também de hoje - sem link).
Era suposto que seria Lagdar Brahimi, enviado especial da ONU para o Iraque, a escolher o candidadto a 1ºM depois de consultas a grupos políticos e religiosos do Iraque e a apresentá-lo ao CGI. O Departamento de Estado achou, no entanto, dada a perda de imagem de W.Bush com o excesso de imagens de Abu Ghraib e o aperto da sua agenda eleitoral, ser mais seguro e rápido entregar a tarefa a Paul Bremer que de modo discreto entregou o nome ao CGI e os seus 25 membros, na sua presença e também de Brahimi, decidiram sem qualquer dúvida.
O porta voz do CGI, Hamid al Kifai, disse que Allawi foi escolhido pelas três partes, o CGI, a Autoridade Provisória da Coligação (Bremer) e pela ONU (Brahimi). Por sua vez o porta-voz da ONU, Fred Eckhard, perante a alteração unilateral pelos EUA do guião entregue às Nações Unidas,informou que a escolha "no ha sido como esperábamos pero los iraquis parece que están de acuerdo e Lagdar Brahimi respeta la decisión" reproduz Calvo, em castelhano, no El País. Segundo a mesma fonte, em Washington, Colin Powel revelou que estava satisfeito com a escolha de Allawi mas que os EUA não tem posicões sobre candidatos individuais.
Rumsfeld - tenho a certeza - não estava com estas cerimónias.
Allawi, "neurólogo e homem de negócios" e antigo quadro do partido BAAS conheceu o Iraque até 1971 altura em que fugiu de Sadan pelo que tem pouco tempo e nenhumas facilidades para conhecer o país em que lhe mandam fazer o papel de 1º ministro.
é o secretário-geral do Acordo Nacional Iraquiano, grupo no exílio financiado pela CIA e que a "enganou" com a história das Armas de Destruição em Massa. É a organização a que também pertence Ahmed Chalabi seu rival (diz-se que este era mais chegado ao Pentágono e aquele mais íntimo da CIA)agora caído em semi-desgraça talvez por demasiado conhecido pelos desfalques, negócios sujos e fuga à justiça em países árabes.
ALLawi pago pela CIA! parece conversa de antiamericanos mas é o que dizem WARREN HOGE e STEVEN R. WEISMAN no New York Times de hoje e J.M.Calvo em Whashington, do El País (edição impressa também de hoje - sem link).
Era suposto que seria Lagdar Brahimi, enviado especial da ONU para o Iraque, a escolher o candidadto a 1ºM depois de consultas a grupos políticos e religiosos do Iraque e a apresentá-lo ao CGI. O Departamento de Estado achou, no entanto, dada a perda de imagem de W.Bush com o excesso de imagens de Abu Ghraib e o aperto da sua agenda eleitoral, ser mais seguro e rápido entregar a tarefa a Paul Bremer que de modo discreto entregou o nome ao CGI e os seus 25 membros, na sua presença e também de Brahimi, decidiram sem qualquer dúvida.
O porta voz do CGI, Hamid al Kifai, disse que Allawi foi escolhido pelas três partes, o CGI, a Autoridade Provisória da Coligação (Bremer) e pela ONU (Brahimi). Por sua vez o porta-voz da ONU, Fred Eckhard, perante a alteração unilateral pelos EUA do guião entregue às Nações Unidas,informou que a escolha "no ha sido como esperábamos pero los iraquis parece que están de acuerdo e Lagdar Brahimi respeta la decisión" reproduz Calvo, em castelhano, no El País. Segundo a mesma fonte, em Washington, Colin Powel revelou que estava satisfeito com a escolha de Allawi mas que os EUA não tem posicões sobre candidatos individuais.
Rumsfeld - tenho a certeza - não estava com estas cerimónias.
Allawi, "neurólogo e homem de negócios" e antigo quadro do partido BAAS conheceu o Iraque até 1971 altura em que fugiu de Sadan pelo que tem pouco tempo e nenhumas facilidades para conhecer o país em que lhe mandam fazer o papel de 1º ministro.
2004-05-28
Mesmo a Demagogia tem limites!!
Toda a gente reconhece que Portugal tem os piores serviços de informação europeus, por culpa do governo que não soube dotar o país, em devido tempo, com legislação e estruturas adequadas e funcionais. Também é reconhecido que não tratou da segurança a tempo e a sério para o Euro 2004 e outras realizações de vulto.
Como pode então um primeiro ministro, mesmo num congresso partidário, endossar para terceiros (neste caso o PC) culpas por hipotéticos acontecimentos (actos de terrorismo ou outros)que se espera não se dêem quando sabe que não foi feito o trabalho de casa pelo seu governo?! Oxalá a sorte nos acompanhe. Mas o peso de consciência se algo se desse só podia caber ao Governo.
Mas endossar culpas a terceiros é pior, neste caso, que bater no ceguinho.
Inserido 23 de maio
Como pode então um primeiro ministro, mesmo num congresso partidário, endossar para terceiros (neste caso o PC) culpas por hipotéticos acontecimentos (actos de terrorismo ou outros)que se espera não se dêem quando sabe que não foi feito o trabalho de casa pelo seu governo?! Oxalá a sorte nos acompanhe. Mas o peso de consciência se algo se desse só podia caber ao Governo.
Mas endossar culpas a terceiros é pior, neste caso, que bater no ceguinho.
Inserido 23 de maio
A hepatite C
Quem nos deve informar? Ontem e hoje, os meios de comunicação nacionais não se cansaram de massacrar os portugueses com a sua "incultura", no domínio da saúde, ao revelar-lhes inúmeras vezes que 70% desconhecem os meios de cura da hepatite C.
Não haverá alguma crueldade ao colocar a questão de forma tão crua? Será que nos foram dados os meios para combater tamanha ignorância e nós coitadinhos, incapazes de todo, não chegamos lá!!!.
A análise de questões como esta deve ter em conta as condicionantes de um país e a mais basilar é o seu enquadramento no meio social e político, para então a partir daí reunir as condições para apontar as falhas a quem falhou. Não estarão nos sistemas de saúde e de educação e nos seus responsáveis as causas de fundo desta desinformação que é de facto muito séria e grave?!
inserido 20 de maio
Não haverá alguma crueldade ao colocar a questão de forma tão crua? Será que nos foram dados os meios para combater tamanha ignorância e nós coitadinhos, incapazes de todo, não chegamos lá!!!.
A análise de questões como esta deve ter em conta as condicionantes de um país e a mais basilar é o seu enquadramento no meio social e político, para então a partir daí reunir as condições para apontar as falhas a quem falhou. Não estarão nos sistemas de saúde e de educação e nos seus responsáveis as causas de fundo desta desinformação que é de facto muito séria e grave?!
inserido 20 de maio
Mais um doutoramento "honoris causa"?
Silva Lopes é um economista de elevado mérito, que sabe do que fala. Tarde embora, a sua escola, o antigo ISCEF, vem reconhecer o seu valor e prestar-lhe homenagem pelo muito que fez por este país em períodos bem dificeis.
Hoje ocupa o cargo de Presidente do Montepio mas continua a ser um homem com posições autónomas a quem o Presidente Jorge Sampaio ouve, com muita atenção, as propostas sérias que apresenta para muitos problemas da economia portuguesa.
Nem sempre concordo com algumas das suas posições, designadamente com as que se referem à Administração Pública, mas reconheço-lhe uma verticalidade que falta a muito boa gente. Por tudo isto,em minha opinião, esta homenagem é bem merecida e só peca por ser tardia.
inserido 24 de maio
Hoje ocupa o cargo de Presidente do Montepio mas continua a ser um homem com posições autónomas a quem o Presidente Jorge Sampaio ouve, com muita atenção, as propostas sérias que apresenta para muitos problemas da economia portuguesa.
Nem sempre concordo com algumas das suas posições, designadamente com as que se referem à Administração Pública, mas reconheço-lhe uma verticalidade que falta a muito boa gente. Por tudo isto,em minha opinião, esta homenagem é bem merecida e só peca por ser tardia.
inserido 24 de maio
O Porto campeão
Ainda bem que acontece alguma coisa boa na vida. Alguns "gritos de alegria" sempre dá para esquecer as agruras da vida.
Pois de tristezas já bastam os sistemáticos aumentos de preço; as listas de colocação dos professores cheias de erros dos mais primários e a incerteza das colocações para o próximo ano; a demagogia da maioria dos governantes sobre a retoma económica que vem algures aí; a mentira sobre as reformas estruturais do país; o recrutamento de boys a preço de ouro pagos pelo orçamento que se pretende equilibrar, desde que os visados sejam sempre os outros; a incompetência e a ineficácia mais que evidente de muitos dos ministros; o atraso no cumprimento fiscal de quem deveria ser o exemplo; o apertar sistemático do cinto, excepto para alguns, tipo Director Geral dos Impostos; o aumento da burocracia e/ou as não respostas às questões que o cidadão tenta ver resolvidas nos ministérios, apesar do portal governamental, cuja finalidade apregoada era a de satisfazer o cidadão desconhecido. Porém, as vozes foram mais que as nozes e tudo ficou por igual ou quando não pior. Em conclusão!!! Veio a eficácia desde que para extorquiar mais uns cobres, para o equilíbrio do OE, ao pacato cidadão.
O país gira, gira,...e continua a girar em torno do equilíbrio do OE, um falso equilíbrio porque medidas estruturanres não se as vêem. Um pouco mais de bem estar se estivesse na mira destes nossos governantes não lhews ficaria mal.
Perante tanta desilusão, resta-nos o Porto ser campeão. É uma noite de sono a menos, mas pelo menos amanhã enquanto se dormita, não se pensa nos problemas difíceis da vida.
inserido 26 de maio
Pois de tristezas já bastam os sistemáticos aumentos de preço; as listas de colocação dos professores cheias de erros dos mais primários e a incerteza das colocações para o próximo ano; a demagogia da maioria dos governantes sobre a retoma económica que vem algures aí; a mentira sobre as reformas estruturais do país; o recrutamento de boys a preço de ouro pagos pelo orçamento que se pretende equilibrar, desde que os visados sejam sempre os outros; a incompetência e a ineficácia mais que evidente de muitos dos ministros; o atraso no cumprimento fiscal de quem deveria ser o exemplo; o apertar sistemático do cinto, excepto para alguns, tipo Director Geral dos Impostos; o aumento da burocracia e/ou as não respostas às questões que o cidadão tenta ver resolvidas nos ministérios, apesar do portal governamental, cuja finalidade apregoada era a de satisfazer o cidadão desconhecido. Porém, as vozes foram mais que as nozes e tudo ficou por igual ou quando não pior. Em conclusão!!! Veio a eficácia desde que para extorquiar mais uns cobres, para o equilíbrio do OE, ao pacato cidadão.
O país gira, gira,...e continua a girar em torno do equilíbrio do OE, um falso equilíbrio porque medidas estruturanres não se as vêem. Um pouco mais de bem estar se estivesse na mira destes nossos governantes não lhews ficaria mal.
Perante tanta desilusão, resta-nos o Porto ser campeão. É uma noite de sono a menos, mas pelo menos amanhã enquanto se dormita, não se pensa nos problemas difíceis da vida.
inserido 26 de maio
Europa Vs. Estados Unidos
Regista-se cada vez mais uma tendência de distanciamento de vontades no tocante às questões internacionais entre as elites políticas europeias e as dos EUA. Esta situação é independente do posicionamento político de quem gere os EUA e de quem gere a Europa, excepção feita à Inglaterra, que alinha com as teses dos EUA. Mesmo alguns novos países aderentes que, numa primeira fase, se inclinaram para os EUA, estão neste momento a assumir novas formas de alinhamento.Para isto o Bush tem dado um jeitinho.
Depois das duas grandes guerras do século XX, os povos europeus têm vindo a assumir uma postura e a pressionar os respectivos governos para utilizar as relações diplomáticas, políticas e económicas, na resolução das questões de conflito internacionais. Sem dúvida que a posição de grande parte dos países europeus na guerra do Iraque já teve esta marca: as elites políticas de França e Alemanha assumem a posição anti-intervenção, sobretrudo pela muita pressão das reacções internas.
Mas os sentimentos dos povos da Europa vão mais longe. Estão contra as elites dos seus países quando elas se inclinam para a americanização do seu modelo social de maior bem estar.
Os EUA, pelo contrário, com uma economia muito dependente das indústrias da guerra, precisam dessa mesma guerra para ter o comando mundial e para sustentar a sua economia.
Sublinham alguns fazedores de opinião que este distanciamento UE/EUA levará a um definhamento da UE. Será que a questão não pode ter um outro equacionamento? Não poderá a Europa recuperar um maior papel no tabuleiro político mundial,correspondente à sua posição económica, exactamente com uma postura anti-guerra menos titubiante?
E se, de forma eficaz, sustentar e aprofundar o seu modelo social, não no caminho da americanização mas no do maior bem estar das populações, não poderá captar para o seu campo outros povos e civilizações, ampliando, assim, a sua influência?
Inserido 27/05
Depois das duas grandes guerras do século XX, os povos europeus têm vindo a assumir uma postura e a pressionar os respectivos governos para utilizar as relações diplomáticas, políticas e económicas, na resolução das questões de conflito internacionais. Sem dúvida que a posição de grande parte dos países europeus na guerra do Iraque já teve esta marca: as elites políticas de França e Alemanha assumem a posição anti-intervenção, sobretrudo pela muita pressão das reacções internas.
Mas os sentimentos dos povos da Europa vão mais longe. Estão contra as elites dos seus países quando elas se inclinam para a americanização do seu modelo social de maior bem estar.
Os EUA, pelo contrário, com uma economia muito dependente das indústrias da guerra, precisam dessa mesma guerra para ter o comando mundial e para sustentar a sua economia.
Sublinham alguns fazedores de opinião que este distanciamento UE/EUA levará a um definhamento da UE. Será que a questão não pode ter um outro equacionamento? Não poderá a Europa recuperar um maior papel no tabuleiro político mundial,correspondente à sua posição económica, exactamente com uma postura anti-guerra menos titubiante?
E se, de forma eficaz, sustentar e aprofundar o seu modelo social, não no caminho da americanização mas no do maior bem estar das populações, não poderá captar para o seu campo outros povos e civilizações, ampliando, assim, a sua influência?
Inserido 27/05
2004-05-25
PUXA PALAVRA o nosso BIG BANG
Para os bloguistas que aqui estão na linha de partida o Puxa Palavra é o seu Big Bang da blogosfera.
Os blogs, são já hoje uma forma revolucionária de comunicação e estou certo que o futuro, nomeadamente com a permanente revolução tecnológica, lhes reservará uma importância muito grande. Já são, e serão muito mais no futuro, uma alavanca para alargar o espaço de liberdade. Uma forma de ampliar e democratizar a intervenção na sociedade.
A ideia de não perdermos o comboio dos blogs surgiu ainda em 2003 mas a concretização foi longa. 25 de Maio de 2004, mesmo para Portugal é partir com grande atraso. Já aí vai um mundo de blogs à nossa frente.
Primeiro criar o grupo. Depois encontrar um nome que satisfizesse todos. Por fim a preparação técnica da qual a escolha definitiva do alojador não foi a menor.
E se fosse palavra puxa palavra? Já íamos no café e perto das 23 horas. Estava o Mário e a Paula, O Tó Almeida e a Manuela, o Luís Santos e a Céu e eu e a Maria Machado. Uma 6ªfeira, no Entrecopos do Mário Reis que trocou a livraria Arco Iris com que nos alimentava o espírito por este interessante restaurante com esplanada para nos alimentar os corpos. No Campo Pequeno. Lá atrás encostado à cancela, definitivamente fechada, da linha de caminho de ferro.
Já cansados de alvitres arredondámos para Puxa Palavra. Pior foi depois. Ninguém estava satisfeito com o nome a não ser o Mário Lino. Mas não se conseguindo consenso sobre outro nome ficou este com o sábio argumento de que quem faz o nome, bonito ou feio, é o conteúdo.
Praticamente isto é o equivalente à lei de Hubble para a consolidação da "profecia" do Big Bang. Ela provou, até mais sábia proposta, que o Universo está em expansão.
Cabe-nos agora a nós provar que o mesmo sucederá ao Puxa Palavra.
Com a ideia patriótica de usar as ferramentas nacionais fomos para o SAPO. Ao fim de várias peripécias, contratempos e perguntas sem resposta mudámo-nos para o Blogger. Afinal como já o meu pai dizia ( ele foi aos EUA por volta de 1919. Demorou por lá quase 18 anos. Aproveitou para se juntar ao movimento radical e se apaixonar pelo país. Muito especialmente por Nova York) "lá há do pior mas também do melhor e mais avançado."
E pronto. Aqui vamos nós, o Mário Lino, o João Abel de Freitas, o Manuel Correia eu próprio e talvez, mais tarde, a "Laura" e o "J. Pinto".