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2009-02-14

 

Dias Loureiro e o "suficiente" do Professor Cavaco


O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje, após ter encerrado o seu “Roteiro para a Juventude”, na Fábrica da Pólvora (há coincidências terríveis), que mantém a confiança no seu conselheiro de Estado.
“Já falei uma vez e é suficiente», respondeu o Chefe de Estado.

Olhe que não…olhe que não!, Professor

"Suficiente” (mais ou menos, existia a variante), era aquilo que a malta levava para casa com um sorriso amarelo como avaliação de um ponto de Matemática. E havia muitas explicações para esse sentir desconfortável. Ou o Professor não sabia ensinar ou nós tínhamos copiado e o melhor era não responder a tudo, ou, ainda, a alegria da irresponsabilidade porque sabíamos que isso era suficientezinho bom para calar o encarregado de educação pouco exigente.
Por amor dos anjos. Não há suficientes. Nem em matemática, nem no respeito, nem na confiança. Nem no amor. Sente-se ou não se sente. Na matemática sabe-se ou não. Se se sabe, tem-se Bom, caso contrário… medíocre. Nas respostas também, sobretudo quando elas pecam pela "insuficiência".
Portanto, acho “medíocre” a resposta do Presidente da República. Antes tivesse repetido a cena do bolo-rei (a Páscoa está perto), imagem inesquecível de Cavaco Silva com a boca cheia de frutos secos e cristalizados, farinha e ovos....fiquei sem saber o que engoliu a fava ou o brinde.
Mas, agora, a história é muito mais séria.
De acordo com a edição de hoje do Expresso, “Dias Loureiro mentiu à comissão de inquérito” parlamentar sobre a nacionalização do BPN "quando negou conhecer a existência do fundo "Excellence Assets Fund", mas que, segundo o semanário, até terá assinado "dois contratos onde esse fundo é parte".
Dias Loureiro disse ao jornal que “não se lembrava da existência"(do fundo).
O João Abel já fez um post sobre a falta de memória do ex-ministro. Há dias assim….pode ser que um dia destes tudo se avive. Mas vamos lá teorizar.
Que faria o Professor, se Dias Loureiro fosse seu aluno e num exame dissesse que “não se lembrava” do principal capítulo da matéria?

Dava-lhe um suficiente e justificava a nota como o fez no dia 25 de Novembro de 2008?
Ou seja, “não tenho qualquer razão para duvidar" da palavra (do meu aluno) porque garantiu-me "solenemente que não cometeu qualquer irregularidade".

Em síntese, o "aluno" Dias Loureiro afinal até estudou, fez exercícios, não levou cábulas mas teve uma “branca”, acontece muito no teatro.
"Desculpe, Professor. Artista sofre!"
"Pronto, leva um suficiente para não baixar a média".

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