2009-03-27
O primeiro calmante de Isaltino
Esta noite não durmo. Vou ter insónias. Li todas as notícias sobre o julgamento do presidente da Câmara de Oeiras - por cansaço deixei de lado as referentes ao ex-autarca de Marco de Canaveses - e concluí que vou ter problemas de sono.
Se durante toda a minha vida profissional nunca fugi ao fisco, nem tive 400 mil euros em numerário de sobras de algo que não era meu (nem meu, nem dos outros); se nunca questionei a hipótese de poder prejudicar o Estado - nunca me passou pela cabeça tal coisa.. agora apetece "passar-me" - simplesmente há deveres que se cumprem para, depois, poder gritar pelos meus direitos; se para mim Cabo Verde é "morna", areia e calor, ilhas, arquipélagos, poetas da "Claridade", pobreza, dificuldades e gente boa, e não ofertas de terrenos a autarcas "geminados"; se o meu carro nunca serviu governo nenhum; se nunca "dissimulei quantias" auferidas por alegados favores de promotores imobiliários, etc, etc....que raio!...
Como é que eu consegui dormir descansada durante tantos anos?
O dr. Isaltino diz que só agora tomou um calmante. Boa. Para quê? Para dormir ou ficar acordado? Está a gozar com a malta, só pode.
"Em matéria fiscal não sou um bom cidadão», disse. Mas eu sou. E não cito mais frase nenhuma para não me irritar mais. Mas vamos lá esclarecer uma coisa. No meio de tudo isto, quem é que tem direito à soneca de anjo?
Obviamente que o dr. Isaltino e sr Avelino Ferreira Torres porque, a mim, esta história dá insónias.
Espero que o calmante tenha receita médica. Não há calmantes de venda livre. Só chás, como o de valeriana, o chá dos gatos, recomendado devido à ausência de efeitos secundários hipnóticos graves.
Etiquetas: Justiça