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2010-06-29

 

[1988] Afinal os bancos ganham pouco. Temos de os ajudar

Mário Crespo, Medina Carreira e Nuno Crato debatem a situação bancária em Portugal com o presidente da Associação Portuguesa de Bancos António Sousa.
Quem tiver paciência pode ver e ouvir o que disseram com um clic aqui em baixo.
Quase só falou António de Sousa o que em certa medida salvou a conversa. Mas ele  não estava ali para pôr a nu as habilidades do "sistema financeiro" com os "produtos tóxicos" e outras actividades mafiosas. António de Sousa não foi ali explicar como os bancos e o sistema financeiro esbulham (roubam é o termo) a riqueza criada por quem trabalha; como podem levar à falência países inteiros ou a crises tão graves como a que o mundo vive desde 2008. Crises pagas invariavelmente pelas classes médias e os trabalhadores.
António de Sousa explicou que afinalos bancos  ganham muito pouco. Com os bens próprios e que, coitados a maior parte (dos fabulosos) lucros vem de aplicações financeiras, dividendos, etc.
Fez-me lembrar Álvaro de Campos em
"Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa 
Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe vê na cara,
Que simpatiza comigo e eu simpatizo com ele;
E reciprocamente, num gesto largo, transbordante, dei-lhe tudo quanto tinha
(Excepto, naturalmente, o que estava na algibeira onde trago mais dinheiro:
Não sou parvo nem romancista russo, aplicado,
E romantismo, sim, mas devagar...) .......... " ( Texto e video com poema dito por João Villaret)
Os bancos, segundo António de Sousa, pobrezinhos ganham muito pouco (excepto, naturalmente, o que ganham na algibeira onde trazem mais dinheiro. Sim que o banco não é parvo nem romancista russo, aplicado, e romantismo, sim, mas devagar...).

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