2010-10-14
Revoltadíssimos
"«Estou chocado, estou revoltadíssimo», rematou Mira Amaral, num debate sobre a competitividade de Portugal... durante o Fórum Económico Mundial, a decorrer em Lisboa."
Mira Amaral está revoltadíssimo. Apesar de também ter tido as suas responsabilidades na situação do país, como ministro da Indústria de Cavaco Silva, de 1987 a 1995. Foi ministro no período de vacas gordas com grandes ajudas financeiras da Europa. E quais foram as grandes reformas do cavaquismo de que era ministro? Que resultados trouxeram aquelas ajudas? Desindustrialização, ruína das pescas , diminuição da área de vinha para diminuir a produção vinícola nacional e também para nos tornarmos recordistas na compra de Lamborguines no fragilizado Vale do Ave e em Jeep’s “IFADAP” nos "campos agrícolas" de Lisboa.
Mira Amaral está revoltadíssimo e terá as suas razões, apesar da reforma de 18.156 euros mensais que lhe é paga pelo Estado, desde 2004, aos 56 anos de idade, por ter estado 18 meses na CGD, para onde foi a convite do Governo do PSD que aceitou pagar-lhe a reforma de luxo (com o dinheiro dos contribuintes é fácil ser-se generosos).
Está revoltadíssimo apesar de, como presidente da Comissão Executiva do CA do Banco BIC, somar à reforma uma remuneração várias vezes superior àquele valor.
Até Bagão Félix, da família ideológica dos maiores predadores nacionais, achava, a propósito da reforma dada a Mira Amaral pela CGD, que são “valores de um exagero que o País não pode aceitar. São quase obscenos."
Mira Amaral está revoltadíssimo. Apesar de também ter tido as suas responsabilidades na situação do país, como ministro da Indústria de Cavaco Silva, de 1987 a 1995. Foi ministro no período de vacas gordas com grandes ajudas financeiras da Europa. E quais foram as grandes reformas do cavaquismo de que era ministro? Que resultados trouxeram aquelas ajudas? Desindustrialização, ruína das pescas , diminuição da área de vinha para diminuir a produção vinícola nacional e também para nos tornarmos recordistas na compra de Lamborguines no fragilizado Vale do Ave e em Jeep’s “IFADAP” nos "campos agrícolas" de Lisboa.
Mira Amaral está revoltadíssimo e terá as suas razões, apesar da reforma de 18.156 euros mensais que lhe é paga pelo Estado, desde 2004, aos 56 anos de idade, por ter estado 18 meses na CGD, para onde foi a convite do Governo do PSD que aceitou pagar-lhe a reforma de luxo (com o dinheiro dos contribuintes é fácil ser-se generosos).
Está revoltadíssimo apesar de, como presidente da Comissão Executiva do CA do Banco BIC, somar à reforma uma remuneração várias vezes superior àquele valor.
Até Bagão Félix, da família ideológica dos maiores predadores nacionais, achava, a propósito da reforma dada a Mira Amaral pela CGD, que são “valores de um exagero que o País não pode aceitar. São quase obscenos."
Mira Amaral não está só. São muitos os que vivem com reformas e salários "obscenos" e que naturalmente, põem revoltadíssimos os que, com reformas ou salários abaixo de 500, 1000 ou 2000 euros, têm de suportar os custos da crise.
Vou deixar aqui, em segredo, uma forma muito simples de reduzir a padrões de decência as reformas e salários "obscenos": adequados escalões de IRS.
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Nota: este post tinha sido colocado ontem pelas 21h. Hoje de manhã, inadvertidamente, eliminei-o. Consegui agora refazê-lo. Eis a razão porque mudou de lugar.
RN.
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Nota: este post tinha sido colocado ontem pelas 21h. Hoje de manhã, inadvertidamente, eliminei-o. Consegui agora refazê-lo. Eis a razão porque mudou de lugar.
RN.
Etiquetas: crise, Mira Amaral
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O Mira Amaral não é nenhum santo. Mas o seu a seu dono. Na área das pescas e agricultura, o descalabro deve-se sobretudo a Cavaco Silva, o bom aluno comunitário. Mira Amaral defendeu o "petróleo português", a floresta, com as suas múltiplas aplicações. Até trouxe o Porter cá para avalisar essa linha de desenvolvimento. Mas nada conseguiu porque os intervenientes na Floresta é uma rede infernal que nenhum governo mexe para mal do país.
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