2011-01-17
Merkel manda calar Durão Barroso. Cavaco manda que nos conformemos com os predadores da agiotagem"
Há dias Durão Barroso, disse que “a capacidade de financiamento do Fundo de estabilidade financeira do euro deve ser reforçada e o âmbito das suas atividades alargado.” E que o assunto deveria ser decidido na reunião dos ministros das finanças do eurogrupo que hoje decorre em Bruxelas.
Merkel “irritou-se” e mandou de imediato o seu gabinete rejeitar a proposta.
Da reunião, hoje, em Bruxelas, já chegaram notícias de que, por pressão da Alemanha, a voz do presidente da Comissão Europeia ficou à porta e o assunto não será tratado.
O caminho da resolução da dívida de países, como Portugal, onde ela é muito grande terá de passar pelo crescimento da economia, pelo aumento da produção, pelo aumento das exportações e estas, pelo aumento da produtividade. Além de rigoroso controlo do desperdício público. O aumento da produtividade é um fenómeno lento e o crescimento da economia é dificultado pela diminuição do poder de compra interno. Diminuindo o crescimento da economia diminuem as receitas fiscais e a capacidade de pagar a dívida. Como ajudar a resolver o problema? Podia ser com a diminuição dos juros da dívida. Mas os juros, de acordo com a sacrossanta lei do mercado – lucro máximo e risco mínimo - aumentam precisamente e para valores letais para quem, no momento, menos os pode suportar.
Por isso ou as regras na UE mudam para neutralizar os excessos da rapina dos predadores financeiros, ou Portugal, provavelmente a Espanha, e talvez outros países a seguir e por fim a própria UE terão um destino incerto.
A solução é conhecida, mais coesão política, para maior coesão económica e financeira. Mas então o que impede que se caminha para tais soluções? De uma forma muito esquemática, mas indo ao cerne da questão: para além de algum nacionalismo, no essencial a recusa de maior coesão social. Por quem? Ora por aqueles nossos concidadãos que enriquecem com os juros altos, com a rapina financeira, por aqueles nossos concidadãos que amealham grandes fortunas e usufruem de principescos privilégios, nos negócios e nas grandes empresas que funcionam em rede com a especulação financeira. Como o dinheiro, a riqueza, não nasce do nada, para se poder acumular muito nalguns tem que se diminuir muito nos outros.
Em suma é necessário combater firmemente o capitalismo selvagem em vez de nos conformarmos com ele, como recomenda Cavaco Silva.
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A imagem não condiz? São flores do meu jardim para o post não ficar demasiado lúgubre.
Merkel “irritou-se” e mandou de imediato o seu gabinete rejeitar a proposta.
Da reunião, hoje, em Bruxelas, já chegaram notícias de que, por pressão da Alemanha, a voz do presidente da Comissão Europeia ficou à porta e o assunto não será tratado.
O caminho da resolução da dívida de países, como Portugal, onde ela é muito grande terá de passar pelo crescimento da economia, pelo aumento da produção, pelo aumento das exportações e estas, pelo aumento da produtividade. Além de rigoroso controlo do desperdício público. O aumento da produtividade é um fenómeno lento e o crescimento da economia é dificultado pela diminuição do poder de compra interno. Diminuindo o crescimento da economia diminuem as receitas fiscais e a capacidade de pagar a dívida. Como ajudar a resolver o problema? Podia ser com a diminuição dos juros da dívida. Mas os juros, de acordo com a sacrossanta lei do mercado – lucro máximo e risco mínimo - aumentam precisamente e para valores letais para quem, no momento, menos os pode suportar.
Por isso ou as regras na UE mudam para neutralizar os excessos da rapina dos predadores financeiros, ou Portugal, provavelmente a Espanha, e talvez outros países a seguir e por fim a própria UE terão um destino incerto.
A solução é conhecida, mais coesão política, para maior coesão económica e financeira. Mas então o que impede que se caminha para tais soluções? De uma forma muito esquemática, mas indo ao cerne da questão: para além de algum nacionalismo, no essencial a recusa de maior coesão social. Por quem? Ora por aqueles nossos concidadãos que enriquecem com os juros altos, com a rapina financeira, por aqueles nossos concidadãos que amealham grandes fortunas e usufruem de principescos privilégios, nos negócios e nas grandes empresas que funcionam em rede com a especulação financeira. Como o dinheiro, a riqueza, não nasce do nada, para se poder acumular muito nalguns tem que se diminuir muito nos outros.
Em suma é necessário combater firmemente o capitalismo selvagem em vez de nos conformarmos com ele, como recomenda Cavaco Silva.
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A imagem não condiz? São flores do meu jardim para o post não ficar demasiado lúgubre.
Etiquetas: Angela Merkel, DURÃO BARROSO