2011-08-03
Europa, vítima da sua incompetência
"Os mercados" estão agora a virar-se para desacreditar países da União de maior dimensão e peso económico e político. Até agora Grécia, Irlanda e Portugal eram apenas cerca de 7,4% do PIB da Zona Euro. Com a Espanha e a Itália na mira, a história é outra. Começa o edifício a tremer.
A reacção de Espanha, de Itália e de Durão Barroso vai pelo mesmo caminho. O ataque dos "mercados" não faz sentido. Não há razões para este ataque. ... blá, blá blá.
O problema é que faz. Esses ditos "mercados"- capital financeiro, sobretudo americano - conhecem bem que a Europa não tem, de facto, instituídos mecanismos agilizados de defesa. E se atacar dá lucro e do forte porque não o fazer. É a sua função.
Hoje, a Europa está a ser a principal vítima de uma crise desencadeada nos EUA em 2008, a tal ponto que até o euro está a periclitar.
E não há razões económicas para isso, até porque a Europa no seu conjunto não apresenta grandes desequilíbrios. Mas de nada serve esta constatação.
Na realidade, a Europa não tem nem um sobreendividamento das famílias nem desequilíbrios externos que se comparem à situação real da economia dos EUA. Nem em termos de dívida pública.
A Europa até podia estar a superar esta crise de forma folgada, sem grandes problemas.
E não é o que está a acontecer. A Europa derrapa por todos os lados.
Porquê?
Porque deixou ir na água do banho uma das razões fortes da sua criação: a solidariedade entre países.
Há países de facto com problemas mas a Europa foi deixando andar e ainda não se entendeu no ataque à crise. Não criou mecanismos financeiros de defesa.
Para sair da crise é preciso que os países membros aceitem de uma vez por todas a necessidade evidente de pôr em comum mais dinheiro e mais poderes de decisão. Neste contexto, apesar dos tratados terem armadilhado a constituição rápida de novos mecanismos, há que superar essas restrições: perante uma crise há que ser ágil, há que romper.
Começa a ser demasiado claro que nenhum país por si só vai conseguir resolver a sua crise. Grécia, Portugal, Irlanda não vão poder pagar a dívida. E Espanha, Itália e outros se estiverem muito tempo debaixo dos holofotes dos ditos "mercados" acontecer-lhes-à a mesmíssima coisa.
O risco de não agir de forma solidária, pode ser a destruição.
A reacção de Espanha, de Itália e de Durão Barroso vai pelo mesmo caminho. O ataque dos "mercados" não faz sentido. Não há razões para este ataque. ... blá, blá blá.
O problema é que faz. Esses ditos "mercados"- capital financeiro, sobretudo americano - conhecem bem que a Europa não tem, de facto, instituídos mecanismos agilizados de defesa. E se atacar dá lucro e do forte porque não o fazer. É a sua função.
Hoje, a Europa está a ser a principal vítima de uma crise desencadeada nos EUA em 2008, a tal ponto que até o euro está a periclitar.
E não há razões económicas para isso, até porque a Europa no seu conjunto não apresenta grandes desequilíbrios. Mas de nada serve esta constatação.
Na realidade, a Europa não tem nem um sobreendividamento das famílias nem desequilíbrios externos que se comparem à situação real da economia dos EUA. Nem em termos de dívida pública.
A Europa até podia estar a superar esta crise de forma folgada, sem grandes problemas.
E não é o que está a acontecer. A Europa derrapa por todos os lados.
Porquê?
Porque deixou ir na água do banho uma das razões fortes da sua criação: a solidariedade entre países.
Há países de facto com problemas mas a Europa foi deixando andar e ainda não se entendeu no ataque à crise. Não criou mecanismos financeiros de defesa.
Para sair da crise é preciso que os países membros aceitem de uma vez por todas a necessidade evidente de pôr em comum mais dinheiro e mais poderes de decisão. Neste contexto, apesar dos tratados terem armadilhado a constituição rápida de novos mecanismos, há que superar essas restrições: perante uma crise há que ser ágil, há que romper.
Começa a ser demasiado claro que nenhum país por si só vai conseguir resolver a sua crise. Grécia, Portugal, Irlanda não vão poder pagar a dívida. E Espanha, Itália e outros se estiverem muito tempo debaixo dos holofotes dos ditos "mercados" acontecer-lhes-à a mesmíssima coisa.
O risco de não agir de forma solidária, pode ser a destruição.
Etiquetas: crise, Europa, novas políticas
Comments:
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Há um outro campo importantíssimo. A Europa se é um espaço agregador de países deve ter um modelo de desenvolvimento agregador. O que tem acontecido não é nada disso. Há um modelo imposto pelos grandes economias e que interessa só essas, com predomínio para a Alemanha. A integração europeia é exactamente o contrário.
A.C
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A.C
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