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2011-08-13

 

O 1º M de Portugal O chefe da missão do FMI dirigiu-se ao país

Poul Thomsen chefe da missão do FMI, andou por aí em inspeção para se certificar de que as decisões da tutela, a UE, o FMI e o BCE, estão a ser cumpridas à risca pela comissão administrativa que dá pelo nome de Governo de Portugal.

Feita a inspecção, num gesto de simpatia para com os autótones o 1º Ministro chefe da missão do FMI decidiu dar uma entrevista que correu pela TVI.
O representante da troica sem retirar o seu apoio aos tipos que fazem o papel de Governo de Portugal não deixou de lhes dar um puxão de orelhas. Avisou que o 

«Programa não pode ser cortes e mais cortes» a certa altura da sua comunicação ao país até se dignou gentilmente afirmar

«que está preocupado com um programa excessivamente austero. Se este programa for só cortes e mais cortes, cortes nas áreas orçamental e financeira, se não for sobre reformas estruturais para criar emprego e crescimento, então sim estou preocupado que o programa seja político e socialmente insustentável».

Muito elucidativa foi também a informação de que a troika «foi consultada a propósito do imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal» talvez para deixar bem claro que mesmo medidas extra para revelarem conduta de "bom aluno" não deixam de exigir autorização prévia.
Passos Coelho no seu afã de mostrar serviço à troica faz-me lembrar o régulo bom que, para revelar fidelidade, informa o capataz que além das chibatadas impostas pelo patrão ao pessoal da roça ele gostaria, por convicção, aplicar mais umas vergastadas.

(Mais sobre a entrevista do chefe da missão do FMI ver aqui.) 

Desculpem lá, mas não é demasiado humilhante, depois de impor um programa governativo a troica mandar um seu representante inspecionar o Governo e este dirigir-se ao país, pela televisão, permitindo-se um comportamento de verdadeiro capataz? Não é excessivo? Ou foi o próprio Governo, em pose de "bom aluno" que, no afã de ir para além do que manda a troica, teve o desplante de sugerir a ida de Poul Thomsen à televisão, falar ao país e opinar sobre o que vai bem ou vai mal na governação?

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Comments:
Indignação ou vergonha por ver a humilhação a que é sujeito um país "soberano". Isso passa-se com muita mais gente, mas não me parece que seja muito racional. Afinal, não deveriam os indígenas ter-se indignado e revoltado contra o regabofe que, se não justifica a totalidade do "problema" ajuda bastante? Não se aperceberam os tugas de que alguém tinha que pagar o roubo, nomeadamente do gang do BPN, a corrupção de dimensões galácticas expressa nas PPPs, na infinidade de "empresas" públicas/municipais, das auto-estradas onde não passa ninguém, da pulverização do Estado em IPs, Altíssimas Autoridades etc etc etc????. Claro que culpar os intentos hegemónicos protagonizados pela senhora Merckell inflama facilmente os brios patrioteiros mas comigo não pega. Os portugueses cederam à sereia capitalista/consumista entregando os governos a uma tropa fandanga de ladrões e pantomineiros, agora sofrem as consequências. Quando da questão BPN a direita entendeu que os culpados tinham sidos os "polícias" da esquadra do Constâncio, não os coitados dos pilha-galinhas do Oliveira, agora a esquerda e a direita acham que a culpa do endividamento não foi quem gastou sem se preocupar como pagar mas quem poupou e emprestou sem avaliar a capacidade do devedor, tá bem...

Tugês
 
Portugal dos pequeninos, dos encolhidinhos, dos merdinhas.
 
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