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2011-11-14

 

Europa, Euro e BCE

A Europa, se se distrai mais um pouco, um dia destes acorda sem euro.

Os novos primeiros ministros da Itália e da Grécia são muito competentes. Têm boa imagem, são pessoas bem vistas e com traquejo internacional. Mas representam o quê? Quem?

Se a Bélgica e a Espanha entrarem em rota de colisão com os mercados também põem lá uns tecnocratas? A Bélgica não precisa muito vai funcionando sem governo.

E se for a França? Tudo indica, já esteve mais longe. Até uma Agência de Rating equivocou-se, anunciando uma baixa de notação. Depois, corrigiu é um facto. Mas isto é tudo muito pouco claro e até estranho. Pode haver um engano destes ou antes é o preparar de terreno para os ditos mercados. A Srª Merkel tende a ficar sozinha.

Imaginemos que o Sr. Monti chega à conclusão que a Itália necessita de um plano de resgate.

Onde irá buscar financiamento?

A UE não tem mecanismos para acudir. Só mesmo o FMI. E mesmo este rapidamente tem de pensar em se reorganizar, abrir o capital, dando mais poder aos países emergentes, que esses têm capacidade de financiamento, se tomarem uma posição no FMI de acordo com o que ambicionam. Esta negociação impõe-se de forma urgente.

A Europa está em perda. Sem mecanismos e sem projecto de futuro. Com um BCE que é apenas meio banco central, porque não pode provisionar as economias com liquidez suficiente para o seu funcionamento e crescimento, a não ser que muito rapidamente mude o estatuto e com um FEEF que é um nado morto.

A visão curta do PM português face à visão mais europeia do PR enquadra-se nesta problemática.

Sem uma mudança de objectivos do BCE o fim da Europa não vai tardar.

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