Os Paraísos Ficais são paraísos mas é só para eles!
Somos educados no respeito por uma determinada ética, no apego a uma certa ordem moral. Não fazer batota com o dinheiro dos outros, com as nossas vidas, não vigarizar, não enganar, não roubar. Os valores da seriedade... E depois como aceitar que a ordem política, social e económica conviva, aceite, fomente, sirva-se da desonestidade, da vigarice, do roubo nas relações económicas, sociais e políticas?...
Já todos concluíram que estou a falar do governo de Vitor Gaspar/Cavaco/Portas/ Passos Coelho. Podia ser e com toda a propriedade mas não. Estou a falar dos OFF SHORES, onde se esconde o dinheiro dos negócios da droga, do tráfico de pessoas, os negócios de armas e o dinheiro limpo dos muito respeitáveis bancos de todo o mundo para encobrir negócios inconfessáveis, para fugir ao fisco através do qual os governos, que não fossem como o nosso, poderiam proceder à redistribuição da riqueza através da segurança social, da saúde e do ensino, nomeadamente.
Sei que não se pode responsabilizar este ou aquele governo por este repugnante estado de miséria moral em que assenta a nossa querida ordem democrática, dos direitos humanos, etc, porque só um governo (se não for o dos EUA) ou dois ou dez não conseguirão pôr fim aos offshores porque isso seria afrontar o poder estratosférico da alta finança. Mas, mesmo sem dar cabo do capitalismo, tarefa mais empolgante mas mais complicada, até por falta de um paradigma claro e mobilizador sucedâneo, acabar com os offshores está dentro do horizonte das metas possíveis. Quantos e quais dos políticos, nossos ou da UE ou do resto do mundo se batem por este mínimo de seriedade, de decência? Vamos exigir àqueles que estão aqui mais à mão que o façam. Vamos exigir-lhes que se batam pela sua honra. Nos governos, nos parlamentos, nas onus, aonde quer que estejam onde quer que vão.
Filhas de Zeus e Hera, segundo certas versões, Aglaia a mais jovem e bela, simboliza a inteligência, a intuição, a creatividade ;
Tália - é a musa da comédia e da poesia bucólica;
Eufrosina - simboliza o prazer e a alegria.
As Três Graças, para nosso prazer e felicidade, têm-nos acompanhado, pela mão dos artistas plásticos, desde a antiguidade grega e romana até aos nossos dias. Permanecem deusas, belas e inspiradoras mas os artistas têm-nas visto em tempos distintos com diferentes olhares:
Jesus Zaton
Nota: um clique dá às primeiras a grandiosidade da última.
Catroga quer que os cortes nas pensões sejam permanentes
Vai pelo Facebook uma onda de indignação, bem legítima, com as declarações de Eduardo Catroga em entrevista à Rádio Renascença:
“Ainda não foram feitos cortes permanentes e aí foi uma falha do Governo”. "O País não pode suportar estas pensões", Pelo que, em seu entender "o ajuste de salários e de prestações sociais à despesa que o Estado pode suportar é uma inevitabilidade."
Mas quem é o Sr. Catroga? É um antigo Ministro das Finanças de Cavaco Silva, principal obreiro do programa de governo de Passos Coelho, principal negociador pelo PSD do memorando da Troica. Ver aqui.
Não, não e não, caro leitor, não é das pensões da clique privilegiada que tem reformas como a dele que Eduardo Catroga fala, pois se fosse falaria muito bem. Eduardo Catroga fala dessas insuportáveis pensões dos 2 ou 3 mil euros para baixo e muito especialmente das pensões da "ralé" que é muita gente, dessa "gentinha" que tem pensões entre os 400 e os 1.500 euros e que é, certamente no seu entender, gente que manifestamente vive acima das suas possibilidades.
Quem fala assim sabe do que fala e é, sem dúvida, um Senhor de respeito. E qual é a reforma do senhor de respeito? É de 10.000 euros por mês. Mas continua a trabalhar. A trabalhar é como quem diz... a ganhar. O principal negociador, pelo lado do Governo de Passos Coelho, da privatização da EDP foi recompensado pelos ganhadores do negócio, com o cargo de presidente do Conselho Geral, e 53.250 euros por mês parair a 1 ou 2 reuniões mensais do Conselho Geral da EDP chinesa. Link .
Não
era totalmente inesperado este pedido feito através da Casa Civil da
Presidência da República a sua Santidade o Papa Francisco.
Em virtude do
falhanço escandaloso da reunião do Conselho de Estado, a "alavancar"
(uso este termo muito em voga para atrair os mercados) a ideia infeliz de
invocar em vão o Santo Nome de Nª Srª de Fátima a des propósito da 7ª
avaliação da tróica, Maria Cavaco Silva, depois de consultar a Casa Civil do
Presidente (a Casa Militar recusou-se a ser consultada porque está de relações
cortadas com Cavaco Silva) decidiu enviar uma embaixada a Roma a pedir uma
audiência a sua Santidade para que faça um exorcismo ao Presidente de Portugal
e esconjure o maligno que se apoderou de Aníbal Cavaco Silva.
O chefe da Casa
Civil da presidência da República está em alerta máximo, em Belém, na
expetativa da resposta do Papa Francisco, através da Curia Romana, porque se
trata de assunto nacional da máxima urgência visto que o país está prestes a
explodir de raiva contra este governo que se julgava ser de Portugal e afinal
se descobriu, depois das declarações de Lobo Xavier, na Quadratura do Círculo,
apesar de já haver certas desconfianças, que é um governo do invasor.
Os homens do Goldman Sachs no governo que pediu a intervenção estrangeira
Os portugueses que votaram no PSD/Passos julgaram que estavam a votar no partido de Sá Carneiro e na política que o candidato falsamente anunciava. Afinal votaram na política do Goldman Sachs, do Lehman Bothers, do Morgan Stanley e do BES.
Senão vejamos:
Numa entrevista à revista Sábado, esta semana, João Moreira Rato, presidente da Agência de Gestão do Tesouro e da Dívida(IGCP) dá-nos as pistas.
Fez tese de doutoramento em Chicago, na escola do neoliberalismo radical e segundo o próprio, tinha (e suspeito que mantém) uma visão exacerbada desta teoria monetarista cujo mais conhecido guru é Milton Friedman, o Nobel que se prestou a ir a Santiago ajudar Pinochet a aplicá-la no Chile.
E por onde é que andou o Sr João Rato antes de ir para o governo de Vitor Gaspar? Andou pelo Lehman Brothers que faliu e despoletou a grande crise nos EUA e abala a UE, pelo Morgan Stanley, pelo Goldman Sachs o banco através do qual a alta finança internacional mais ostensivamente controla governos nos EUA e na Europa, vide o caso de Mario Monti, ex- primeiro-ministro italiano, e Lucas Papademos, novo primeiro-ministro grego ambos importantes quadros do Goldman Sachs.
Aqui João Rato relacionou-se com Carlos Moedas e António Borges, outro elemento chave do govermo de Passos Coelho, encarregado de preparar a privatização das empresas essenciais ao funcionamento do país, EDP, REN, TAP, RTP, CTT, CP). Mas João Rato também se relacionou patrioticamente com bancos nacionais. De acordo com a entrevista criou um fundo de investimento a "NAU Capital" com dinheiro do BES, por exemplo.
Com esta rodagem nos "melhores bancos" da grande especulação financeira, com vocação para condicionar e infiltrar governos, João Rato revelou a sua apetência para a política e sacrificou mesmo um salário melhor por uns minguados 10.800 €, quase 2 vezes o ordenado de 1º M, apesar daquela decisão do Governo de limitar ao vencimento do 1ª M os ordenados destes empregados do Estado.
O sr. João Rato iniciou-se na política no Gabinete de Estudos do PSD a convite de Carlos Moedas mas esclareceu, o que julgo ter sido desnecessário, que não era social democra mas liberal.
Tendo dado boas provas, suponho que revelando-se um "exacerbado" fiel da escola de Friedman, Vitor Gaspar que é quem verdadeiramente define a política do governo convidou-o para presidente da IGCP.
Por tudo isto concluo como comecei: os portugueses que votaram no PSD/Passos julgaram que estavam a votar no partido de Sá Carneiro e na política que o candidato falsamente anunciava. Afinal votaram na política do Goldman Sachs, do Lehman Bothers, do Morgan Stanley e do BES.
A Alemanha é, também, um país de contrastes. É o país de Hitler mas também o país de Marx, é o país de Goebels e de Himmler, mas é também o país de Beethoven e de Einstein. E quanto à distribuição da riqueza e à sua evolução também há grandes contrastes? Vejamos:
1995 - 10% dos alemães mais ricos possuem 45% da riqueza privada do país.
2012 - 10% dos alemães mais ricos possuem 53% da riqueza privada do país.
1995 - 50% dos alemães menos favorecidos possuem 4% da riqueza privada do país.
2012 - 50% dos alemães menos favorecidos possuem 1% da riqueza privada do país.
Estes dados dão sustentação à tese de que, objetivamente, um operário ou um cidadão da classe média português tem interesses mais próximos dos de um operário alemão ou de um alemão da classe média do que de um banqueiro ou de um grande empresário português. E vice-versa. Mas frequentemente isso não é assim entendido pelos próprios. E, como se sabe, o nacionalismo, ao contrário do internacionalismo, assim como a demagogia e a mentira sistemática que hoje caracterizam o governo em Portugal tem o objectivo de obnubilar essa realidade.
Apesar das vantagens comparativas que a Alemanha tem obtido na gestão da crise desde 2008: taxas de juro baixíssimas e até negativas ou o menor desemprego das últimas décadas, já está a ser atingida pela política austeritária, uma verdadeira tara, que impôs à zona euro pois as suas taxas de crescimento já estão a convergir aceleradamente para zero.
Interessante é também constatar que os três estados federados mais ricos da Alemanha Baviera, Hesse e Baden Wurttemberg não querem que a sua riqueza seja compartilhada com o resto da Alemanha e querem que a legislação vigente seja alterada. Egoísmo idêntico ao da Catalunha ou do País Basco em Espanha. Eles são os Estados mais ricos e portanto os outros alemães que se danem.
Não, não estou a dizer bem Baden Wurttemberg não se solidarizou com os outros dois Estados ricaços e apoia a solidariedade nacional. Não por acaso o governo de Baden Wurttemberg é dirigido por um verde numa coligação Verdes/SPD e a Baviera e o Hesse são governados pela CDU da D. Merkel.
As BIG FOUR empregam 700.000 especialistas na fuga ao fisco
Na Alemanha, nas últimas décadas, o número de
funcionários das autoridades tributárias (Finanças), mal pagos, diminuiu 5%. Em
contrapartida o número de especialistas em otimização fiscal (leia-se fuga
legal aos impostos) aumentou 30% e o número de advogados fiscalistas (outro
tipo de especialistas na fuga ao fisco) aumentou 60% e são altamente
remunerados.
Mesmo que mais nada dissesse bem se percebe para
que lado têm andado as coisas.
Há 4 grandes empresas que detêm o grosso da atividade
de fuga aos fisco, uma atividade essencial ao mundo da alta finança
internacional. São conhecidas pelas BIG
FOUR: a Deloitte, a PriceWaterHouseCoopers, a Ernst & Young e a KPMG. Deloitte
Têm ao seu
serviço 700 mil especialistas, trabalham em 150 países e faturam 76,5
mil milhões de euros por ano.
Só no minúsculo Chipre têm ou tinham 2.500
especialistas. São seus clientes as maiores multinacionais. Por exemplo a
Deloitte tem a Vodafone ou a Microsoft, a Ernst & Young tem, p.ex. a
Google, a Aple, a Amazon, a Coca Cola.
A fonte é um estudo do alemão Walter Wullenweber que
o publicou, em 15 de Março deste ano, na revista Stern, um estudo em parte reproduzido no Courrier Internacional, origem destes dados.
Nesse estudo diz-se que as Finanças de países
como a Grécia, Chipre, Portugal ou Irlanda são incapazes de cobrar impostos às
grandes fortunas. Mas o exemplo poderia, se este alemão quisesse, alargar-se à
Alemanha. De facto um pouco adiante ele refere que na Alemanha desde 1960 os
impostos sobre salários, consumos energéticos ou sob a forma de IVA, isto é os
que atingem a população em geral, quase duplicou e os impostos sobre lucros,
isto é sobre o capital e portanto sobre as grandes fortunas, caíram 75% . É
obra!
Todas estas situações parecem paradoxais mas “esmiuçando”
percebe-se que não o são assim tanto.
Os estados e os governos querem cobrar o máximo
de impostos ou pelo menos todos os impostos que a lei estipula mas…nada se perceberá ou ganhará coerência se não se
perceber que a função dos estados e dos governos é disputada e influenciada por
forças contraditórias. Por um lado, pelo mundo do trabalho, por forças
democráticas, por grande parte do eleitorado e por outro pelo
mundo do capital, pelos bancos, gestores de fundos e fortunas, o mundo
financeiro em geral. Mas os campos não são perfeitamente delimitados. Os altos
salários estão em geral do lado do capital e o pequeno capital está, frequentemente, do
lado do trabalho. E quem detém a maior parte da influência, e frequentemente o
controlo dos governos salta à vista.
Aquele exército de 700.000 funcionários da fuga
ao fisco e os mil e um paraísos fiscais convivem em perfeita harmonia com os
governos e os Estados porque nestes prevalecem os interesses do capital e, em
particular, do capital financeiro.
Do ponto de vista ético esta situação é, para os
que não conhecem bem as leis que regem a sociedade, profundamente desmoralizadora
e obriga a olhar para os governos, especialmente os dos mais fortes países ou para
as organizações internacionais, EUA, Alemanha Japão, UE, ONU, etc como
entidades profundamente hipócritas, cúmplices dos multimilionários quando não da
ilegalidade e do crime.
Todos sabemos que as BIG FOUR e quejandas só
existem porque os parlamentos e os governos que fazem as leis fazem-nas
frequentemente sob o controlo dos juristas especializados na fuga ao fisco,
funcionários daquelas empresas ou de sociedades de advogados especializados no
mesmo objeto, como o bastonário da AO, Marinho Pinto ou o vice-presidente da Associação
Cívica Transparência e Integridade, Paulo Morais, além de outros, não se cansam de denunciar.
A fuga aos impostos em grande escala pelas grandes empresas, bancos e sociedades é uma forma da concentração da riqueza em cada vez menos cidadãos e uma forma de contrariar a redistribuição da riqueza pelo estado social que assim fica com menos meios para a educação, para a saúde para as reformas e demais medidas sociais.
Eis um muito oportuno artigo do Professor Valadares Tavares, publicado no Público de 2013-05-12, que oferece ao governo uma alternativa aos cortes nas pensões e revela, de caminho, a sua profunda ignorância e impreparação para governar. Mas não se trata só de ignorância e impreparação. O 1ºM, o MF e outro pessoal da sua entourage são uns crentes nos dogmas neoliberais, gente muito centrada nos seus interesses e que nutre um colossal desprezo pelos seus concidadãos que vivem do seu trabalho.
É urgente demitir o Governo e se o PR persistir no seu suporte para lá de toda a razoabilidade e decência então há que pressionar Cavaco a ir de B para B. É simples, é mudar-se de B para B. De Belém para Boliqueime. Mas temos que o ajudar. A começar com a manif a 25 de Maio, em Belém.
_____________
O Orçamento do Estado é, em
qualquer Estado moderno, o
seu principal instrumento de
governação, pelo que deve ser
preparado, verificado, negociado
e aprovado antes do início do
ano para que possa estruturar as
políticas e actuações governativas,
inspirar confiança nos mercados
e nos agentes económicos,
ajudando estes a planear os seus Í
investimentos e a programar as
suas acções.
......
Este
experimentalismo orçamental,
ainda por cima, novamente,
baseado em opções com elevada
probabilidade de virem a ser
consideradas inconstitucionais
por quem tem competência
para tal juízo - o Tribunal
Constitucional -, lança o país em
acrescida incerteza, aumentando
a sensação de insegurança em
todos os agentes económicos,
especialmente consumidores e,
por consequência, também nos
investidores já que estes planeian
os seus desenvolvimentos em
função da procura.
Como exemplo, cenarizar
novos cortes nas pensões, neste
caso do sistema público, e com
efeitos retroactivos (!), agudiza o
pânico em centenas de milhares
de consumidores que dispendem
a quase totalidade do seu baixo
rendimento disponível médio e
gera imediata retracção no seu
consumo. Ou seja, é a melhor
forma que o Governo podia
encontrar para acelerar a espiral
recessiva, aumentar o crescimem
do desemprego e retrair possíveis
investimentos futuros.
.....
Ora todas as análises
cornparativas feitas mostram que
o nosso sistema público é dos
mais complexos, pois inclui cinco
administrações públicas com
histórias, lógicas e quadros legais
e regulamentares bem distintos, a
Administracção Directa (direcões-
gerais), desenhada pela Reforma
de 1935, as Administrações
Regionais e Autárquicas, surgidas
nos anos 1970, a dos Institutos
Públicos (servigos e fundos
autónornos), muito expandida
nos anos 1980, a das Empresas
Públicas (década de 1990) e a das
parcerias público-privadas, já
deste século.
Eis por que quem nunca viveu
a experiência de administração
pública ou não a estudou tende
a formar percepções erradas
e a não conseguir controlar a
própria despesa tal como os factos
evidenciam. Talvez o melhor
exemplo deste desconhecimento
seja pensar que o principal
problema da despesa pública seja
o montante pago em salários e
em pensões quando aqueles já
estão aquém da média europeia
e abaixo dos 10%.Pelo contrário,
toda a soma das despesas
contratualizadas com outras
entidades (investimentos, bens,
serviços e consumos intermédios)
totaliza cerca de 17% do PIB, pelo
que gerar aí uma poupança de 10%
significa poupar quase 2% do PIB.
Infelizmente, esta componente
da despesa pública não tem vindo
a ser analisada ou controlada pois,
senão, como compreender que a
despesa com aquisições de bens
e serviços dos institutos públicos
tivesse aumentado mais de 10%
em 2012, no ano de todos os cortes
em salários e pensões, segundo
os próprios dados do Ministério
das Finanças?Ou compreender
o aumento de mais de 50%
desta rubrica na Administração
Regional da Madeira? Quais os
esclarecimentos do Governo sobre
este descontrole?
.......
Atendendo a que o primeiro-
ministro convidou à apresentação
de propostas alternativas ao corte
das pensões, aqui fica a primeira
sugestão: reduzir a despesa nas
aquisições de bens e serviços dos
institutos públicos, das regiões,
das empresas públicas em 10%,
o que irá gerar uma poupança
superior à necessária, potenciando
a contratação electrónicae
compensando os aumentos
inacreditáveis que ocorreram em
2011 e.2012.
___________________
Professor catedrátioo emérito
do IST, ex-presidente do INA
e presidente da APMEP.
O BANIF é o banco instrumento de Alberto João Jardim, para financiar campanhas eleitorais e toda a casta de negócios do cacique da Madeira.
Pois bem o Banif, agora liderado por pelo ex-ministro dos NE do PS, Luís Amado, estava falido mas foi salvo no último momento, em Dezembro, de 2012. Vitor Gaspar/Passos Coelho, o governo ao serviço da Tróica e dos banqueiros, injectou no capital do banco 1.100 milhões de euros e deu garantias do Estado para mais 1.150 milhões. Eis onde já está metade dos 4 mil e tal milhões que estes governantes querem arrecadar através de mais cortes nas pensões (parece que até retroativos), despedimentos na função pública, etc, etc. Tapem o nariz e vejam o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=OcxS1zYWJms
Este governo tem um ódio de estimação contra os funcionários públicos, pensionistas e reformados.
Para este governo, racionalizar a despesa de Estado equivale a cortar salários nos funcionários públicos, pensionistas e reformados apenas. Isto não é racionalizar é retirar poder de compra com todos os efeitos nefastos na economia
A dita reforma de Estado também entra na mesma situação, cortes e mais cortes de rendimento.Apesar dos "amuos" Passos/Portas aparentes é só teatro.
Salazar, enquanto ministro das finanças, também equilibrou as contas do país com metodologia algo parecida, mas teve mais ciência económica porque lançou algumas medidas de crescimento.
No entanto, mesmo na afã de cortar há uns corpos especiais, dependentes do Estado com estatuto privilegiado, designadamente na área da justiça e estes corpos especiais têm ministros que, em conselho de governo, se batem duramente na defesa desses estatutos.
Vejamos o artigo de hoje do Expresso sobre isso
Afinal só estes três ministros se batem na defesa dos seus trabalhadores, enquanto os outros ministros se batem pelo afundamento dos restantes. Porque não fui polícia, militar ou juiz?!
# posted by Joao Abel de Freitas @ 13:35 0 comments
2013-05-07
Os donos do BPN? Estão bem, obrigado.
No post anterior mostra-se algum do património milionário que os donos do BPN mantêm obtido (estudo da revista Visão de 4 de Abril passado) Agora apresentamos aqui os Senhores do BPN e suas fortunas. Mas neste património e nestas fortunas o Governo não pode tocar. Mas porquê? Ora porquê. Porque o governo é o governo destes portugueses. E vocemeçê, que tem uma pensão ou um salário de 300, 600, 1000, 2000 ou 5000 euros acha que é igual aos Senhores que ganham 50.000, 100.000, 200.000 por mês além de prémios anuais de 1 ou mais milhões, e auferem por ano, resultado de muito trabalho e inteligência 10, 20 ou 30 milhões em dividendos?
Vamos ver então a situação de alguma gentinha da SLN/Galilei dona do BPN que fez desaparecer 4 a 5 mil milhões de euros que os Srs Passos, Gaspar, Portas, Cavaco querem que sejamos nós a pagar.
Você caro leitor queixa-se que lhe roubam a pensão e a reforma, que o roubam com impostos e mais impostos, e taxas de solidariedade (solidariedade com os gangsters do BPN) que já o lançaram ou vão lançar no desemprego, na miséria e no desepero? Mas que quer você, este governo é o governo daqueles senhores e a ordem a que obedecem è à ordem da especulação financeira mundial. Acreditou nas promessas quando lhe pediram o voto? Pois há que tirar lições e vir para a rua. Só a rua pode ajudar a demitir este governo e se o PR o quiser proteger então só a rua pode ajudar à renuncia do PR.
Cheguei a
pensar que o governo, autoridades, em resumo, o poder, protegia os gangsters do
BPN mas que disfarçava com a desculpa de que ou tinham posto os bens no nome da
mulher (Oliveira e Costa) ou fugiram com a massa para os offshore ou para Cabo
Verde (Dias Loureiro). Assim... o que é que o governo, os tribunais, o Presidente
da República, podiam fazer? Mas não. O
governo que governa às ordens da alta finança nacional e internacional, às
ordens de Merkel e Schauble já nem tenta disfarçar. Os amigos,
colegas e vizinhos (na Coelha) do PR continuam por aí nos grandes negócios. Mas
com quem? Ora, ora com o Estado.
Estão
recordados que a SLN era a holding proprietária do BPN que roubou e delapidou
mais de 3,4 mil milhões de euros que agora todos nós (todos não, é claro),
estamos a pagar. A SLN entretanto travestiu-se de Galilei e a Galilei através
da sub-holdind Galilei Saúde já cobrou ao Serviço Nacional de Saúde 50 milhões
de euros de serviços que o Estado lhe encomendou. Mas a Galilei não deve ao
Estado 1.300 milhões de €? Deve e então? Ora são contratos não se pode fazer
nada. É o mercado, “stupid”. O Passos, o Gaspar, o Portas, o Moedas e o Borges sob
o olhar distraído de Cavaco estão atentos. É preciso não desiludir os mercados.
Vão recuperar a massa mas… despedindo 100 mil funcionário públicos na
legislatura, roubando as pensões e os salários a quem trabalha.
"É
insustentável o Estado alimentar negócios com empresas alegadamente ligadas a
um dos mais gigantescos casos de fraude no País, acarinhando e premiando os
seus autores" comentouJosé Manuel Silva
-Bastonário da Ordem dos Médicos.
A SLN/Galilei deve ao Estado 1.300 milhões que não
tem qualquer intenção de pagar tem um valiosíssimo património. Mas este Governo
não tem intenção de lhe exigir o
pagamento das dívidas. Está apostado em que lhas paguemos nós em vez deles.
Eis algum do
património da Galilei:
Notas:1) Fonte Visão de 2013-04-04. 2)Amplie com um clique.
# posted by Joao Abel de Freitas @ 11:23 0 comments
2013-05-01
Cavaco ele mesmo
Baptista Bastos mostra-nos Cavaco. Cavaco por dentro. Cavaco cavaco. Baptista Bastos é um artista da palavra e alia às suas qualidades literárias de grande jornalista e escritor uma larga cultura e uma madura experiência política. Por isso ele lê a alma deste homem que não merecíamos ter por presidente com a mesma facilidade com que eu leio os seus cintilantes artigos.
Como comprei o Público só pude observar este retrato que BB faz do PR por esta oportuna referência que o meu colega de blog (obrigado João Abel) aqui fez no post que antecede este. E para que a opinião de BB não a leve o vento com um previsível delete informático a prazo no DN aqui a registei.
Baptista - Bastos aponta algumas notas biográficas de Cavaco Silva muito pertinentes, porque caracterizam o homem da forma como ele é e sempre foi.
Conheci-o enquanto assistente do ISCEF. Era um autêntico serviçal do então Prof. de Finanças, um prepotente, de que Cavaco era assistente e ainda seu chefe na Gulbenkian.
Gente desta depois quando sobem na vida, querem instituir a matriz a que se sujeitaram. É exactamente o caso.
# posted by Joao Abel de Freitas @ 11:19 0 comments