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2013-12-21

 

"Austeridade": tirar aos pobres e dar aos multimilionários

A política de austeridade imposta na UE pela Alemanha a Portugal, e outros "países do sul" resume-se na essência a salvar os bancos e o sistema financeiro em geral à custa dos cidadãos suas vítimas. Mas não de todos os cidadãos. À custa principalmente dos mais pobres, poupando ou aumentando as fortunas dos mais ricos.
Aconselho-vos o livro de Mark Blyth, "A AUSTERIDADE - A História de uma ideia perigosa"  e como aperitivo o vídeo em http://youtu.be/E1Kzp5EVUWg.
Mark  Blyth calcula em cerca de 3 triliões de euros, à escala global, o buraco gerado pelo sistema financeiro internacional em consequência da sua desenfreada e aventureira ação de agiotagem, com as super alavancagens e a criação de produtos financeiros cada vez mais sofisticados e fora de controlo para sugar dinheiro.
A política de austeridade representa uma monstruosa transferência de riqueza dos que menos têm para os que têm mais e sem que sirva sequer os objetivos que oficialmente se propões atingir, antes agravando-os como se vê em Portugal, com a dívida do Estado a crescer a par do agravamento da austeridade e do empobrecimento.  
A política de austeridade imposta a Portugal pela Alemanha através da União Europeia, que controla, através do Eurogrupo que domina, através do BCE em que manda, está a levar o país aceleradamente ao desastre. Isso não seria possível se o governo de Passos Coelho/Paulo Portas amparado por Cavaco Silva não se tivesse assumido - traindo quem o elegeu - como representante dos credores, como defensor dos interesses dos "mercados". Se este governo legitimado pelo voto não tivesse perdido a legitimidade ao contrariar tudo o que prometeu se este governo não se tivesse revelado uma espécie de capataz de interesses estrangeiros, de Merkel, do FMI, dos credores e agiotas internacionais, a situação seria diferente apesar dos constrangimentos da União Europeia.  Apesar do contexto europeu adverso não é indiferente ter um governo que defenda Portugal e os portugueses ou um governo como o destes "cipaios" que querem ir além da Tróica, cujo sentido da dignidadede nacional é o de se colocarem ao nível dos empregados do BCE, da UE ou do FMI e de possivelmente aspirarem a uma confortável recompensa dos seus tutores logo que corridos pelos portugueses do governo.

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