2018-11-20
Bolsonaro, o submisso - perante Trump
Artigo
de Gleisi Hoffmann, senadora e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores
no jornal digital brasileiro BRASIL 247 em 19 de Novembro de 2018
****
O
governo de Jair Bolsonaro ainda nem começou e o povo brasileiro já está
sentindo os efeitos de sua total subserviência aos Estados Unidos. Foi de lá,
do Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo ultrarreacionário John
Bolton, que partiu o único elogio oficial ao rompimento do acordo para a
participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos.
Bolsonaro
praticamente expulsou os 8.500 médicos cubanos, que atendem quase 30 milhões de
brasileiros em localidades mais pobres e remotas, fazendo exigências descabidas
e ofendendo esses colaboradores voluntários, que vão aonde os médicos
brasileiros não estão presentes. São quase 3 mil municípios prejudicados pela
arrogância, pela ignorância e pelo preconceito ideológico.
A crise do Mais
Médicos é o primeiro sintoma do que pode acontecer ao Brasil em um governo
totalmente submisso ao Departamento de Estado dos EUA. Por trás de sua retórica
falsamente nacionalista está um “entreguismo” nunca visto na história do
Brasil. Esse agachamento do país se revela nas escolhas que ele faz para postos
estratégicos do futuro governo. O futuro chanceler Ernesto Araújo é um adorador
de Donald Trump, sem nenhum preparo para conduzir nossa política externa. Foi
uma escolha que contraria a rica tradição diplomática do Itamaraty. A exemplo
de seu chefe, Araújo não desceu do palanque. Ao invés de cuidar do país, faz
ataques levianos ao PT nas redes sociais, ofendendo diplomatas de estatura
mundial, como o ex-chanceler Celso Amorim. Só um irresponsável diria que vai
investigar “possíveis falcatruas” que ele sabe que não existem.
Mas não é só no
Itamaraty que as escolhas de Bolsonaro colocam o Brasil em posição humilhante.
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, operou a Lava Jato com procuradores
aliciados pelo Departamento de Justiça dos EUA, com claros interesses sobre o
mercado e a economia do Brasil.
O futuro presidente da Petrobrás, Roberto
Castello Branco, defende a privatização da estatal, o que só interessa aos
estrangeiros. Sem falar do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que pensa
até em vender o Banco do Brasil ao Bank of America. Faz jus aos Chicago Boys.
Nos governos do PT, construímos uma política externa ativa e altiva, que levou
o Brasil a ser respeitado mundialmente. Multiplicámos por quatro o comércio exterior,
ampliando as transações com a América Latina, com os BRICS, com o Oriente Médio
e a África, sem reduzir o volume de comércio com a Europa e os EUA. E isso foi
possível porque não falávamos grosso com a Bolívia nem falávamos fino com os
Estados Unidos. Como diz o presidente Lula, ninguém respeita quem não se dá ao
respeito.
Diferentemente de Bolsonaro, que nos acusa de ter ideologizado a
política externa, nenhum presidente ou chanceler do PT beijou a bandeira dos
Estados Unidos como fez o candidato eleito. Nossa bandeira é a do Brasil, de um
Brasil de todos e para todos, que defende a democracia, a convivência pacífica
entre os povos, a integração latino-americana, a cooperação com a África e o
diálogo multilateral entre os países. E é, principalmente, a bandeira de um
Brasil soberano, trabalhando pelo nosso povo e pela paz mundial.
Etiquetas: Bolsonaro, Brasil, Mais Médicos
2018-11-14
CUBA ABANDONA O PROGRAMA MAIS MÉDICOS, EM PROTESTO CONTRA BOLSONARO
Artigo de "Brasil 247"
"Em protesto contra o presidente eleito
no Brasil, Jair Bolsonaro, Cuba decidiu abandonar o programa Mais Médicos;
segundo o Ministério da Saúde cubano, Bolsonaro, "com referências diretas,
depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou
que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito
à Organização Pan-Americana da Saúde"; nos cinco anos do programa, os 20
mil médicos cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes; "mais
de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história", diz o
documento do governo cubano; leia a íntegra do documento
NESTES CINCO
ANOS DE TRABALHO, CERCA DE 20 MIL FUNCIONÁRIOS CUBANOS ATENDERAM MAIS DE
113 MILHÕES DE PACIENTES, EM MAIS DE 3.600 MUNICÍPIOS, CHEGANDO A COBRIR, COM
ELES, UM UNIVERSO DE ATÉ 60 MILHÕES DE BRASILEIROS, NA ÉPOCA EM QUE CONSTITUÍAM
88% DE TODOS OS MÉDICOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA. MAIS DE 700 MUNICÍPIOS
TIVERAM UM MÉDICO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA", DIZ O DOCUMENTO.
O futuro chefe do Executivo federal já
havia dito que iria expulsar os médicos cubanos do Brasil alegando que iria
instrumentalizar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos
por Instituições de Educação Superior Estrangeira, conhecido como Revalida.
O documento na íntegra:
O Ministério da Saúde Pública da
República de Cuba, comprometido com os princípios solidários e humanistas que
durante 55 anos têm guiado a cooperação médica cubana, participa desde seus
começos, em agosto de 2013, no Programa Mais Médicos para o Brasil. A
iniciativa de Dilma Rousseff, nessa altura presidente da República Federativa
do Brasil, tinha o nobre propósito de garantir a atenção médica à maior
quantidade da população brasileira, em correspondência com o princípio de
cobertura sanitária universal promovido pela Organização Mundial da Saúde.
Este programa previu a presença de
médicos brasileiros e estrangeiros para trabalhar em zonas pobres e longínquas
desse país.
A participação cubana nele é levada a
cabo por intermédio da Organização Pan-americana da Saúde e se tem
caracterizado por ocupar vagas não cobertas por médicos brasileiros nem de
outras nacionalidades.
Nestes cinco anos de trabalho, perto de
20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113.359.000 pacientes,
em mais de 3.600 municípios, conseguindo atender eles um universo de até 60
milhões de brasileiros na altura em que constituíam 88 % de todos os médicos
participantes no programa. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela
primeira vez na história.
O trabalho dos médicos cubanos em
lugares de pobreza extrema, em favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador
de Baía, nos 34 Distritos Especiais Indígenas, sobretudo na Amazônia, foi
amplamente reconhecida pelos governos federal, estaduais e municipais desse
país e por sua população, que lhe outorgou 95% de aceitação, segundo o estudo
encarregado pelo Ministério da Saúde do Brasil à Universidade Federal de Minas
Gerais.
Em 27 de setembro de 2016 o Ministério
da Saúde Pública, em declaração oficial, informou próximo da data de vencimento
do convênio e em meio dos acontecimentos relacionados com o golpe de estado
legislativo-judicial contra a Presidenta Dilma Rousseff que Cuba “continuará
participando no acordo com a Organização Pan-americana da Saúde para a
implementação do Programa Mais Médicos, enquanto sejam mantidas as garantias
oferecidas pelas autoridades locais”, o que até o momento foi respeitado.
O presidente eleito do Brasil, Jair
Bolsonaro, fazendo referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença
de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará termos e condições do
Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-americana da Saúde e
ao conveniado por ela com Cuba, ao pôr em dúvida a preparação de nossos médicos
e condicionar sua permanência no programa a revalidação do título e como única
via a contratação individual.
As mudanças anunciadas impõem condições
inaceitáveis que não cumprem com as garantias acordadas desde o início do
Programa, as quais foram ratificadas no ano 2016 com a renegociação do Termo de
Cooperação entre a Organização Pan-americana da Saúde e o Ministério da Saúde
da República de Cuba. Estas condições inadmissíveis fazem com que seja
impossível manter a presença de profissionais cubanos no Programa. Por
conseguinte, perante esta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública
de Cuba decidiu interromper sua participação no Programa Mais Médicos e foi
assim que informou a Diretora da Organização Pan-americana da Saúde e os
líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa.
Não aceitamos que se ponham em dúvida a
dignidade, o profissionalismo, e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com
o apoio de seus familiares, prestam serviço atualmente em 67 países. Em 55 anos
já foram cumpridas 600 mil missões internacionalistas em 164 nações, nas quais
participaram mais de 400 mil trabalhadores da saúde, que em não poucos casos
cumpriram esta honrosa missão mais de uma vez. Destacam as façanhas de luta
contra o ébola na África, a cegueira na América Latina e o Caribe, a cólera no
Haiti e a participação de 26 brigadas do Contingente Internacional de Médicos
Especializados em Desastres e Grandes Epidemias “Henry Reeve” no Paquistão,
Indonésia, México, Equador, Peru, Chile e Venezuela, entre outros países.
Na grande maioria das missões cumpridas,
as despesas foram assumidas pelo governo cubano. Igualmente, em Cuba
formaram-se de maneira gratuita 35 mil 613 profissionais da saúde de 138
países, como expressão de nossa vocação solidária e internacionalista.
Em todo momento aos colaborados foi-lhes
conservado seu postos de trabalho e o 100 por cento de seu ordenado em Cuba,
com todas as garantias de trabalho e sociais, mesmo como os restantes
trabalhadores do Sistema Nacional da Saúde.
A experiência do Programa Mais Médicos
para o Brasil e a participação cubana no mesmo, demonstra que sim pode ser
estruturado um programa de cooperação Sul-Sul sob o auspício da Organização
Pan-americana da Saúde, para impulsionar suas metas em nossa região. O Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde
qualificam-no como o principal exemplo de boas práticas em cooperação
triangular e a implementação da Agenda 2030 com seus Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.
Os povos da Nossa América e os restantes
do mundo bem sabem que sempre poderão contar com a vocação humanista e
solidária de nossos profissionais.
O povo brasileiro, que fez com que o
Programa Mais Médicos fosse uma conquista social, que desde o primeiro momento
confiou nos médicos cubanos, aprecia suas virtudes e agradece o respeito, a
sensibilidade e o profissionalismo com que foram atendidos, poderá compreender
sobre quem cai a responsabilidade de que nossos médicos não possam continuar
oferecendo sua ajuda solidária nesse país.
Havana, 14 de Novembro de 2018.
"Em protesto contra o presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro, Cuba decidiu abandonar o programa Mais Médicos; segundo o Ministério da Saúde cubano, Bolsonaro, "com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde"; nos cinco anos do programa, os 20 mil médicos cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes; "mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história", diz o documento do governo cubano; leia a íntegra do documento
NESTES CINCO ANOS DE TRABALHO, CERCA DE 20 MIL FUNCIONÁRIOS CUBANOS ATENDERAM MAIS DE 113 MILHÕES DE PACIENTES, EM MAIS DE 3.600 MUNICÍPIOS, CHEGANDO A COBRIR, COM ELES, UM UNIVERSO DE ATÉ 60 MILHÕES DE BRASILEIROS, NA ÉPOCA EM QUE CONSTITUÍAM 88% DE TODOS OS MÉDICOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA. MAIS DE 700 MUNICÍPIOS TIVERAM UM MÉDICO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA", DIZ O DOCUMENTO.
Etiquetas: Bolsonaro, Brasil, Cuba retira médicos
2018-11-06
MARIA CALLAS - " Norma: Casta Diva"
Farto de Bolsonaros, Trumps e outros que tais, ofereço-vos a insuperável MARIA CALLAS. Sei que houve outras divas do "bel canto" mas Callas... há que ouvi-la.
Deixo-vo-la aqui com esta belíssima ária, CASTA DIVA, da NORMA de Bellini.
" Norma es una de las cumbres del bel canto romántico y uno de los papeles más difíciles de todo el repertorio lírico del belcanto romántico y Casta Diva fue su aria emblemática"
Deixo-vo-la aqui com esta belíssima ária, CASTA DIVA, da NORMA de Bellini.
" Norma es una de las cumbres del bel canto romántico y uno de los papeles más difíciles de todo el repertorio lírico del belcanto romántico y Casta Diva fue su aria emblemática"
Etiquetas: Bellini., Casta Diva, Maria Callas, Norma
2018-11-05
Empresas pagam campanhas de "fake news" na eleição do PR do Brasil
Segundo a FOLHA de S. Paulo as empresas que foram contratadas para espalhar fake news na campanha eleitoral para PR no Brasil, por milhões de utilizadores das redes sociais e em especial de WatsApp são a Kickmobile Yacows Croc Services e SMS Market. Toda a informação aqui no link para a Gazetaonline
Etiquetas: Bolsonaro, fake news, Folha S. Paulo
2018-11-02
Assine a Petição da AVAAZ - pela LIBERDADE e pela DEMOCRACIA
É necessário que O
WhatsApp, aplicativo de mensagens do
Facebook, deixe de ser um
perigoso veículo de fake news, ao serviço
de interesses inconfessáveis, usado impunemente para
desinformar. Assinei a petição
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Etiquetas: Amazónia, Bolsonaro, Petição Avaaz, Trump