2018-11-20
Bolsonaro, o submisso - perante Trump
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O
governo de Jair Bolsonaro ainda nem começou e o povo brasileiro já está
sentindo os efeitos de sua total subserviência aos Estados Unidos. Foi de lá,
do Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo ultrarreacionário John
Bolton, que partiu o único elogio oficial ao rompimento do acordo para a
participação de médicos cubanos no programa Mais Médicos.
Bolsonaro
praticamente expulsou os 8.500 médicos cubanos, que atendem quase 30 milhões de
brasileiros em localidades mais pobres e remotas, fazendo exigências descabidas
e ofendendo esses colaboradores voluntários, que vão aonde os médicos
brasileiros não estão presentes. São quase 3 mil municípios prejudicados pela
arrogância, pela ignorância e pelo preconceito ideológico.
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Mas não é só no
Itamaraty que as escolhas de Bolsonaro colocam o Brasil em posição humilhante.
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, operou a Lava Jato com procuradores
aliciados pelo Departamento de Justiça dos EUA, com claros interesses sobre o
mercado e a economia do Brasil.
O futuro presidente da Petrobrás, Roberto
Castello Branco, defende a privatização da estatal, o que só interessa aos
estrangeiros. Sem falar do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que pensa
até em vender o Banco do Brasil ao Bank of America. Faz jus aos Chicago Boys.
Nos governos do PT, construímos uma política externa ativa e altiva, que levou
o Brasil a ser respeitado mundialmente. Multiplicámos por quatro o comércio exterior,
ampliando as transações com a América Latina, com os BRICS, com o Oriente Médio
e a África, sem reduzir o volume de comércio com a Europa e os EUA. E isso foi
possível porque não falávamos grosso com a Bolívia nem falávamos fino com os
Estados Unidos. Como diz o presidente Lula, ninguém respeita quem não se dá ao
respeito.
Diferentemente de Bolsonaro, que nos acusa de ter ideologizado a
política externa, nenhum presidente ou chanceler do PT beijou a bandeira dos
Estados Unidos como fez o candidato eleito. Nossa bandeira é a do Brasil, de um
Brasil de todos e para todos, que defende a democracia, a convivência pacífica
entre os povos, a integração latino-americana, a cooperação com a África e o
diálogo multilateral entre os países. E é, principalmente, a bandeira de um
Brasil soberano, trabalhando pelo nosso povo e pela paz mundial.
Etiquetas: Bolsonaro, Brasil, Mais Médicos