2020-05-28
Portugal e a escravidão no Brasil
2020-05-20
Banksters - Marc Roche e o BES ...
Banksters - Banqueiros-gangsters
Marc Roche é que não está com paninhos quentes e trata Ricardo Salgado como banqueiro gangster, um dos maiores gangsters da banca. Vejam o que diz aqui neste video!!
Marc Roche é um jornalista belga especialista em assuntos financeiros, colaborador regular do Le Monde, The Independent, The Guardian, e outros jornais. Desde a crise financeira de 2008, publicou três livros sobre o capital financeiro.
Etiquetas: Marc Roche, Ricardo Salgado
Moscow Nights - Anna Netrebko e Dmitri Hvorostovsky
Lusa 2017/11/22
Dmitri Hvorostovsky nasceu na cidade de Krasnoyarsk, na Sibéria, desenvolveu
uma carreira de renome desde a década de 1980, depois de escapar a uma vida nas
ruas, enquanto adolescente, e de conseguir ultrapassar um problema com o álcool
que podia ter posto fim a um percurso aplaudido pela crítica e pelo público … como
recorda o New York Times. Em 1989, venceu a competição internacional
de canto lírico, em Cardiff, no Reino Unido, batendo o barítono Bryn Terfel.
Segundo a biografia patente no site
oficial, Hvorostovsky foi o primeiro cantor de ópera a realizar um concerto a
solo com orquestra e coro na Praça Vermelha, em Moscovo, que foi transmitido em
mais de 25 países.
Em Maio de 2017, apresentou-se na
Metropolitan Opera Gala, em Nova Iorque, onde surpreendeu o público presente
com uma aparição inesperada em palco, para cantar Cortigiani, vil razza
dannata, do Rigoletto, de Verdi. … Em Junho, actuaria pela
última vez, em Krasnoyarsk, a sua cidade natal.
O barítono russo Dmitri Hvorostovsky morreu esta
quarta-feira, em Londres, onde vivia, depois de ter sido diagnosticado com um
tumor cerebral em 2015, que o levou a abandonar os palcos meses antes da morte.
Tinha 55 anos.
Considerado um dos mais relevantes cantores de ópera
da sua geração, Hvorostovsky encabeçou peças nas maiores salas do mundo, tendo
passado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde cantou
repertório de câmara de compositores russos, como os ciclos The Nursery e Songs
and Dances of Death, de Modest Mussorgsky.
… O porta-voz da presidência russa,
Dmitry Peskov, classificou o barítono um “tesouro da cultura russa e mundial”.
O
crítico britânico Norman Lebrecht, da BBC3, recordou esta quarta-feira o
barítono russo, como “o melhor Eugene Onegin da actualidade, o Don Giovanni
mais sensual e o dominante Rigoletto”, numa referência às suas interpretações
dos protagonistas de Tchaikovsky, Mozart e Verdi.
Anna Netrebko é uma soprano russa bastante
conhecida e admirada pela sua voz. Nasceu em Krasnodar, no sudoeste da União Soviética em 18 de
setembro de 1971 numa família de origem cossaca de Kuban. Quando ainda era
estudante no Conservatório de São Petersburgo, Anna trabalhava como porteira no
Teatro Mariinsky, de São Petersburgo.
Mais tarde, ela fez o teste para o Mariinsky Theatre, onde o maestro Valery Gergiev reconheceu-a de seu trabalho anterior no teatro. Em seguida, ele se tornou seu mentor vocal. Sob a orientação de Gergiev, Netrebko fez sua estreia nos palcos de ópera no Mariinsky, aos 22 anos, como Susanna em Le nozze di Figaro. Ela passou a cantar muitos papéis de destaque com a Opera Kirov, incluindo Amina em La sonnambula, Pamina em Die Zauberflöte, Rosina em Il Barbiere di Siviglia, e Lucia em Lucia di Lammermoor.
2020-05-11
Padre Anselmo Borges sobre Fátima
Padre Anselmo Borges: “É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima”
Anselmo Borges, padre da Sociedade Missionária Portuguesa, falou ao Expresso a propósito do lançamento do seu novo livro, “Francisco: Desafios à Igreja e ao Mundo”
CHRISTIANA MARTINS
Pertenço por convicção à Igreja Católica e procurei ser leal, mas há duas questões fundamentais. A primeira é que Deus é amor. A outra tentativa de definir Deus surge no Evangelho segundo São João: no princípio era o logos, a razão, e Deus é razão. Para mim, se Deus é razão, devemos estar na Igreja com dimensão crítica. E se a fé não deriva da razão, à maneira das ciências matemáticas, para ser humana, não a pode contradizer.
O livro é um alerta para situações com as quais não concorda?
Exatamente. Há uma crítica para dentro da Igreja, seguindo alertas que vêm do Papa Francisco. Porque este Papa é cristão no sentido mais radical, não é apenas batizado, ele segue Jesus. E quando olhamos para a Igreja, nem sempre vemos um verdadeiro discipulado de Jesus. Assistimos a uma hierarquia que frequentemente vive na ostentação, que não se bate pelos direitos humanos, que têm de ser praticados dentro da Igreja. Depois do Concílio Vaticano II, a primavera da Igreja, veio o inverno, que teve uma expressão dramática na condenação de teólogos.
As pessoas gostam dele, ele faz o que Jesus fazia, é amor.
Jesus opôs-se à religião estabelecida, foi crucificado por ter sido condenado, em primeiro lugar, pela religião oficial. Foi condenado como blasfemo e subversivo. E o Papa Francisco, se não tivesse operado ruturas, não tinha tanta oposição de alguns cardeais.
O que mais noto aqui é que o Papa Francisco não está vivo e operante, em primeiro lugar, na hierarquia católica. Diria até que há mais simpatia para com ele fora da Igreja.
Fátima é um caso muito especial de religiosidade. A Igreja oficial tenta enquadrar Fátima, mas as pessoas vão lá com uma devoção particular.
Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma. Não me repugna, contudo, que as crianças, os chamados três pastorinhos, tenham tido uma experiência religiosa, mas à maneira das crianças e dentro dos esquemas religiosos da altura. É preciso também distinguir aparições de visões. É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima. Uma aparição é algo objetivo. Uma experiência religiosa interior é outra realidade, é uma visão, o que não significa necessariamente um delírio, mas é subjetivo. É preciso fazer esta distinção. E por isso digo que é necessário evangelizar Fátima, ou seja, trazer uma notícia boa. Porque mesmo para aquelas crianças, aquela não foi uma notícia boa: que mãe mostraria o inferno a uma criança?
Já não se veem pessoas a arrastarem-se e a sangrarem.
Sim, felizmente.
Em primeiro lugar, porque é profundamente devoto de Maria. Sabe porque há tanta devoção a Maria na Igreja? Porque a presença feminina é muito reduzida. As mulheres têm de gostar de Jesus — mesmo que se deem mal com a Igreja oficial e têm razões para isso — porque ele teve mulheres como discípulas e foi uma figura central da emancipação feminina, embora a Igreja seja completamente masculina — Pai, Filho e Espírito Santo — e uma menina faça a socialização religiosa sempre no masculino.
Estou convicto de que fará um discurso de dimensão mundial, um grande apelo à paz. Deverá apelar ao diálogo inter-religioso e a que católicos pratiquem o Evangelho.
Qualquer pessoa fica. São, outra vez, os vendilhões do templo, o pior da religião.
O Papa criou um grupo para estudar a possibilidade de as mulheres serem diaconisas, o que causou um grande abalo. Ele herdou uma Igreja profundamente hierarquizada e tem de pisar o terreno com cuidado, o que tem feito com coragem. É jesuíta e sabe o que significa o poder e a eficácia. Não pode causar um cisma.
Homens casados porque a Igreja é misógina! É a última instituição, verdadeiramente global, que é machista. É também a última monarquia absoluta. Acredito que ainda veremos o Papa Francisco ordenar homens casados, mas também terá de resolver o problema da participação dos leigos e o problema das mulheres. O celibato é uma questão de bom senso, temos de ser pragmáticos. Não há padres suficientes e há leigos, casados, que, ordenados, exerceriam um excelente papel como coordenadores das comunidades cristãs. No primeiro milénio da Igreja não havia celibato. Aquilo que hoje constitui escândalo não o é, se olharmos a origem.
A Igreja não pode impor como lei aquilo que Jesus entregou à liberdade e, por isso, sou partidário do fim ao celibato obrigatório. À frente das comunidades é possível ter leigos, que podem ficar durante um período limitado. Não se percebe porque um bispo, mesmo que incompetente, fique para sempre. Alguns vão sempre optar pelo celibato, serão os coordenadores dos coordenadores. Mas serão muito poucos. É preciso acabar com as vidas duplas.
Está estudado, se há na população cerca de 8% de homossexuais, na Igreja deverá ser um pouco mais porque muitos entraram no contexto de repressão da sexualidade, para tentarem resolver um problema, mas não vejo razão para serem excluídos. E se assumiram o compromisso da castidade, devem segui-lo como os outros.
Já não é possível esconder a realidade e o Papa chama as coisas pelos nomes. O Evangelho diz que a verdade libertar-nos-á.
Já tive problemas, hoje não.
Não gostavam do que eu dizia, mas eu também não gosto do que dizem.
Nunca quis, aliás, se quisesse, não podia ser livre, e esse é o problema a que o Papa tanto se opõe, o carreirismo. O único pecado que tenho é o de não ser suficientemente cristão, talvez não dê suficiente atenção às pessoas. O resto, pensar de maneira diferente? Ainda bem. Na Igreja tem de haver liberdade de pensar e interpretar.
Comunguei das mãos de uma pastora anglicana em Londres. Não me causou inquietação.
Mais do que isso. Um homem, uma figura pública que eu não conhecia, convidou-me para jantar e disse que iria casar-se no dia seguinte e queria que eu lhe abençoasse as alianças, porque não podia casar pela Igreja. Fui ao casamento, estive lá com eles.
Em 1967, havia ainda a ebulição do Vaticano II. Sou filho desta primavera.
O que sentiu?
Etiquetas: Fátima, Padre Anselmo Borges, Papa Francisco
2020-05-09
O 1º Ministro sabe quase tudo
O Governo, fiel aos acordos relativos ao Novo Banco, fiel a Bruxelas e à banca internacional, foi ao nosso dinheiro e deu 750 milhões de euros à Lone Star, um fundo privado norte-americano do predador multimilionário John Grayken dono de 75% do Novo Banco.