2015-04-15
Fiquem agora a saber o que é uma LOIRA EM MOVIMENTO!
Desde Bertolt Brecht que tínhamos uma "Mãe Coragem" e agora temos também uma "Filha Coragem" ou uma "Miúda Coragem". Com um salto a preceito e um grito bem gritado "Parem a ditadura do BCE" derrubou Draghi e paralisou Constâncio.
“End the ECB dick-tatorship” (“Acabem com a ditadura do BCE”, em que a palavra dick remete também para "idiotas" ou "pénis") gritou várias vezes uma manifestante que lançou um monte de "confetti" para o ar durante uma conferência do BCE. Mario Draghi (presidente do BCE) e Vítor Constâncio (vice-presidente do BCE) não conseguiram esconder um ar assustado perante este protesto pacífico.www.publico.pt/n1692479
Posted by Público on Quarta-feira, 15 de Abril de 2015
Mulher voadora derruba o BCE
Depois disto o BCE passa a ser obrigado - espero eu - a emprestar directamente aos Estados em vez de emprestar aos bancos privados para estes emprestarem aos Estados e assim sacarem injustamente milhões e milhões ao contribuinte, em juros. (Artigo 123º do Tratado de Lisboa)
"PAREM A DITADURA DO BCE" grita a MULHER. E assim reduz a nada o preconceito acerca das LOIRAS.
E como ela salta !! - ASSALTA - o BCE
Como uma miúda derruba o BCE. Ah ganda mulher
O Constâncio também está todo acagaçado
PAREM A DITADURA DO BCE, PAREM A DITADURA DO BCE, PAREM A DITADURA...
Agora foi assim mas para a próxima levam mais
Ganhei, ganhei sim senhor, seus grandes parvalhões. E têm que me levar ao colo. Parem a ditadura da austeridade.
2015-04-14
A Islândia pondera tirar aos bancos o poder de criarem dinheiro do nada
Não sou especialista em finanças e de MOEDA sei apenas o que tenho lido por aí. E o que tenho lido é que...(ver aqui em baixo, a seguir aos extratos do artigo sobre a Islândia)
Islândia pondera tirar aos bancos o poder de criarem dinheiro.
- Artigo de Sérgio Aníbal no Público de ontem -
Imaginemos um caso simples: o banco XPTO possui 10 mil milhões de euros. Está autorizado, a emprestar até 90 mil milhões. Autorizado por leis feitas a seu mando ao longo da história do capitalismo, pois são eles que efetivamente condicionam, isto é, mandam, nos governos que elegemos, Imaginemos que emprestam esse dinheiro por dez anos, a uma taxa de 5% ao ano.
O banco, isto é, os capitalistas donos dos bancos, passam a ganhar por ano, em juros, de dinheiro que não possuem, de dinheiro que tiraram da cartola com um truque de magia, 4.500 milhões de euros, dos quais, digamos, 10% ou seja 450 milhões são para pagar aos funcionários, a renda das instalações, despesas de funcionamento e ainda, digamos, uns 50 milhões, 1%, no nosso exemplo, para remunerar principescamente os membros do conselho de administração, os seus empregados de luxo e cúmplices nestas artes mágicas do capitalismo financeiro.
Islândia pondera tirar aos bancos o poder de criarem dinheiro.
- Artigo de Sérgio Aníbal no Público de ontem -
« A Islândia foi um dos países que mais sofreu com o facto de ter deixado o seu sector bancário crescer descontroladamente. Por isso, não surpreende que agora seja nesta ilha de 300 mil habitantes conhecida por não ter medo de inovar que se esteja a ponderar a reforma mais radical do sistema financeiro. Uma reforma que foi apresentada por uma comissão parlamentar a pedido do primeiro-ministro islandês e que retiraria aos bancos o poder de criar dinheiro, fazendo-os recuar para um tipo de funcionamento que já não conhecem desde o século XIX.
A primeira coisa que é preciso perceber para compreender o alcance daquilo que está a ser ponderado na Islândia é que os bancos comerciais, e não somente os bancos centrais, têm desde o final do século XIX o poder de criar mais ou menos dinheiro. É verdade que são os bancos centrais que emitem as notas e as moedas. Mas, os bancos comerciais, quando decidem fazer um empréstimo a uma empresa para esta investir ou quando financiam alguém a comprar uma casa, fazem na prática com que mais dinheiro entre em circulação na economia.
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« Já nos anos 30 do século passado, depois da Grande Depressão, um grupo de economistas norte-americanos liderado por Irving Fisher tinha feito a mesma proposta de passar para o Estado todo o poder de criar dinheiro.
No ano passado, o colunista do Financial Times, Martin Wolff tinha defendido o mesmo tipo de estratégia, acrescentando que tal daria ainda aos Estados uma enorme fonte de receitas, que lhes daria espaço de manobra para reduzir a carga fiscal.
...
« O debate teórico em relação a esta matéria promete ser cada vez mais animado depois do aparecimento desta proposta. Mas como em muitos outros casos, dificilmente conduzirá a uma conclusão definitiva. Será que a Islândia e os seus 300 mil habitantes estão dispostos a passar esta ideia à prática e servir de experiência viva para os outros países? »
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NOTA: Sobre o funcionamento dos bancos e como é criada a moeda nem a escola nem a comunicação social diz uma palavra e assim é porque não convém que o ZÉ PAGA TUDO saiba afinal aquilo que só deve ser conhecido por que tem dinheiro suficiente para criar um banco e pelos seus empregados de luxo, nossos concidadãos de muito alimento e cujos bons serviços são pagos acima dos 100 mil euros mensais entre remuneração fixa (não cai bem designar por salário o que é ganho por estes senhores ) prémios, prebendas, cartões, férias...
Os bancos estão autorizados, de acordo com certas regras, variáveis de país para país, a emprestar dinheiro que criam, registando-o nas suas contas, no momento do empréstimo. Com esse dinheiro criado do nada ganham milhões em juros que são pagos indiretamente por toda a população.
Os bancos estão autorizados a emprestar até 9 vezes (ou 20 ou 30 conforme os países, a época ou falta de regulamentação e controlo) o dinheiro que possuem, o seu capital social, depositado no Banco Central.
Por outro lado os bancos estão autorizados a emprestar, aqui e agora, 90% do dinheiro que cada cliente lá deposita, ganhando com o dinheiro alheio, um jurozinho igual à diferença entre o juro que cobra a quem empresta e o juro que paga ao Zé depositante pelo dinheiro que lá depositou, sem lhe pedir autorização para tal.
Os bancos estão autorizados a emprestar até 9 vezes (ou 20 ou 30 conforme os países, a época ou falta de regulamentação e controlo) o dinheiro que possuem, o seu capital social, depositado no Banco Central.
Por outro lado os bancos estão autorizados a emprestar, aqui e agora, 90% do dinheiro que cada cliente lá deposita, ganhando com o dinheiro alheio, um jurozinho igual à diferença entre o juro que cobra a quem empresta e o juro que paga ao Zé depositante pelo dinheiro que lá depositou, sem lhe pedir autorização para tal.
Imaginemos um caso simples: o banco XPTO possui 10 mil milhões de euros. Está autorizado, a emprestar até 90 mil milhões. Autorizado por leis feitas a seu mando ao longo da história do capitalismo, pois são eles que efetivamente condicionam, isto é, mandam, nos governos que elegemos, Imaginemos que emprestam esse dinheiro por dez anos, a uma taxa de 5% ao ano.
O banco, isto é, os capitalistas donos dos bancos, passam a ganhar por ano, em juros, de dinheiro que não possuem, de dinheiro que tiraram da cartola com um truque de magia, 4.500 milhões de euros, dos quais, digamos, 10% ou seja 450 milhões são para pagar aos funcionários, a renda das instalações, despesas de funcionamento e ainda, digamos, uns 50 milhões, 1%, no nosso exemplo, para remunerar principescamente os membros do conselho de administração, os seus empregados de luxo e cúmplices nestas artes mágicas do capitalismo financeiro.
Quando ao fim de 10 anos os 90 mil milhões forem pagos ao banco este, tal como os criou do nada, devolve-os ao nada, anula no balanço o registo que os tinha criado. Anula-os como? queima as notas? Não, risca o valor no sistema informático, no folha excel. As voltas que os 90 milhões deram não necessitaram de notas em papel nem moedas em cobre a não ser numa quantidade mínima. É tudo registo informático, cheques, pagamentos por multibanco, etc. Entretanto os 40 mil milhões de juros obtidos em 10 anos que sobram após o pagamento do funcionamento do banco vão para o bolso dos seus donos, a nobreza embuçada dos nossos dias. Nobreza nem mais nem menos reles que a outra a nobreza de sangue, a diferença é que a antiga exibia a riqueza e poder para assustar e assim se defender e dominar e esta esconde tudo porque a plebe foi organizando revoluções e ganhando força neste meio tempo.
Que remédio para este roubo institucionalizado permitido aos multimilionários donos de um banco? Talvez aquilo que a Islândia vai fazer. Ou com a nacionalização dos bancos. E com governos que não governem às ordens dos antigos donos dos bancos nacionalizados.
Conclusão: é necessária muita luta e muita determinação para se ir desfazendo a ordem rapace tricotada ao longo de séculos pelas elites do dinheiro. E será possível? A História diz-nos que sim. Há 500 anos Portugal era o país mais escravocrata da Europa e em Lisboa e noutras cidades 10% da população era escrava e foi possível acabar com a escravatura.
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O artigo completo sobre a Islândia está aqui e também aqui para o caso de desaparecer dali.
Que remédio para este roubo institucionalizado permitido aos multimilionários donos de um banco? Talvez aquilo que a Islândia vai fazer. Ou com a nacionalização dos bancos. E com governos que não governem às ordens dos antigos donos dos bancos nacionalizados.
Conclusão: é necessária muita luta e muita determinação para se ir desfazendo a ordem rapace tricotada ao longo de séculos pelas elites do dinheiro. E será possível? A História diz-nos que sim. Há 500 anos Portugal era o país mais escravocrata da Europa e em Lisboa e noutras cidades 10% da população era escrava e foi possível acabar com a escravatura.
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O artigo completo sobre a Islândia está aqui e também aqui para o caso de desaparecer dali.
Etiquetas: emissão de moeda. Islândia., Moeda
2015-04-08
Quem é afinal esse perigoso Yanis Varoufakis que atormenta os nossos queridos governos?
A revista Courrier Internacional deste mês traz um artigo intitulado "O teórico dos jogos que conduz a revolta dos académicos", excertos de um trabalho de James Bone, da revista londrina Prospect, datado de 2015-02-19, que aqui mais abaixo, através de "digitalizados" da revista, reproduzo e nos revela a natureza do "abominável" ministro das finanças grego.
YanisVaroufakis (54 anos) com a mulher Danae Stratou, (50) em sua casa. Uma das célebres fotos do Paris Match muito criticada pelos filisteus do "establishment" troicano porque um "perigoso esquerdista" devia viver num bairro social pobrezinho e com uma mulher feia.
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Yanis Varoufakis é o porta estandarte de um governo de ilustres académicos e cientistas: seis economistas, um matemático, um professor emérito de Filosofia, um professor de Direito e outro de Relações Internacionais. « É o gabinete com maior formação académica da Europa» diz o artigo do Courrier Internacional. Por outro lado Varoufakis tem um currículo invejável com obra de referência publicada e foi professor em universidades do Reino Unido, dos Estados Unidos, da Grécia e da Austrália. Ora isso além de um perigo é uma ofensa para os borgessos que governam a Europa e em especial os que governam a infeliz Lusitânia.
Etiquetas: Grécia., Syrisa, Varoufakis
2015-04-06
Teixeira dos Santos ministro das Finanças de Portugal ou dos Bancos?
Teixeira dos
Santos esteve hoje na TVI a explicar como, na qualidade de ministro das
finanças, traiu o 1º M José Sócrates, a conselho dos bancos e por convicção
própria. Submeteu assim o país à humilhante e dramática intervenção da troica.
O 1ºM dizia que não queria governar com o FMI cá dentro a mandar. Passos Coelho
em nome da facção neoliberal do PSD, punha-se em bicos de pés, oferecia-se aos
credores e aos mercados e ufano, anunciava "eu governo com o FMI! Eu
governo com o FMI !!". E governou e governa. Para o FMI, para o BCE e para a UE às ordens da
Alemanha de Merkel. Com a ajuda do PSD, do CDS e o apoio do PCP e do BE que
chumbaram o voto de confiança no Parlamento.
Pode-se
dizer que o PEC IV não levaria a lado nenhum e que a troica era inevitável. Não
se sabe. É mera presunção da direita e dos que se comprometeram com ela.
Poder-se-ia dizer o mesmo de Espanha que estava em condições idênticas às de Portugal.
Mas a Espanha não tinha lá um Passos Coelho e um Portas ansiosos por governar
mesmo que às ordens do FMI e... não quis a troica.
Teixeira dos
Santos veio à TVI dizer como trocou a sua obediência ao 1º M pela obediência à
banca (e à sua consciência !) que é suposto não terem ido a votos para governar Portugal. E como se sabe
a agiotagem financeira confunde os interesses do país com os interesses dos
oligarcas donos dos bancos e com as remunerações dos seus administradores
acima, sempre acima, "Deus é grande", dos 100 mil euros mensais.
Etiquetas: FMI., Teixeira dos Santos, Troica
2015-04-04
Silva Lopes: o oposto deste Governo e deste PR
Agora que Silva Lopes morreu e já não pode continuar a fustigar as políticas do governo e do
presidente da República estes querem beneficiar do seu prestígio celebrando o
grande economista e a sua obra.
Revisitemos algumas
das suas opiniões que Cavaco e Passos gostariam de esquecer:
Jornal de Negócios 2013-11-12: “O Acordo da troika tem sido um falhanço
completo”
O economista
critica o entusiasmo gerado em torno dos números do desemprego e das
exportações e defende que as políticas de austeridade não conduziram Portugal a
lado nenhum.
“É um ciclo
vicioso de austeridade. O governo e a troika não querem reconhecer
esse ciclo vicioso…”,
... Quanto ao
desemprego, confessa, “fico pasmado em se ter festejado”, já que acredita que a
descida do desemprego deve-se sobretudo ao aumento do número de portugueses que
“foram procurar trabalho lá fora”.
__________
Jornal de Negócios
2013 06 07: José da Silva Lopes,
numa conversa sobre as dificuldades do País. "Se tivesse poder, acabava com os
paraísos fiscais, criava um orçamento federal e punha o BCE a fazer
o mesmo que a Reserva Federal."
_________________
“Dinheiro
Vivo, [2013-03-16] O ex-ministro das Finanças [Silva Lopes] diz que “não vê
mal nenhum” que as
pensões elevadas possam sofrer um corte de 90%. [falava daquelas
acima dos 20 e 30 mil €/mês.] “Sou a favor de grandes cortes nas pensões. E por
mim gostaria muito, …”, afirmou Silva Lopes, assinalando que esta posição vai
“contra o meu próprio interesse”.
“O ex-ministro das Finanças critica
Filipe Pinhal, pelo facto de o ex-presidente do BCP
classificar de “extorsão” o corte na sua pensão.” Extorsão é o rendimento que
lhe atribuíram. Quando se atribui a um tipo um rendimento de 20 ou 25 mil euros
num país onde há gente que tem reformas de 400 euros, isso não é extorsão?
Claro que é extorsão”, referiu.
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Silva Lopes DENUNCIA A CORRUPÇÃO E A GRANDE
DESIGUALDADE
«O ex-ministro afirmou também que
Portugal é "um país profundamente
desigual".»
"Temos um dos níveis de
desigualdade maiores da Europa … e principalmente não temos organizações nem
instituições para combater estes problemas", declarou Silva Lopes.
"Vemos
a corrupção campear em frente por aí e não se ataca como deve ser. “…Cá
damos liberdade a todos os delinquentes", disse, acrescentando que
"fomos longe demais nessas coisas, na protecção dos delinquentes". (Refere-se a BPN e outros que tais)
JN 2013 08 01: José Silva Lopes diz ser “ferozmente
contra” a proposta que está sobre a mesa de reduzir a taxa de IRC, argumentando que, no contexto
actual em que Portugal tem de anular défices, o custo orçamental da medida
acabará por ter de ser compensado por outros sectores da sociedade.
Em
entrevista quarta-feira à noite à SIC-Notícias compara a descida dos impostos
sobre os lucros das empresas, como foi proposta pela comissão presidida por António Lobo Xavier, às mexidas que chegaram a ser
pensadas para a TSU, considerando que se irá traduzir numa “transferência de
rendimento” a favor sobretudo das grandes empresas...
“Esses 300 milhões de euros vão ter de se ir
buscar a algum lado”, diz, especulando que o mais provável é que essa perda de
receita fiscal seja compensada por cortes nos apoios sociais e salários no
Estado.
__________________
PAUL KRUGMAN
JN
2015-04-03 O NOBEL DA ECONOMIA em 2008, PAUL
KRUGMAN, escreveu um texto
disponibilizado no "site" do New York Times .
Paul Krugman conheceu, relata o
próprio, o então governador do Banco de Portugal quando em 1976 passou o Verão
a trabalhar no Banco de Portugal com um grupo de estudantes do MIT. Paul
Krugman, em 2013 escreveu sobre a sua experiência em Portugal.
"Deixem-me acrescentar que trabalhar
com Silva Lopes … um bom humor infalível e inteligente - foi dos pontos mais
altos de toda a história".