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2013-07-01

 

Caiu o Relvas, caiu o Gaspar. Até já Pedro!

Caiu o "chefe do Governo", o chefe de facto, o técnico representante dos credores a quem este governo, sem sentido de Estado publicamente se oferecera. Este governo, de Pedro e Paulo, é um governo de "oferecidos". Já antes caíra Miguel Relvas, o ministro que trouxe ao colo o desqualificado ex-Jota, Pedro Passos Coelho, desde a incubadora, o aparelho do PSD, até ao cargo de 1ºM. Estas quedas dos homens-chave deste Governo que envergonha Portugal tomo-as como prenúncio credível de eleições antecipadas. Vaticinei em 2012 que o dueto Pedro e Paulo não chegaria a 2014. As coisas parecem bem encaminhadas.
Para substituir Vítor Gaspar a escolha da secretária de Estado Maria Luiz Albuquerque que carrega o escândalo dos swaps,  parece-me excelente e promissora de novos desenvolvimentos políticos. Esta minha avaliação alegre e otimista está em plena sintonia com a do ex-ministro das Finanças, Miguel Beleza que agora mesmo aqui, na minha frente, na SICNotícias acaba de manifestar uma enorme tristeza com a demissão do seu amigo e "grande ministro" Gaspar considerando-a trágica para o país. Estamos pois sintonizados. Ele como eu defensor dos superiores  interesses de Portugal. Para ele o Portugal dos banqueiros, Portugal satélite da Alemanha  e do seu Bundesbank. Para mim o outro Portugal, o das classes médias e dos trabalhadores.
A queda do Governo está, institucionalmente dependente, não do jovem de Massamá PPC, mas do  gigolô da política, Paulo Portas e do PR Cavaco Silva, um homem com a formatação mental do salazarismo rural, para mais comprometido com o BPN. São fatores adversos por isso é fundamental contrabalançá-los com a pressão da rua. Rua firme, determinada e sem as provocações da arruaça.  
Maria Luís Albuquerque está ferida com o escândalo dos swaps não apenas pela sua ligação umbilical aos ditos swaps, não apenas por estar a ser juiz em causa em que é arguida no processo de averiguação dos swaps mas mais ainda pelas declarações ladinas mas falsas perante o Parlamento ao declarar que o governo anterior não tinha dado a conhecer o dossiê dos swaps.
 

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2011-07-15

 

Colossal embuste

O "colossal desvio" nas contas do Estado que Pedro Passos Coelho anunciou ter encontrado na herança de Sócrates, era afinal... vá, não é para rir - era afinal um "colossal desvio" de algumas palavras no "colossal" discurso do 1º ministro.
Três dias depois do despautério de quem garantira aos portugueses que não se desculparia com a herança do anterior Governo para contrariar o que prometera na campanha eleitoral, teve de vir o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, apresentar uma explicação pateta para tapar a desnudada desculpa do 1º ministro. (Ver JMCP no Politeia). Custa-me dizer isto, até porque o ministro não é nenhum pateta, mas que dizer da risível explicação que teve de dar para a "colossal" boutade do 1º ministro dos mercados de Portugal.

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2011-07-04

 

Juros e dividendos não pagam crise. Só os salários.

"Esta exclusão dos juros e dividendos do imposto especial [metade do subsídio de Natal] foi confirmada por Vítor Gaspar ao «Jornal de Negócios», depois de no Parlamento, Passos Coelho ter garantido que todos os rendimentos estariam abrangidos pelo novo imposto."

Por Nossa Senhora!... Caro Passos Coelho! Não prometa, faxavor, mais coisa nenhuma. Que os seus ministros, académicos do mais alto gabarito, puxam dos galões da ciência e estamos  fo feitos com eles. E consigo.

Aqui está uma medida - esta do ministro das Finanças - que os capitalistas, os que vivem de rendimentos, de dividendos e de juros, aplaudem.
- Então quem paga a crise? 
- Quem vive do salário, dos rendimentos do trabalho.

É uma decisão que, a confirmar-se, penaliza o trabalho e favorece o capital. E contraria a promessa feita na AR dois dias antes pelo 1ºM.

Será uma decisão genuinamente neoliberal, do ministro que revelou aos media ser um grande admirador de Milton Friedman (O economista que mais admiro é Milton Friedman”).

Que defende o neoliberalismo?  "Liberdade económica", "desregulamentação", "monetarização da economia", Estado fora da economia, Estado mínimo. 
Frases bonitas. Que os media, os jornalistas e analistas por conta, tornaram muito simpáticas. Tão simpáticas que até dá mesmo vontade de votar nelas. O pior são as consequências. Com tais ideias, os muito ricos ficam muito mais ricos e os menos ricos muito mais pobres. Não é que os mais ricos desejem empobrecer as classes médias ou os trabalhadores mas para enriquecerem ainda mais têm de ir buscar o dinheiro a alguém. Que é que hão-de fazer, coitados?!

O guru da escola de Chicago, e um dos mais célebres economistas do sec XX, Milton Friedman, não era nenhum reaccionário, mas a sua teoria económica era muito apreciada pela mais alta finança e pelos políticos de extrema direita, seus representantes. Não foi por acaso que Friedman foi consultor económico de Barry Goldwater, o candidato  da extrema direita republicana à presidência dos EUA, em 1964, que felizmente foi derrotado por Johnson. Não foi por acaso que Pinochet seguiu os seus conselhos quando, em 1975, Friedman foi ao Chile explicar como resolver a crise económica. E, seguindo a sua doutrina, Pinochet venceu a crise mas com um pequeno senão, lançou milhões de chilenos na miséria. Milton Friedman também foi muito estimado por  Reagan o presidente norte-americano da viragem do sistema financeiro mundial para a desregulamentação que culminou na apoteose da grande crise mundial de 2008/2009, crise que continua, como os vulcões, em estado entre o larvar e o explosivo.

Com o tempo vamos todos ver melhor o que é o "neoliberalismo", bandeira que Passos Coelho, não sei se com plena consciência, ufano, iça a mãos ambas. 

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