2013-04-28
Potenciais efeitos dos contratos "SWAP"
Mais um caso, tipo BPN pela sua dimensão, em que os responsáveis tenderão a ser branqueados.
Os gestores destas empresas onde os Metros de Lisboa e Porto se destacam pelos montantes elevados, quase todos do bloco central e de dominância PSD, em teoria deveriam ser investigados para apuramento da sua responsabilidade e até que o poder político neste caso as Finanças são ou não responsáveis também.
Para já são montantes muito elevados que estão em causa e mais uma vez quem paga impostos vão ser chamados a suportar esta má gestão.
Etiquetas: Responsabilidade., SWAP
2013-04-26
Sou o padrinho do Governo
Aníbal Cavaco Silva foi à sessão comemorativa do 39º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, para pedir consenso aos portugueses e aos partidos da oposição em torno do...
programa do Governo. S.EXª quer que os explorados, os desempregados, a classe média a
caminho da proletarização, os jovens licenciados em fuga para o estrangeiro, vítimas, todos, da insana política do Governo se juntem no apoio ao seu algoz. O Governo que um carismático intelectual e político do PSD classificou apropriadamente de traidor a Portugal, não se contentando com o brutal programa de austeridade da Troica empenhou-se em ultrapassá-lo e está a conduzir o país à tragédia. Passos Coelho um produto espúrio do aparelhismo partidário e Vitor Gaspar um técnico amamentado pelos bancos com a cegueira filha do fanatismo ideológico estão conscientemente a conduzir um processo de tranferência de riqueza da esmagadora maioria da população não apenas para pagar as dívidas fomentadas pela clique privilegiada de banqueiros, grandes empresários, especuladores, responsáveis pela crise mas também para o seu maior enriquecimento (ainda hoje os jornais informam que o BPI só no 1º trimestre de 2103 teve um lucro de 40,5 milhões de euros.)
S.Exª o Professor Cavaco Silva, natural de Boliqueime, que se empenhou no derrube do anterior Governo com o pretexto cínico de ter ele conduzido os portugueses ao limite dos sacrifícios, revelou agora, sem sombra de pudicícia, ser o padrinho deste governo que levou os sacrífícios da população a limites estratosféricos e promete aumentá-los.
O PR Cavaco Silva acha que é
muito triste mas que não há outro remédio senão ajudar a enriquecer um pouco mais, só
um pouco mais, vá lá! os banqueiros sem descurar os patriotas do BPN acoitados no
grupo Galilei (ex-SLN) onde prosperam às claras com negócios de muitos milhões,
alguns com o Estado, ao qual devem centenas de milhões que não querem pagar nem
o Governo exige que eles paguem.
Consenso! Por
favor, consenso!! Pede o PR. Entendam, seria horrível uma crise política, quanto mais uma
revolução, credo, abrenúncio. Portanto, se fazem favor, consenso. É que não há
alternativa. Vá lá. Nada de sectarismos!
________
Nota: fiz hoje, 26, algumas pequenas alterações ao post.
________
VIVA O 25 DE ABRIL! E CANTEMOS-LHES A GRÂNDOLA. (Atenção, agora sou eu a dizer não é S.Exª o Sr. Professor!)
2013-04-18
CORTES NA DESPESA PÚBLICA?
Poupar na despesa pública não é equivalente a baixar salários e pensões através de cortes. A isto chama-se roubo, ir aos bolsos de quem não se pode defender.
Um exemplo, entre muitos outros, de um corte real, verdadeiro, na
despesa pública portuguesa seria reduzir o montante de juros a pagar aos
credores ano a ano. E há mecanismos legais para isso que este governo não quer accionar. Basta requerer paridade de tratamento entre Estados membros em crise.
Sabe-se que a taxa média de juros da dívida pública ronda agora 3,6% e já foi bastante mais alta.
A taxa aplicada ao empréstimo recentemente concedido ao Chipre é de 2,6%. Já nem me refiro à taxa aplicada à Alemanha que ronda 0%, senão o ministro das finanças
alemão diz que como cidadão da Europa do Sul estou é com inveja.
Ele ( ministro) pertence a um povo superior !!!. Ficou-lhe no ADN.
Ora com a taxa do Chipre e,
segundo as contas feitas e apresentadas pelo PS, se Portugal negociasse a taxa concedida ao Chipre, pouparia 700 milhões euros/ano. ...-
Este governo não sabe praticar o básico de qualquer negócio, não sabe negociar. Isto em linguagem comum diz-se; está feito com os credores. E não estará? Etiquetas: dívida, taxa de juro de Chipre, taxa de juro de Portugal
2013-04-16
Sobre a reforma das despesas de Estado
O título é propositado e mais correctamente deveria ser a racionalidade das despesas de Estado. Há dias ouvi na TSF umas frases do Prof. Valadares Tavares, pessoa conhecedora da matéria, até por obrigação dos cargos que já desempenhou, sobre as compras de Estado em que diz que não há controlo nem gestão adequada.
A minha experiência nesta matéria é a seguinte. No meu tempo de dirigente da AP havia um central de compras, comandada pelo Ministério das Finanças. A partir de certa altura, tudo ou quase tudo passou a ser adquirido obrigatoriamente por via dessa central de compras.
No caso da minha instituição, o que mais pesava era a aquisição de equipamento de informática e consumíveis. Várias vezes me insurgi porque as aquisições via central ficavam mais elevadas no mínimo 20%. Mas tinha de ser, ponto final
Sou a favor de centrais de compras. Certamente não de uma apenas. Mas MF decide e claro lá está cumpre-se contra toda a lógica. Nenhuma inteligência na decisão, ou melhor falta dela.
As centrais de compras têm de ser geridas com transparência e competência.
Não tenho presente a quanto montarão as aquisições do Estado no presente. Mas de certeza a muitos milhares de milhões, o que significa que agindo de forma racional se poupariam uns bons milhares de milhôes. E nos tempos que correm.
A minha inteligência não atinge a razão dos altos cérebros deste governo e já agora de outros anteriores por nunca pegarem nestas coisas tão comezinhas e simples. Ou talvez perceba.
Quem se ri desta situação são os fornecedores.
Etiquetas: central de compras do Estado, Ministério das Finanças
A Tróika está em Portugal...
Estamos a ser bombardeados ao segundo com esta visita pouco respeitada.
Deve ser para que ela se torne menos indigesta que a comunicação social nos matraqueia repetidamente com isso porque sabe quanto mais falar mais a indiferença se acentua.
A comunicação social informa que a Tróika vai ao PS. E a pressão sobre o PS é clara. De todos os lados, do PR, dos partidos do governo e do governo, de Durão Barroso e companhia, das instituições internacionais, enfim de tudo quanto cheira a austeridade. Em suma, dos seus defensores, apesar de cada vez ser maior a corrente que identifica a austeridade pouco inteligente (e é o caso) com mais pobreza e enterro do que ainda resta da economia. E mesmo como um recuo civilizacional.
Os meus votos vão no sentido de que o PS na recepção da Tróika se sintonize com os interesses de Portugal.
Em que consiste isso no mínimo?
Que seja pelo menos coerente com o que ultimamente tem vindo a dizer: renegociação profunda do memorando, implicando revisão das metas orçamentais, maiores maturidades para pagamento da dívida e juros muito mais baixos. Por outro lado, a defesa intransigente de mudanças a nível da estratégia de desenvolvimento da UE, de forma a que os interesses de todos países sejam contemplados e da configuração da própria UE nomeadamente do seu Banco Central e do Orçamento.
Certamente, não será suficiente. Mas seria um bom começo. Há que aliviar o peso dos custos da dívida na economia portuguesa com vista a reiniciar o seu desenvolvimento.
Não me parece que o PS vá ter algum sucesso nesta sua conversa, mas muito menos terá e cheirará a traição face ao País se transigir ou mostrar que apoia medidas de austeridade pouco inteligentes.
Etiquetas: coerência, PS, Tróika
2013-04-15
Só a rua nos poderá salvar. Sem Costas nem Buiças, é claro
A política, os
governos, têm a ver em primeiro lugar e acima de tudo, mas não só, evidentemente, com a gestão da riqueza
das nações. Com a sua distribuição pelos diferentes grupos sociais através de
quadros legais que favoreçam estes ou aqueles. A onda que varre a Europa e
Portugal, a onda da direita radical, a direita neoliberal, é uma onda para uma ainda
maior concentração da riqueza num número cada vez menor de privilegiados.
Para contrariar
esta onda mortífera, que poderá, como alertou Jean-Claude Juncker Primeiro-ministro do Luxemburgo, conduzir de novo a Europa à guerra, temos de forçar a demissão do Governo e como este só pode
ser afastado pelo PR temos de pressionar Cavaco Silva, responsabilizá-lo, tanto
como os seus protegidos Passos e Gaspar por esta política de
destruição do regime democrático e social que conquistámos com o 25 de Abril.
Na guerra em que
estamos envolvidos, na guerra que nos foi declarada por Passos/Gaspar e Ciª, representantes não dos portugueses mas da tróica, fanáticos mujahedines da "Al Qaeda" sediada em Berlim,
a única forma que resta para forçar a demissão do Governo é a arma da rua. A
rua contra S. Bento, a rua contra Belém. A rua como alavanca para
demitir o Governo que desde a última ida a Belém do 1ºM com o seu min das
Finanças passou, explicitamente, a ser um Governo de "iniciativa presidencial". A rua é
necessária para ajudar a vencer a crise política por meios institucionais: através da
dissolução da AR decidida a gosto ou contragosto pelo PR. Mas é claro que não se trata de soluções com
Costas e Buíças
2013-04-14
O poder e o dinheiro
Segundo o
jornal de escândalos CM o Sr. Francisco Soares dos Santos, dono do Grupo
Jerónimo Martins (detém 56,1%) e os seus dois filhos, atribuíram-se, na
qualidade de administradores, uma remuneração mensal que foi dos 60 aos 100 mil euros
cada um. São remunerações "normais" em pessoas que são os verdadeiros
donos do país. Os banqueiros, administradores dos bancos, administradores dos
grandes grupos económicos, Amorins, Belmiros, Motas ou os seus principais
empregados, os Mexias de vários calibres, andam todos, pelo menos, pelo seu
milhãozito anual. É claro que têm um conjunto de remunerações em espécie, que
são necessidades da função (como é a esferográfica ou modernamente o computador para um escritor) carros de luxo, ou o seu avião, motoristas, secretárias,
seguranças, passeios pelo mundo, sumptuosidades adequadas ao estatuto de
"nobreza" que elevam os custos desta fidalguia para duas ou três
vezes aqueles salários. Mas atenção isto não é tudo o que ganham os nossos baronetes
da finança, seja eles Pingos Doces, ou Ricardos Salgados, ou Ulrichs "aguentam
aguentam". O Sr Soares dos Santos, por exemplo, e de acordo com o “jornal
de referência” citado, auferiu em 2012 também 104 milhões de euros em
dividendos o que dá àqueles salários praticamente o estatuto de salários de
miséria.
Como
conseguem ganhar assim tanto? Bom, por um lado devem ser bons administradores e
por outro… têm a trabalhar para eles, no caso do grupo Jerónimo Martins
cerca de 70.000 trabalhadores colaboradores a maior parte dos quais, segundo os
patrões, não merece mais do que o salário mínimo. Conheço uma menina que é caixa
num dos Pingos Doces e que ganha 485 euros porque, naturalmente, não merece
mais. “Foi para isto que andei a tirar um curso” lamenta-se ela, licenciada em História
pela universidade do Minho. Para estes ganhos servem as leis que mandam fazer aos
“seus” deputados para poderem “legalmente” fugir aos impostos. O Sr. FSS fugiu
com a sede do Grupo para a Holanda para não pagar impostos aqui que não são tão
baixos como lá. E fogem também aos impostos através dos off shores que é para
isso que eles existem. E quando são apanhados como, segundo os jornais, sucedeu
ao dono do BES então trazem “voluntariamente” os muitos milhões que tinham
expatriado e como prémio pagam um jurozinho pequenino, quase simbólico. Estamos
a falar de muitos milhões porque se se tratasse de 50 ou 100 mil euros, dum
parvo qualquer, arriscava-se a ir para a cadeia.
E estes Srs
são não apenas grandes patriotas como são grandes amigos do Governo. Ou, dito
de forma mais rigorosa, eles não são "amigos" do atual Governo, dos
Passos e Gaspares, eles são os patrões, de facto, do Governo ainda que a
relação seja muito intermediada e muito "à maneira". Não é uma
relação taralhouca do calibre daquela decisão de Passos Coelho/Gaspar/Moedas com
a TSU em que disseram abertamente que os descontos para a segurança social que
cabia aos patrões pagarem passavam a ser pagos pelos assalariados.
2013-04-13
2013-04-12
Dívida de Portugal em boas mãos...Se é a própria troica que avisa!!!
2013-04-10
Juízes e Diplomatas
Soube hoje que o governo de Vítor Gaspar isentou os juízes e diplomatas de pagamento da Contribuição Solidária de Solidariedade.
Gostaria que alguém me fornecesse um argumento, só um, porque fiquei perplexo. A minha mente não chega lá. Passei apenas que esta gente teria um ADN diferente do meu comum dos mortais.
Esta decisão deve ser da mais exemplar justiça, mas mente pobre não dá por isso.
Certamente vou meter umas explicaçõezitas.
As "verdades" ditas do exterior sobre Portugal
Muitas instituições internacionais têm vindo a pronunciar-se sobre Portugal.
Indirecta ou directamente contra a decisão do TC e quase sempre a rogar pragas contra este e a lamentar a situação incómoda criada a Gaspar e Passos Coelho.
Mal acabara pelo menos uma agência de Notação daquelas ditas muito "independentes" como a Fitch. logo veio o Sr. Comissário Olli Rehn acrescentar e a ameaçar que Portugal tem de arranjar alternativas para cobrir os 0,8% do impacto no potencial défice decorrente dos artigos chumbados para que as metas sejam impreterivelmente cumpridas.
O que o dito Comissário Europeu se esqueceu de nos dizer foi como têm sido excelentes os desempenhos do ministro Gaspar. Ele é tão esmerado que em 2012 não se desviou 0,8%. Desviou-se apenas 2,4%.
Como os ventos do mundo estão em grande mudança certamente para Olli Rehn 2,4% de desvio é mais confortável que 0,8%. Percebo que estes "democratas de Bruxelas pensem assim. Não bulir com os poderes de um governo que nos dá muito jeito. Eles só sabem pedir com muito jeitinho.Etiquetas: 4%, desvio de 2, Fitch, Olii Rehn
2013-04-09
O Reitor da Universidade de Lisboa contra a chantagem do Governo
Com Passos Coelho, um Jota impreparado e perigoso, alcandorado a 1º Ministro por Miguel Relvas (conforme este publicitou, como uma ameaça, na declaração de despedida do Governo) e Victor Gaspar, um representante dos mercados financeiros, como ministro das Finanças, o inacreditável pode acontecer.
"Estupefactos" por o Tribunal Constitucional não se demitir das suas funções e assim não poderem "governar" sem a chatice da democracia e de constituições, de acordo com a sua fé neoliberal e as orientações do min. das finanças alemão, Sr. Chauble e do FMI, estes governantes, amparados pelo Presidente da República, que até agora só acumularam falhanços, decidiram vingar-se com um despacho do min das Finanças, que se fosse cumprido à risca paralisaria a administração pública.
O Reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa explica o alcance do despacho despautério neste comunicado:
Comunicado do Reitor da Universidade de Lisboa:
9 de Abril de 2013
Não é fechando o país que se resolvem os problemas do país
"1. Por despacho do ministro das Finanças, de 8 de Abril de 2013, o Governo decidiu fechar o país e bloquear o funcionamento das instituições públicas: ministérios, autarquias, universidades, etc. O despacho é uma forma de reacção contra o acórdão do Tribunal Constitucional, como se explica logo na primeira linha. O Governo adopta a política do “quanto pior, melhor”. Quem, num quadro de grande contenção e dificuldade, tem procurado assegurar o normal funcionamento das instituições, sente-se enganado com esta medida cega e contrária aos interesses do país.
2. Todos sabemos que estamos perante uma situação de crise gravíssima. Mas é justamente nestas situações que se exige clareza nas políticas e nas orientações, cortando o máximo possível em todas as despesas, mas procurando, até ao limite, que as instituições continuem a funcionar sem grandes perturbações. O despacho do ministro das Finanças provoca o efeito contrário, lançando a perturbação e o caos sem qualquer resultado prático.
3. É um gesto insensato e inaceitável, que não resolve qualquer problema e que põe em causa, seriamente, o futuro de Portugal e das suas instituições. O Governo utiliza o pior da autoridade para interromper o Estado de Direito e para instaurar um Estado de excepção. Levado à letra, o despacho do ministro das Finanças bloqueia a mais simples das despesas, seja ela qual for. Apenas três exemplos, entre milhares de outros. Ficamos impedidos de comprar produtos correntes para os nossos laboratórios, de adquirir bens alimentares para as nossas cantinas ou de comprar papel para os diplomas dos nossos alunos. É assim que se resolvem os problemas de Portugal?
4. No caso da universidade, estão também em causa importantes compromissos, nomeadamente internacionais e com projectos de investigação, que ficarão bloqueados, sem qualquer poupança para o Estado, mas com enormes prejuízos no plano institucional, científico e financeiro.
Na Universidade de Lisboa saberemos estar à altura deste momento e resistir a medidas intoleráveis, sem norte e sem sentido. Não há pior política do que a política do pior."
Lisboa, 9 de Abril de 2013
António Sampaio da Nóvoa
Reitor, Universidade de Lisboa
Bem avisei. Vinham aí mais impostos
Situação do país - segundo António Arnaut, pai do SNS
2013-04-07
Que mais austeridade andará por aí?
Já não falta muito para saber-se.
Mas tenho cá um feeling que, ontem, em Belém foi urdida uma saída. Mais impostos? Uma qualquer forma capciosa de não cumprir o acordão do TC? Outros cortes no rendimento? É de esperar. Mas mais austeridade aí vem. Está no ADN deste governo. Negociar com a Troika melhores condições é que o ADN não comporta.
Não se percebe tanta histeria com a decisão do TC. Estamos num país democrático ou querem suspender a Constituição?
E os efeitos do acordão são relativamente reduzidos. Apenas 0,8% de aumento do défice. As previsões de Gaspar excederam sempre este limite pela negativa em termos de défice.
Daí que o governo não tenha o mínimo de razão.
Gostava de ser mosca para ouvir a conversa entre os dois maiores culpados do país estar neste momento nesta situação. O governo porque fez um mau orçamento, um orçamento de provocação e o PR por falta de acção oportuna a fiscalização preventiva. De qualquer modo, o TC respondeu a algumas dúvidas do PR daí que gostava de ter sido mosca.
2013-04-06
O GOVERNO a fazer-se de vítima do TC
.
BASTA OLHAR PARA A IMPRENSA E OS TÍTULOS NÃO ENGANAM.
A imprensa esqueceu as aspas. Parece que assume como opinião sua,
declarações de ministros. Como pode um jornal dito de referência
apresentar um título a toda a 1ª página sem aspas - TC ultrapassou pior
cenário do governo - quando ao ler-se, se nota ou pelo menos se fica na
dúvida, que a opinião não é do dito jornal mas baseado em dicas de
ministros?
É evidente que não
foi o pior cenário, pois muitas inconstitucionalidades não foram
atendidas, por razões diversas, umas inclusive paras não dar aso a certa
demagogia de direita.
Mas está cá fora a decisão e vamos a alguns comentários.
O conhecimento apenas ontem da decisão do TC prejudicou imensamente o
país em termos económicos e os cidadãos em particular. E a culpa, como
sempre, vai morrer solteira.
Por etapas de quem nos causou
prejuízos. Primeiro, a principal culpa coube ao governo de Passos/Gaspar
que faz um orçamento cheio de inconstitucionalidades. É a prova da sua
incapacidade técnica ou então de provocação aos portugueses. A segunda
culpa cabe à maioria na AR que avaliza o dito orçamento. Não consigo
abstrair de ver no ecran o deputado Montenegro do PSD a dizer que o
orçamento estava correctíssimo do ponto de vista da constituição. A
terceira parte da culpa cabe a Aníbal Cavaco Silva, como PR que poderia
ter suscitada a sua análise prévia ao TC.
Há aqui três
entidades fortemente culpadas que muito contribuíram para o
aprofundamento da crise do país e que vão continuar na mesma senda. E o
TC? também tem algum poderia ter sido mais célere, mas é de longe a
menor.
(Publicado também no face)
2013-04-05
Quem traiu quem?
Sem honra nem vergonha
Aqui, em Julho de 2012, defendi que face ao escândalo
da licenciatura de Relvas “na forma tentada” era melhor o 1º M não afastar
Relvas e julgo ter tido razão. Era melhor para o país porque era péssimo para o
Governo. Passos Coelho ao qualificar como "uma não notícia" a da burla da licenciatura do seu "braço direito" no Governo revelava ao país que o 1ºM considerava perfeitamente compaginável com a decência exigível a um Governo a presença nele de um burlão e desnudava assim o seu próprio carácter. O escândalo
da continuação de
Relvas no Governo revelaria todos os dias a verdadeira imagem deste, a sua falta
de idoneidade, a sua desqualificação e assim tornaria mais fácil derrubá-lo.
A declaração de Relvas e as desculpas tolas que apresenta
para se demitir do Governo são bem o retrato da pessoa sem honra nem vergonha
que nenhum Estado que desejasse ser respeitado toleraria. Um 1º M e um PR que acham
normal e aceitável ter como ministro o Sr. Miguel Relvas não podem deixar de
estar no mesmo patamar político e ético daquele.
Aliás, segundo o que é público, o passado de negócios da parceria Relvas-Passos na utilização para benefício pessoal dos recursos do
Estado, coloca o primeiro, então Secretário de Estado de Durão Barroso, na
posição de chefe e o segundo, como gerente da Tecnoforma, na posição de
subalterno. As cumplicidades antigas explicam a incapacidade de Passos se poder
desembaraçar de Relvas. E revelam que a diferença de estofo moral entre um e outro
não é nenhuma. O que os distingue é que um foi mais exposto à execração pública
que o outro.
Aliás, na declaração que hoje Relvas fez a “explicar” o seu pedido de demissão não
deixou de sublinhar, despudoradamente, que se Passos Coelho hoje é o
presidente do PSD e 1º M a ele o deve e que apresenta a sua demissão por iniciativa própria a sublinhar que de acordo com a hierarquia dos seus valores políticos e partidários o subalterno não é ele. Vendo o país, até à náusea, os protesto populares que perseguem Relvas por todo o lado, de Gaia ao ISCTE, de França a Timor a ponto de não o deixarem pôr pé na rua é patético ouvi-lo dizer que sai por sua livre vontade por "falta de força anímica", etc.
S. Bento e Belém colocam Portugal no patamar ético e civilizacional do Burkina
Fasso - não desfazendo, como se dizia antigamente na minha terra. Link Link
Apesar de todas as pressões em contrário por parte do Governo espero que o Tribunal Constitucional ponha em causa se não todas pelo menos algumas das medidas inconstitucionais do Orçamento de Estado, como o roubo das pensões e novos impostos. Mas é minha convicção que o Governo não se demitirá. Só cairá se forçado a isso como sucedeu a Relvas. E forçá-lo a cair só com a ajuda da rua, como aqui disse. Continuemos então a "grandolar" este governo ilegítimo, morto mas insepulto, para que não infecte mais ainda a vida dos portugueses.
______________
Video de Relvas enxovalhado/"grandolado" em Gaia: link.
2013-04-04
Contas em off-shore
2013-04-02
Somos quantos? E chega para correr com eles?
2011 2001
População
|
10.562.178
|
10.356.117
|
Mulheres
|
5.515.578
|
5.355.976
|
Homens
|
5.046.600
|
5.000.141
|
Famílias
|
4.048.559
|
3.654.633
|
Alojamentos
|
5.878.756
|
5.054.922
|
Edifícios
|
3.544.389
|
3.160.043
|
Fonte: INE, Censos 2011
In http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos2011_apresentacao
Que morada tão comprida!
Preferia um endereço mais jeitosinho? Por exemplo assim: http://tinyurl.com/3umt3es
? Então fique com este que vai dar ao mesmo!
Não sabe como
encolher o dito? Então vá aqui ao http://tinyurl.com/
meta o comprido na janela e o TinyUrl dá-lhe o jeitosinho na outra. Mas não vai sem
trabalho. Tem que carregar no botão. Um clique J.
Li aí, num
jornal, invocando o INE, que além de toda esta gente que reside cá em Portugal
há uma quantidade de portugueses espalhados pelo mundo. Eis as 10 maiores concentrações.
Portugueses no estrangeiro (2011)
|
França
|
580.000
|
|
Brasil
|
140.000
|
EUA
|
167.000
|
|
Angola
|
100.000
|
Suiça
|
165.000
|
|
Alemanha
|
92.000
|
Canadá
|
150.000
|
|
Reino Unido
|
84.000
|
Espanha
|
146.000
|
|
Venezuela
|
53.000
|
|
|
|
|
|
Residentes vindos do estrangeiro
(2011)
|
82.000
|
Nota:
nºs arredondados para o milhar. Fonte: INE
|
Fui contar para ver se há gente suficiente para correr com o governo estrangeiro. E há :)