2010-09-30
Gato com rabo de fora...
Hoje tudo o que é comunicação social informou que no Ecofin Portugal foi "aconselhado"/pressionado a fazer reformas profundas no mundo do trabalho (abrir facilidades para despedir e/ou baixar salários) e agora depois de tanto fogacho vamos assistir a uma revisão constitucional, neste campo, de que tipo?
Ouvimos também o Comissário Europeu dos assuntos económicos informar da existência de um grupo de técnicos da Comissão a trabalhar com um grupo de técnicos portugueses, para em Novembro haver um programa de reformas económicas.
Ora tudo isto indicia que daqui a dois meses estará aí outro PEC deste mesmo calibre.
As medidas ontem anunciadas são de uma maneira geral injustas sobretudo as que incidem sobre os salários. Toda a gente conhece que entre um funcionário público da carreira geral em funções idênticas e um outro de um Instituto ou de uma empresa pública há diferenças abissais de vencimento. E então são tratados de igual modo? Será igual a carga de penalização reduzir 5% sobre 2500 € e sobre 6000€?
Quem ganha mais não deveria contribuir para esse esforço patriótico com mais em termos percentuais?
Porque razão não há uma bitola de referência? Por exemplo o vencimento do Director geral normal e nessa base quem tivesse vencimento superior seria bem mais penalizado. Era a forma de começar a racionalizar empresas e institutos públicos.
2010-09-29
Quantos PEC's ainda nos esperam?
Hoje, foram anunciadas medidas de uma dureza extrema. Afinal não há que temer o FMI, que provavelmente nem exigiria medidas tão duras. Afinal há um FMI nacional.
Mas aqui há um grande problema de fundo muito grave.
O governo actual está descredibilizado, pois já apresentou um PEC1 dizendo que bastava para resolver a questão do défice. Passados poucos meses, apresenta um PEC2 com o apoio do PSD já bastante duro e esse então resolveria os problemas presentes e futuros do País. E hoje, nem passaram 4 meses, de forma dramatizada vem com um PEC3 de dureza extrema.
Pergunta-se: o que falhou para que o PEC2 "tão suficiente" não tenha dado os resultados previstos e exija um outro PEC3?
Sobre isto o governo disse zero. Fez mal porque deixa em aberto o problema da credibilidade interna e externa.
Deixa em aberto que o desempenho do governo aponta para uma grande incapacidade de resposta a estas questões. Deixa em aberto que teve um comportamento laxista não controlando a despesa e fez disparar incertezas nos mercados quanto à capacidade e vontade do governo em montar os instrumentos para cumprir as metas que ele próprio define.
Esse problema está de pé. O governo não está a provar que sabe governar para atingir as metas.
Etiquetas: Medidas de extrema gravidade
Cavaco Silva e os jogos políticos!
Deveria ... Era a forma acertada para que, quem está deste lado, pudesse confrontar o que vai ser dito, com o que se vai passar.
Alguma transparência significa maior respeito pelo cidadão.
Mas respeito pelo cidadão não é o objectivo do jogo político escondido, neste teatro.
O Presidente conhece bem a crise de há muito. É ele próprio que não perde oportunidade para o afirmar.
E então pergunta-se?
Se acha que vai dar um grande contributo para a aprovação do orçamento, porque não agiu mais cedo? Porque deixou os mercados financeiros "flagelarem o País" com juros altíssimos?
A realidade é bem outra. É a proximidade de eleições a comandar.
A situação está mal. As metas do governo estão difíceis de cumprir. O PSD quer o poder, mas sabe que, nestas condições, o poder queima.
Cavaco Silva gostaria de ver o PS fora do poder, mas também sabe que uma crise política agora lhe seria nociva, com muito risco para a sua reeleição.
E o teatro real é este.
A situação de gravidade do País, em que vão ser sempre os mesmos a sofrê-la e a pagar é secundarizada.
Soluções? Não. Jogos políticos. E assim, o País não vai longe, nem pode ir.
2010-09-28
A cereja no bolo
Também há por vezes cerejas amargas. Mas, Cavaco está a "tentar transformar" ou a mostrar que é o obreiro desta mudança de amarga para doce..
Nesta fase é muito importante parecer. Pode valer-lhe a reeleição sem grandes problemas. Toda esta encenação de chamar partidos a Belém, de por os seus seguidores a propagandear que é preciso um orçamento, é a montagem de uma estratégia de fazer reverter a crise do país em proveito da sua eleição.
Vejamos. Cavaco Silva, havendo orçamento 2011 vai aparecer como o Salvador da Pátria, o homem que, com a sua influência de Presidente, evitou o país ficar desgovernado, sem orçamento. O Homem que intermediou Governo/PSD.
Nestes últimos dias, houve um esticar da corda entre governo e PSD quanto ao Orçamento. O governo anuncia que se demite se o orçamento não passar e o PSD que não vota um orçamento com aumento de impostos. Mas não precisa de votar a favor, basta abster-se e o orçamento passa.
Há um grupo de pessoas convencidas que isto vai acontecer. Que o orçamento vai passar desta maneira.
Que papel vai ter então o Presidente?
Mas admitamos que tem. Não é sua obrigação, como Magistrado Supremo do País exercer essa função?
E se é, porquê então tanta propaganda?
Bruxo. ...
2010-09-25
O Orçamento 2011
E se não houver orçamento aprovado, não deve haver governo. Deve este governo demitir-se para que a situação se clarifique de vez. Há custos? Há. Mas assim também não chega a lado nenhum.
Vamos ver até onde vai a intervenção de Cavaco Silva, que já devia ter actuado mais cedo. Mas neste país só há Madail's.
Para haver orçamento tem de haver regras e o respeito pelo PEC2.
Não pretendo fazer um guião. Mas o principal esforço para se atingirem as metas contratualizadas tem de assentar na redução das despesas. Mas há despesas que não admitem cortes, admitem racionalidade, como na saúde ou em certos investimentos públicos estratégicos. O País não pode parar de todo. Como ontem escrevi sou contra cortes cegos, só porque as metas têm de ser cumpridas..
Há cortes imediatos para o próximo ano que têm de ser feitos. Alguns poderiam ter sido feitos este ano. Certamente ainda há algum tempo para algumas correcções.
Mas no orçamento de 2011 tem de ficar clara uma filosofia: a de ir a prazo reduzindo as despesas de Estado, exactamente actuando como aqui já muitas vezes se escreveu, na redução daqueles gastos desnecessários para tornar o Estado menos gordo. De facto, a reforma da AP em sentido amplo não passou de um simulacro.
E se de uma forma serena se chegar à conclusão que as metas só se atingem actuando também pelo lado das receitas há que ver como. Não podemos ter memória curta, pois no PEC2 houve um aumento de impostos.
Fizeram mal os cálculos? Algo está a falhar em tudo isto.
De facto, nestes últimos dias, nada foi bom para o País. Pairou no ar a ideia de que o País não iria cumprir as metas acordadas e aí chegaram os vampiros sugadores a exigir juros mais elevados. Falou-se no FMI. Alguns quase que defendiam a sua entrada. E Nada disto ajuda.
Mas interrogo-me ainda. Até que ponto o aumento de juros beneficia ou não os grandes Estados da UE? Porque não exerce a UE uma defesa dos seus países membros? Pelo contrário, ouviu-se que o Comissário europeu viria a Portugal "impor" novas condições, deixando antever que as metas estavam em risco
Incentivar a circulação destas ideias e foi isso que a UE acabou por fazer, é dar força aos mercados e aos seus vampiros financeiros para fazer Portugal pagar uma factura maior.
2010-09-24
A dívida, o défice e a estratégia
Os cidadãos portugueses desconhecem qual é "a estratégia" do governo para enfrentar este problema económico muito sério.
Uma coisa simples. O governo fala de energias renováveis, de investigação e dos apoios a estas actividades, mas onde está o plano e respectivos orçamentos que nos demonstram que, por esta via, vamos num horizonte 10 anos, por hipótese, colher estes e aqueles resultados na redução da dívida de forma directa ou indirecta ou no défice, de tantos por cento?
Porque cortar nas despesas, em todas as rubricas, como ouvi ontem ser dito no Parlamento ,ou aumentar impostos é andar às cegas sem bússola e cometer as maiores injustiças sociais e dificilmente se chega a algum lado solidamente e solidariamente.
Não vejo, porque se ferem interesses instalados de muitos, dizer: vamos analisar a situação das empresas públicas, começando pelas que dão prejuízos e desde logo assumir que mordomias vão ser cortadas. Muitas chefias, quadros técnicos e responsáveis (em média 30 a 40% do pessoal) auferem o equivalente a dois vencimentos: o base mais as mordomias, despesas disto e daquilo).
Depois avançar com as outras, empresas e institutos. etc.
Até defendo prémios de desempenho, desde que não fictícios nem atribuídos de qualquer forma e não só para as chefias.
Depois vem toda a peste de Fundações que vivem à custa dos dinheiros públicos, etc, etc.
Há ainda as empresas municipais que, como se foi observando, serviram, em muitos casos ,também para conceder umas benesses indevidas..
Perguntar-me-ão: Com isto resolve-se o problema?
Respondo não, mas sem isto é que não se resolve, porque são precisas bases sãs, não só técnicas, mas onde uma certa justiça social tenha peso.
Para resolver a situação económica presente que julgo não haver uma consciência pelos cidadãos da sua profundidade, temos de ir ainda bem mais longe internamente e bater às portas da UE, de forma firme, exigindo-lhe também certas condições.
Voltaremos ao tema.
2010-09-22
Continua a dança...
É só aparecer mais uma reunião, um colóquio, um encontro sobre a crise, e os funcionários públicos levam e tornam a levar e não se lhes pede pouco.
Ontem, foi a vez do bastonário da Ordem dos Economistas a pedir que lhes saquem o 13º mês. Anteontem, era Ernani Lopes a pedir que baixem os salários nominais aos ditos.
Como só os funcionários públicos é que existem para a crise segundo estes entendidos, e só sobre eles devem recair os custos de tudo, não percebo porque não apontam soluções mais eficazes.
Certamente, apesar de grandes conhecedores do mundo, não devem ter lido bem alguns manuais de períodos de guerra, por exemplo da 2ª grande guerra. Se os tivessem lido certamente se teriam inspirado e defendido soluções de efeitos instantâneos, se aplicadas aos funcionários públicos.
Estou cansado destes senhores que apregoam estas receitas e vivem de reformas de topo e ainda acumulam vencimentos graúdos, muitas vezes escandalosos.
Pode ser que alguma dia os funcionários públicos se lembrem de lhes dar resposta de forma adequada.
2010-09-21
Separar as coisas apesar da sua ligação
Raramente isto acontece em política, porque os objectivos não são os de esclarecer mas os de combate aos adversários.
Isto vem a propósito de quê?
Da discussão orçamental e das políticas económicas.
Defendo que a discussão orçamental deveria consistir numa primeira fase em olhar para a sua execução e responder de forma a que as pessoas, mesmo sem grande formação no campo das finanças públicas, percebam esta simples questão:
É ou não possível que o País cumpra a meta do défice orçamental de 7,3% em 201o, compromisso assumido com Bruxelas?
Os dados ontem divulgados pelas Finanças vão nesse sentido. A despesa pública está a evoluir ligeiramente abaixo do programado e aprovado e as receitas ligeiramente acima.
Se isto corresponder a uma tendência sustentada até final do ano, o cumprimento será atingido e poderá até falar-se de alguma margem.
Outra questão, bem diferente, é questionar se o caminho seguido pelo governo tem sustentabilidade futura?
O défice deveria ser sustentado sobretudo na redução da despesa que engorda o Estado desnecessariamente, mas não devia incidir na redução de despesa pública (embora havendo regras de racionalidade fortes) que corresponda a enviesar orientações de políticas sociais, quase comummente aceites, como o SNS.
A saúde tendencialmente gratuita devia ser uma orientação para ser praticada, o que está a afastar-se dessa meta
Agora Direcções Regionais por exemplo da Agricultura com mais de 250 trabalhadores, não se percebe porque ainda existem e outras e outras anomalias como esta. ... Aqui apostava mais pela metodologia de Zapatero fechar o que engorda e só engorda sem qualquer utilidade para o País, ou melhor só com prejuízos. Zapatero fechou empresas públicas, Institutos Públicos, etc e, neste momento, a situação em Espanha estabilizou neste domínio, sem problemas de FMI, etc.
Outra questão ainda é a do desenvolvimento económico do País onde tudo isto acaba por entroncar. E sobre este tema ainda não vi nenhuma força política apresentar uma estratégia mínima que possa fazer este País passar para a linha da frente.
2010-09-20
Mais uma de Madail...
A Madail aplica-se bem o papel do triste da fita.
No meio de tudo isto, surge o Paulo Bento que sempre pode alegrar-se por ter sido promovido de candidato a virtual adjunto de Mourinho a seleccionador nacional, deixando, assim, de ser o sucessor de Carlos Queiroz mas de Mourinho.
Agora desejo que a selecção tenha sucesso depois destes erros todos sem a atribuição de responsabilidades e que as eleições na Federação avancem e se encerre de vez a novela Queiroz.
2010-09-18
Cavaco Silva "o cruel"
Aparentemente, Cavaco parece-se mais com um potencial candidato do PS, pois está a ir ao encontro das posições do governo, a todo o custo quer a aprovação do OE, acha inoportuna o desencadear da revisão constitucional.
Ora, estas são posições "cruéis" para Passos que está atado. Dificilmente pode agora falar, tem de se calar porque não pode no momento atacar "o candidato PSD". Cavaco toma estas atitudes em benefício próprio, convencido de que esta desmarcação o beneficia. nas eleições. E é verdade, ganha votos com isso. Cavaco está numa de popular. Está em campanha sem ser candidato..
2010-09-17
Por crime de Peculato ...
A decisão do Tribunal acabou por confirmar o pedido da procuradora do Ministério Público (MP) que, em Dezembro último, nas alegações finais, pediu a condenação dos cinco arguidos, defendendo que a prova produzida durante o julgamento confirmava todos os factos alegados no despacho de pronúncia.
Ouvi hoje Eduarda Napoleão na TSF dizer que recebeu o prémio, na realidade, mas não fez nada por isso. Entregaram-lhe o dito.
A pena ficou suspensa. Gostava que me explicassem o porquê e ainda se o Estado foi ressarcido, porque cidadão desconfiado da justiça, pareceu-me que apenas terão de pagar "uns tostões".
Mau presságio ...
Os argumentos usados são mesmo esfarrapados. Está a decorrer um inquérito? Será que esse inquérito vai validar um acto que vai contra os princípios básicos da UE?
Sejamos claros. O que se passou foi o fabrico de uma argumentação para não desagradar a um dos maiores Estados da UE e, por outro, adiar uma tomada de posição ou melhor não tomar posição pois certamente este tema não voltará ao Parlamento.
Não é de certeza a melhor maneira de defender princípios, mas uma boa maneira de mandar os princípios às urtigas.
A selecção nacional ... tentativa de branqueamento?
um ponto é tudo
Fugir prà frente à moda de Madaíl
por FERREIRA FERNANDES
Receita. Pegue num incompetente. Depois de ele ser incompetente, elogie-o. Depois de elogiar o incompetente, despeça-o por uma razão qualquer (por dizer palavrões ou por se bronzear com lâmpadas ultravioletas, tanto dá). Até agora a receita é vulgar, de prato menor. A seguir é que vem a haute cuisine. Embarque para uma capital europeia, não sem antes apregoar: "Vou contratar o Ferran Adrià, o alquimista das cozinhas." Mas ele não está no El Bulli? Espante o povo: "Aí é que está: contrato-o só para fazer dois jantares!" Só para dois jantares? "Nem isso, ele não precisa de entrar na cozinha. Faz o menu por telefone." Sente-se com o Ferran Adrià por longas horas, para que a notícia do encontro se espalhe. Deixe que façam o refogado do acontecimento: diz-se que o sonho do Adrià era acabar a carreira, um dia, a fritar sardinhas, e se ele já disse que está disposto, porque não agora? Polvilhe com cepticismos: mas o real El Bulli deixa? mas tem lá jeito cozinhar à distância? mas quem perde tempo a fritar sardinhas quando tem cozinha molecular para tratar?... Saia do encontro com ar esperançoso e diga: "Alea jacta est", ou qualquer outra coisa que não se entenda. Espere que o El Bulli se pronuncie. E quando ele fizer um manguito desconstruído, ponha ar de quem fez tudo que estava ao seu alcance. Contrate o primeiro que lhe apareça, com toda a tranquilidade.
2010-09-16
Assumo estar a ser politicamente incorrecto
Isto leva a pensar que a crise afinal não é para todos e que normalmente sempre dela beneficiam os mais fortes, aqueles que falam alto. E isto da nação é uma treta, palavra na boca de muita gente para defesa da ideia corporativa.
Mas o mais grave é que lendo bem não são apenas 423 os premiados. Serão muitos mais os que vão por tabela, que até não se sabe estimar.
Porquê?
Porque há uma cláusula (ratoeira) no sistema remuneratório (2009) acautelando a promoção em cascata: a promoção de um militar arrasta automaticamente a de todos os que sejam mais antigos no posto.
Já viram bem toda esta desigualdade criada face a outros trabalhadores do Estado?!
Ninguém percebe isto. Iria dizer o povo, mas esta palavra já pouco conta. Acho mesmo que fora os felizes contemplados e a sua corporação ninguém percebe.
Ninguém percebe muito da utilidade de tão grande corpo de militares, que custa tanto ao País e ainda por cima o que fazem é reivindicar melhores condições na saúde e várias outras no campo salarial.
É a minha visão politicamente incorrecta desta situação.
As pessoas gostariam de ver umas forças armadas de menor dimensão, com funções claras , bom desempenho e integradas na sociedade.
2010-09-15
A proposta de revisão constitucional do PSD
Hipótese 2: Não é nada disto, Cavaco Silva, atendendo a que se está a aproximar o momento de anunciar a candidatura, apenas se demarca estrategicamente de Passos Coelho.
Hipótese 3: As duas anteriores estão algo misturadas na cabeça de Cavaco Silva, com a segunda de momento a pesar bastante.
Sejam quais as ideias e os motivos, a situação real é que Passos Coelho, querendo recuperar do mau passo inicial com a apresentação deste projecto remediou muito pouco os estragos e vai ter de pedalar mais, vai ter de fazer cedências grandes e dar o dito por não dito.
Vejamos o campo dos despedimentos.
Quem pode concordar com a alteração da justa causa consagrada actualmente e substituí-la por "razões legalmente atendíveis"? Muita pouca gente.
Esta proposta é na sua essência uma inversão de valores entre o que é constitucional e uma lei ordinária, é fazer deslocar da Constituição para a lei normal a faculdade do despedimento.
Ou seja, um governo por hipótese de Passos Coelho de maioria simples legisla a seu belo prazer as cláusulas de despedimento exactamente porque tem maioria e com este projecto de norma constitucional cria os instrumentos legais de despedir a torto e a direito.
Ficaria na Constituição uma norma oca e todo o poder transitaria para a lei ordinária.
Os governos nesta matéria ficariam sem o mínimo de entraves no que se refere a fazer cessar o contrato de trabalho.
E por mais voltas que lhe queiram dar, aprovar esta alteração do PSD significa tão somente isto.
Etiquetas: Cavaco Silva, Pasos Coelho, Projecto de revisão
2010-09-14
Uma Escola Internacional de Medicina na Madeira
Esta ideia, ainda embrionária, merece ser agarrada e trabalhada de forma profissional pela Universidade da Madeira (UMa).
O ministro Mariano Gago, presente na abertura solene do ano lectivo da UMa, presidida pelo Primeiro Ministro José Sócrates, que afirmou pretender atrair mais 60 mil portugueses para o ensino superior até 2020, apresentou ontem no Funchal a ideia da Escola Internacional de Medicina, de algum modo já concertada com a UMa, e que colheu desde logo o apoio do Governo Regional.
Por outro lado, soube de fonte fidedigna que há vários professores portugueses de medicina e de renome interessados na sua concretização.
Também não é de pôr de lado alguma adesão europeia a esta ideia ,conhecendo-se que há legislação que em alguns países impede os médicos de mais de 60 anos continuar na profissão a não ser pela via da leccionação.
Aqui está uma boa maneira de atrair parte da nata desses profissionais e já não seria inédito porque, de momento, um pequeno número de médicos europeus se deslocam ao Funchal em situação profissional.
Urge pois montar a Escola, de forma bem estruturada, ponderando bem todo o faseamento e medindo as consequências para que a iniciativa se projecte com sucesso internacional.
2010-09-13
4 PJ's e uma intrusa ao jantar!
Podemos começar assim.
Podem ser 4, 3 ou 5 mas a potencial intrusa é real e era única. A intrusa pode eventualmente ser da Corporação. Só que ela e o respectivo, embora de corpo presente, estavam mais virados para si . Entendi que tinham de estar ali.
Outros são tão habitués que já lá tinham estado ao almoço e então numa de bens dispostos, todos, a conversa discorreu sobre a Casa Pia e o caso algarvio da menina inglesa.
Sobre este último, teve muita piada a conversa. Falaram de Gonçalo Amaral dizendo que ele até teria razão na tese que defende, mas que veio ao de cima a sua veia muito oportunista. Os pais da menina serão acidentalmente culpados da morte. Andaram nos copos e depois não se controlaram. Por outro lado comentavam que a médica (mãe), de médica tem pouco, sendo eventualmente uma grada figura da polícia britânica. Talvez nesta hipótese se percebam alguns factos acontecidos.
Sobre o caso Casa Pia, romanceando, temos uma conversa tendencialmente de culpar aquela gente com nuances mas sem perceber o equilíbrio das penas.
Não percebi quais.
Inicialmente não tinha nenhuma predisposição para ouvir a conversa. Mas a dada altura como não era preciso nenhum esforço e quando o assunto não nos é indiferente ligamos o automático.
No caso da selecção nacional foi negativo. Aqui sempre deu pistas.
2010-09-12
Manuel Alegre na rentrée política
Manuel Alegre, assumiu-se desde há bastante tempo como candidato. Cavaco Silva anda camuflado de Presidente da República, mas há muito em campanha. É uma postura reprovável, pois ninguém acredita que Cavaco Silva já não tenha decidido tentar continuar no cargo que vem a ocupar.
Com esta postura, Cavaco Silva esquiva-se a entrar no debate de ideias sobre o exercício da Presidência em que não se encontraria confortável pela falta de clareza e pela tecnocracia com que tenta esconder as suas posições de "candidato de interesses" como lhe chamou e bem Manuel Alegre. Desta forma vai adiando o debate com o seu verdadeiro opositor Manuel Alegre.
Manuel Alegre como ainda ontem referiu defende:
- Uma visão mais cultural e política do país, menos tecnocrática e menos conservadora;
- Uma concepção diferente da de Cavaco Silva e do exercício dos poderes inerentes.
Quanto a este segundo aspecto Alegre deu um exemplo. Se tiver algum desacordo ou reserva em relação a uma lei, falará antes e se promulgar a lei não vem depois desvalorizar essa lei.
Exactamente o oposto do que Cavaco Silva fez várias vezes ao longo do seu mandato actual. Recorde-se o caso recente do casamento gay.
Manuel Alegre disse ainda se tiver de vetar uma lei veta e não se esconde atrás de álibis.
Na realidade, Alegre é claro como exercerá a função Presidencial.
Queremos pessoas de actuação clara e com uma visão de futuro para o País, sustentada em grandes princípios de defesa dos direitos sociais e uma melhor distribuição da riqueza criada.
Etiquetas: Manuel Alegre Vs Cavaco Silva
2010-09-10
O princípio do fim das SCUT's
2010-09-09
Felizmente acabou a pesada era de Queiroz no Futebol
Passos Coelho adiado lá para as KAlendas
Etiquetas: Cavaco Silva, José Sócrates, Passos Coelho
2010-09-08
O Estado da Nação de Barroso
2010-09-07
As sondagens no futebol
Futebol: Sporting
Etiquetas: Pongole, Sporting, Stoijkovic
Hoje é dia de selecção
2010-09-04
A sentença do processo CASA PIA
2010-09-03
Causa Pia
Como não consegui o link, copiei então o artigo para aqui, porque nele se diz o que eu penso com uma escrita muito melhor que a minha.
O chamado processo Casa Pia chega hoje não ao fim mas, quando muito, ao início de uma nova fase que ameaça ser tão delongada como a que ficou para trás.
O processo em julgamento leva oito anos mas em Portugal não se faz justiça: vai-se fazendo uma coisa vagamente parecida. Entretanto, as vítimas não deixaram de ser vítimas, embora aviltantemente ressarcidas em metal sonante, enquanto os arguidos passaram à categoria de condenados no inquisitório tribunal da opinião pública. A justiça em Portugal admite e permite tudo isto.
Ao fim de oito anos de desenvolvimento do processo persistem alguns mistérios na investigação do hediondo crime da pedofilia em Portugal. O primeiro, que nasce com o próprio processo, é o mistério dos nomes, referidos quer por alegadas vítimas quer por supostas testemunhas, que jamais foram investigados. O facto fez e faz pairar dúvidas de encobrimento desde o início sobre o processo. A investigação definiu um ‘casting' de discretos arguidos, apenas com um mediático cabeça de cartaz, e ficou por aí. E assim, ao contrário de todos os demais países onde se revelaram e investigaram casos de pedofilia, em Portugal não há no leque dos acusados representantes de sectores da sociedade como sejam a política, a magistratura, a religião. Ao mesmo tempo, uma simples suspeita, não confirmada em acusação, permitiu a decapitação do que à época era o principal partido da oposição.
Na politização do processo cruzam-se todos os mistérios e movimentam-se todas as figuras que de um dia para o outro descobriram esta causa pia e se graduaram em grandes arautos da defesa das vítimas, passando a colaborar decisivamente com a investigação policial.
Esta sexta-feira começa nova fase do caso. Mas há dúvidas que jamais transitarão em julgado.
joaopaulo.guerra@economico.pt
Etiquetas: Processo Casa Pia
2010-09-02
Carlos Queiroz irrita pela imbecilidade
Estado burlado em muito dinheiro
A grande questão dos incêndios
Etiquetas: Falta de medidas preventivas., Incêndios
2010-09-01
Ainda a situação de Carlos Queiroz